O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-B — NÚMERO 4

8

Deputados do Chega foram impedidos de exercer o seu direito constitucional de se manifestarem, de forma

pacífica e democrática.

O recurso à violência é inadmissível, seja em que cenário for e independentemente das motivações que se

verifiquem, mas ganha especial relevância quando é exercido contra titulares de cargos políticos, mais

especificamente pessoas que diariamente contribuem para a concretização do sistema democrático e lutam

pela melhoria das condições de vida dos portugueses.

Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, vem condenar veementemente os atos de

violência perpetrados contra os Deputados do Grupo Parlamentar do Chega, ocorridos na manifestação

organizada pela Plataforma Casa para Viver, no dia 30 de setembro, bem como o facto de se terem visto

impedidos de exercer o seu direito de manifestação, previsto constitucionalmente.

Palácio de São Bento, 4 de outubro de 2023.

Os Deputados do CH: André Ventura — Bruno Nunes — Diogo Pacheco de Amorim — Filipe Melo —

Gabriel Mithá Ribeiro — Jorge Galveias — Pedro dos Santos Frazão — Pedro Pessanha — Pedro Pinto —

Rita Matias — Rui Afonso — Rui Paulo Sousa.

———

PROJETO DE VOTO N.º 454/XV/2.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE CARLOS ALMEIDA DE OLIVEIRA

Carlos Almeida de Oliveira, conhecido como Carlos Bóia, remador olímpico, antigo campeão nacional que

representou Portugal nos Jogos Olímpicos de Munique 1972, morreu, aos 80 anos.

Nascido a 12 de setembro de 1943, no Barreiro, faleceu no passado dia 3 de outubro.

Destacou-se desportivamente em diversos campos, como no remo, com dezenas de títulos de campeão

nacional e participações internacionais, mas praticou também modalidades como o judo, a luta greco-romana,

o atletismo, o hóquei em patins, a vela e o futebol, tendo, em algumas delas, conquistado títulos.

Em 1973, Bóia cometeu a proeza – ao que parece única no panorama nacional – de conquistar, no mesmo

ano, o título nacional em três modalidades diferentes: judo, luta greco-romana e remo. Mas, além destas três,

conseguiu ser igualmente campeão no lançamento do disco.

No que diz respeito a títulos, foi quatro vezes campeão nacional de luta, ao qual junta seis

internacionalizações, e conquistou outros tantos destaques enquanto judoca. Recolheu mais de 60 títulos no

remo, ao serviço da CUF, baluarte nacional ao nível do remo, em campeonatos nacionais, bem como luso-

brasileiros e mundiais. No seu destacado percurso contabilizou 143 internacionalizações. Conquistou, em

2004, o título mundial de remo, categoria de veterano, aos 61 anos, tendo sido, em 2002, medalha de bronze

e, em 2003, medalha de prata, nesta mesma categoria.

O remador tinha particular ligação ao rio Tejo, mas também o rio Coina conheceu-lhe o carinho.

Carlos Bóia trabalhou na CUF, na metalomecânica pesada, onde exercia a função de caldeireiro, em

simultâneo com a sua carreira desportiva.

Foi Rosto do Ano em 2008, distinguido pela Costa Azul – Região de Turismo de Setúbal, e em 2008

recebeu o galardão Barreiro Reconhecido na área do Desporto.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pela morte de

Carlos Almeida de Oliveira, Carlos Bóia, destacado atleta em variadas modalidades, remador marcante,

premiado com títulos nacionais e internacionais, que encontrou no desporto a sua paixão maior e a fez valer

com o nome de Portugal, endereçando à família e amigos as suas sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 4 de outubro de 2023.