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II SÉRIE-B — NÚMERO 20

10

Os Deputados do PS: Raquel Ferreira — Ana Abrunhosa — Pedro Coimbra — Ricardo Lino — Eurico

Brilhante Dias — Ana Sofia Antunes — Walter Chicharro — Alexandra Leitão — Joana Lima — Marina

Gonçalves — Susana Correia — Sofia Canha — Carlos Silva — Irene Costa — Lia Ferreira — Ricardo Costa —

Miguel Cabrita — Miguel Matos — José Rui Cruz — André Pinotes Batista — Mara Lagriminha Coelho — Pedro

Sousa — Fátima Correia Pinto — Miguel Iglésias — João Paulo Rebelo — Sérgio Ávila — Sofia Andrade —

Tiago Barbosa Ribeiro — André Rijo — Palmira Maciel — Nelson Brito — Isabel Ferreira — Clarisse Campos —

Manuel Pizarro — Luís Dias — Elza Pais — Patrícia Faro — Eduardo Pinheiro — José Costa — Eurídice Pereira

— Jorge Botelho — Ana Bernardo — Gilberto Anjos — Edite Estrela — Paulo Pisco — Ricardo Lima — Nuno

Fazenda — João Torres — João Azevedo — Hugo Costa — Isabel Alves Moreira — Isabel Oneto — Carlos

Brás.

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PROJETO DE VOTO N.º 210/XVI/1.ª

DE CONDENAÇÃO AO BOMBARDEAMENTO RUSSO DO HOSPITAL PEDIÁTRICO DE OKHMATDYT

EM KYIV

Esta segunda-feira, dia 8 de julho de 2024, pelas 10h locais, a Federação Russa voltou a bombardear áreas

civis na Ucrânia, assassinando 36 pessoas e deixando mais de 150 feridos em todo o país. O ataque partiu da

base aérea de Engels-2 em Saratov, através de vários mísseis balísticos hipersónicos Kinzhal.

Entre os vários alvos encontravam-se edifícios, casas e blocos de apartamentos, todos eles onde apenas

viviam civis. Foi ainda atingida uma central de processamento de carvão e um hospital pediátrico no distrito de

Okhmatdyt, na capital Kyiv. Tratava-se do maior hospital pediátrico da Ucrânia, conhecido pelo seu tratamento

contra o cancro, e um lugar que muitas crianças chamavam de lar há vários meses.

Não é a primeira vez que a Rússia bombardeia deliberadamente instalações de saúde. Até dia 4 de abril de

2024, a Organização Mundial de Saúde contabilizava 1682 ataques, sendo o exemplo mais notório a destruição

da maternidade de Mariupol em março de 2022.

A lista de crimes de guerra perpetrados pela Rússia nestes dois anos e meio de invasão é longa e variada

no tipo de crimes, desde o uso de armas proibidas, raptos e deportações forçadas, detenções ilegais de civis

que mais tarde apareciam mortos, campos de «filtração» onde os prisioneiros são torturados, milhares de

ataques deliberados a civis por todo o território, onde se inclui o infame massacre de Bucha, a destruição

voluntária a infraestruturas e o furto de propriedade privada, a utilização de civis como «escudos humanos»,

diversos relatos de violência sexual, recrutamento forçado de civis ucranianos nas zonas ocupadas, e várias

alegações de genocídio.

Entre todos estes crimes, dificilmente haverá algum mais abjeto do que atentar contra a vida de crianças,

muitas delas com doenças graves. A Rússia comprova mais uma vez que não pretende apenas destruir a

Ucrânia, mas sim o povo ucraniano e o seu futuro. O sucessivo rapto de crianças ucranianas para as «reeducar»

na Rússia e a facilidade com que decide bombardear um hospital pediátrico demonstram isso mesmo.

O Ocidente, a Europa, Portugal, não podem ficar sem reagir enquanto estes autênticos crimes contra a

humanidade continuam a decorrer há já 866 dias seguidos. Urge condenar este vil ato e aumentar o apoio à

Ucrânia para poder defender as suas crianças, o seu povo e território.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, condena veementemente mais um crime de

guerra perpetrado pela Federação Russa, ao bombardear a Ucrânia no dia 8 de julho de 2024, matando 36

pessoas e ferindo mais de 150 e em particular alvejando o hospital pediátrico de Okhmatdyt em Kyiv.

Palácio de São Bento, 9 de julho de 2024.