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II SÉRIE-B — NÚMERO 37

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Este canto polifónico, sem acompanhamento instrumental1, é um testemunho da profunda ligação das

comunidades alentejanas ao seu território, às suas tradições e à sua história.

O Cante Alentejano reflete, de forma incomparável, o espírito do Alentejo e o quotidiano do seu povo,

atravessando gerações como um símbolo de identidade e pertença.

As suas letras, que abordam desde o trabalho rural ao amor, saudade e fé, capturam a essência da vida no

campo e a resiliência dos alentejanos.

Nas próprias palavras da UNESCO, o Cante desempenha um papel crucial na promoção da coesão social,

ao criar um forte vínculo entre gerações e diferentes comunidades.2

Nos nossos dias, o Cante Alentejano continua, pois, a ser um símbolo cultural do Alentejo, cuja prática

continua a reforçar a ligação dos alentejanos com as suas raízes.

O seu reconhecimento pela UNESCO trouxe uma visibilidade internacional que consolidou ainda mais o

orgulho das comunidades locais e projetou o Cante além-fronteiras, como um dos maiores tesouros culturais de

Portugal.

Assim, a Assembleia da República saúda o Cante Alentejano pelos dez anos da sua inscrição na Lista do

Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, pelo seu contributo para a cultura e história do

Alentejo e felicita todas as comunidades e grupos corais que, com a sua dedicação, continuam a manter viva

esta herança cultural de incalculável valor.

Palácio de São Bento, 18 de outubro de 2024.

Os Deputados do CH: Pedro Pinto — Patrícia Carvalho — Jorge Galveias — Daniel Teixeira — Sónia

Monteiro — Rui Cristina — Diva Ribeiro — Henrique Rocha de Freitas.

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PROJETO DE VOTO N.º 398/XVI/1.ª

DE SAUDAÇÃO À SOCIEDADE BANDA REPUBLICANA MARCIAL NABANTINA PELO SEU 150.º

ANIVERSÁRIO

Serve o presente voto para saudar a Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina, uma das mais antigas

e relevantes coletividades culturais de Portugal, fundada em 12 de setembro de 1874, na cidade de Tomar, que

celebra, este ano, os seus 150 anos de existência.

Tendo sido inicialmente denominada Real Banda Marcial Nabantina, a sua história está profundamente ligada

ao desenvolvimento cultural e social da cidade templária, tendo desempenhado, ao longo deste século e meio,

um papel central na vida da comunidade, promovendo a música filarmónica e o ensino desta arte a gerações de

tomarenses.

No decurso da sua já longa história, a Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina expandiu o seu

âmbito de atuação, proporcionando espaços para debates culturais e sociais.

Atualmente, esta instituição continua a ser um pilar da vida cultural de Tomar, com a sua banda filarmónica

composta por 45 músicos amadores, provenientes da sua escola de música.

Esta coletividade, que, desde 1993, é instituição de utilidade pública3, também mantém outras atividades

como, por exemplo, tertúlias, danças de salão, teatro e artes plásticas, representando Tomar e Portugal em

diversas iniciativas culturais no País e no estrangeiro.

Finalmente, a sua escola de música continua a oferecer formação gratuita para crianças e adultos,

promovendo a aprendizagem musical em diversas faixas etárias e dinamizando a sua Banda Juvenil, composta

1 Vide https://www.unesco.org/archives/multimedia/document-3662 2 Vide https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o-nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade/patrimonio-cultural-imaterial-em-portugal/cante-alentejano 3 Vide https://tomarnarede.pt/cultura/banda-nabantina-prepara-comemoracao-dos-150-anos/