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9 DE AGOSTO DE 1989

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QUADRO 7

Organismos dos governos nacionais dos países da Aliança Atlântica responsáveis pela coordenação do antl-terrorlsmo

Bélgica — Agrupamento Interforças Antiterrorismo (GIA).

Canadá — Direcção de Coordenação e Planeamento de Segurança do Departamento da Polícia e Segurança, Ministério do Assistente do Procurador-Geral do Estado. Dinamarca — Não respondeu.

França — Comissão Interministerial de Ligação Antiterrorista (CILAT), presidida pelo Ministro do Interior; a nível operacional, Unidade de Coordenação da Luta Antiterrorista (UCLAT); directamente ligado ao director--geral da Polícia Nacional.

RFA — Bundeskriminlamt, Abteilung Terrorismusbekàmpfung bundeskriminalamt, Abteilung Staatsschutz.

Grécia — Sim, mas não identificado.

Islândia — Ministério da Justiça (apenas).

Itália — Informação não fornecida.

Holanda — Ministério Público.

Noruega — Não existe.

Portugal — Gabinete Coordenador de Segurança, Ministério da Administração Interna. Espanha — Secretaria de Estado da Segurança, Direcção de Segurança do Estado. Turquia — Ministério do Interior. Reino Unido — Gabinete do Conselho de Ministros.

EUA — Grupo Interdepartamental sobre Terrorismo (IG/T), presidido pelo Departamento de Estado (internacional) ou pelo FBI (interno).

Fonte: Questionário NAA.

2 — Tecnologia e terrorismo

Na sua grande maioria, as armas utilizadas para espalhar o terror são tudo menos sofisticadas. Durante as últimas duas décadas, mais de metade de todos os incidentes terroristas foram atentados bombistas perpetrados com explosivos e detonadores tradicionais, enquanto as armas de eleição dos terroristas continuam a ser, em grande parte, a pistola de mão, as armas automáticas e as granadas de mão:

Os terroristas servem-se geralmente da tecnologia mais simples para os seus ataques, e têm boas razões para o fazerem; a tecnologia mais simples é menos cara e, frequentemente, de mais confiança. O equipamento menos sofisticado é mais fácil de obter e atrai menos as atenções: uma bomba feita de produtos químicos agrícolas pode não ser tão potente quanto os explosivos plásticos mais recentes, mas qualquer pessoa pode conduzir um camião carregado de adubos sem levantar suspeitas. Mais importante ainda; os operacionais que realizam os ataques precisam de menos treino com equipamento pouco sofisticado. Por fim, as armas e tecnologias mais antigas são hoje tão eficazes como o foram no passado.

Uma vez que os alvos preferidos dos terrotistas se têm «endurecido», ou seja, se encontram mais bem defendidos, os terroristas têm geralmente optado por mudar de alvos e não por novas tecnologias para penetrar nas defesas (por exemplo assassinando membros das forças de segurança fora de serviço e atacando balcões dos aeroportos e colocando explosivos e armas na bagagem que é verificada à entrada, em vez de os levarem para bordo) (2).

No entanto, dando crédito aos avisos do Prof. Wil-kinson, é também verdade que, em muitos aspectos «nos defrontamos com um tipo de terrorista mais so-

fisticado sob o ponto de vista técnico» — estudioso dos pontos fracos das autoridades, versado em técnicas de negociação de entrega de reféns, mais apto a manipular os meios de comunicação social, e familiarizado com meios de destruição mais mortíferos, entre os quais os explosivos para deflagração em pleno voo, os foguetes antiblindado e as granadas de impacte (3) [tendo o uso destas últimas pelo IRA Provisório forçado o Exército Britânico na Irlanda do Norte a organizar patrulhas maiores e a expor os soldados, que têm de localizar os bombistas através dos tejadilhos dos Land--Rovers (*)]. Além disso, os terroristas têm recoirido a pilhas e circuitos integrados muito sofisticados que lhes permitem melhorar os mecanismos de relógio das bombas, incluindo dispositivos de retardador de longa duração que possibilitam adiar a explosão durante dias, e não apenas durante algumas horas ou minutos. Estão também a ser usados mecanismos de despoletaçâo mais sofisticados, tais como sinais de rádio, em vez das ligações directas por fio. O popular explosivo plástico de origem checoslovaca Semtex, mais potente e menos detectável que os tradicionais explosivos de fabrico artesanal, não precisa de carga detonadora, e o detonador pode ser directamente inserido no plástico. O terrorista libanês Mohammed Ali Hamadei foi detido em Frankfurt-am-Main com nitrato metílico líquido explosivo camuflado em garrafas de bebidas alcoólicas. Em Novembro de 1987, um comando palestiniano voou num Asa-Delta motorizado desde o Líbano até um campo israelita, matando seis soldados, naquele que foi o ataque mais grave dos últimos dez anos. No Extremo Oriente, um grupo serviu-se de equipamento de interferência nas frequências de rádio para sabotar as comunicações da polícia durante os seus ataques, enquanto um outro fabricou e utilizou morteiros para ataques à distância. No ataque de Outubro de 1983, dirigido contra os aquartelamentos dos marines americanos no Líbano, foi utilizado um explosivo reforçado com acetileno com a potência de cerca de 18 000 t de TNT — talvez uma das mais poderosas bombas convencionais jamais fabricadas (J). Os serviços de segu-