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II SÉRIE-C — NÚMERO 13

Matosinhos, Meneses, Narciso, Nisa, obséquio, ousar, pesquisa, portuguesa, presa, raso, represa, Resende, sacerdotisa, Sesimbra, Sousa, surpresa, tisana, transe, trânsito, vaso, exalar, exemplo, exibir, exorbitar, exuberante, inexato, inexorável, abalizado, alfazema, Arcozelo, autorizar, azar, azedo, azo, azorrague, baliza, bazar, beleza, buzina, búzio, comezinho, deslizar, deslize, Ezequiel, fuzileiro, Galiza, guizo, helenizar,

lambuzar, lezíria, Mouzinho, proeza, sazão, urze, vazar, Veneza, Vizela, Vouzela.

Base IV

Das sequências consonanticas

1.' O c, com valor de oclusiva velar, das sequências interiores cc (segundo c com valor de sibilante), cç e cl, e o p das sequências interiores pc (c com valor de sibilante), pç e pt, ora sc conservam, ora se eliminam.

Assim:

a) Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural, adepto, apio, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto;

b) Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas pronúncias cultas da língua: ação, acionar, afetivo, aflição, aflüo, ato, coleção, coletivo, direção, diretor, exato, objeção, adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo;

c) Conservam-se ou eliminam-se facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação c o emudecimenlo: aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição, facto e fato, sector e setor, ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corrulo, recepção c receçâo;

d) Quando, nas sequências interiores mpc, mpç e mpl se eliminar o p de acordo com o determinado nos parágrafos precedentes, o m passa a n, escrevendo-se, respectivamente, nc, nç e nt: assumpeionista e assuncionista; assumpção e assunção, assumpttvel c assuntlvel; peremptório e perentorio, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e suntuosidade.

2." Conscrvam-se ou eliminam-se, faculta tamen te, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimenlo: o b da sequência bd, cm súbdito; o b da sequencia bt, em subtil e seus derivados: o £ da sequencia gd, em amígdala, amigdalácea, amigdalar, amigdalato, amigdalite, amigdalóide, amigdaiopaíia, amigdalotomia; o m da sequencia mn cm amnistia, amnistiar, indemne, indemnidaae, indemnizar, omnímodo, omnipotente, omnisciente, etc., o f, da sequência tm, em aritmética c aritmético.

Base V

Das vogais átonas

1." O emprego do e e do i, assim como o do o e do u, em sílaba átona, rcgula-se fundamentalmente pela etimologia e por particularidades da história das palavras. Assim se estabelecem variadíssimas grafias:

a) Com e e i: ameaça, amealhar, antecipar, arrepiar, balnear, boreal, campeão, cardeal (prelado, ave, planta; diferente de cordial = «relativo à cárdia»), Ceará, côdea, enseada, enteado. Floreai, janeanes, lêndea, Leonardo, Leonel, Leonor, Leopoldo, Leote, linear, meão, melhor, nomear, peanha, quase (cm vez de quási), real, semear, semelhante, várzea, ameixial, Ameixieira, arruai, amieiro, arrieiro, artilharia, capitânia, cordial (adjectivo c substantivo), corrióla, crânio, criar, diante, diminuir, Dinis, ferregial, Filinto, Filipe (e identicamente, Filipa, Filipinas, etc.), freixial, giesta, Idanha, igual, imiscuir-se, inigualável, lampião, limiar, Lumiar, lumieiro, pálio, pior, tigela, tijolo, Vimieiro, Vimioso;

b) Com o e u: abolir, Alpendorada, assolar, borboleta, cobiça, consoada, consoar, costume, díscolo, êmbolo, engolir, epístola, esbaforir-se, esboroar, farândola, femoral, Freixoeira, girándola, goela, jocoso, mágoa, névoa, nódoa, óbolo, Páscoa, Pascoal, Pascoela, polir, Rodolfo, távoa, tavoada, túvola, tômbola, veio (substantivo e forma do verbo vir); acular, água, aluvião, arcuense, assumir, bulir, camándulas, curtir, curtume, embutir, entupir, fémurlfêmur, fístula, glândula, Insua, jucundo, légua, Luanda, lucubraç&o, lugar, mangual, Manuel, mingua, titea-rágua, pontual, régua, tábua, tabuada, tabuleta, trégua, vUualha.

2.° Sendo muito variadas as condições etimológicas e htstórico--fonelicas em que se fixam graficamente eciouocuon sílaba aiona, é evidente que só a consulta dos vocabulários ou dicionários pode indicar, muitas vezes, se deve empregar-se e ou i, se o ou u. Má, todavia, alguns casos em que o uso dessas vogais pode ser facilmente sistematizado. Convém fixar os seguintes:

a) Escrevem-se com e e não com i, antes da sílaba tonicaAônica, os substantivos e adjectivos que procedem de substantivos terminados em eio e eia. ou com eles estão em relação directa. Assim se regulam: aldeão, aldeola, aldeota por aldeia, areal, areeiro, areento, Areosa por areia; aveal por aveia; baleai por baleia; cadeado por cadeia; candeeiro por candeia; cenleetra e centeeiro por centeio; colmeal e colmeeiro por colmeia; correada e correame por correia;

b) Escrevem-se igualmente com e, antes de vogal ou ditongo da sílaba tonicaAônica. os derivados de palavras que terminam cm e acentuado (o qual pode representar um antigo hiato: ea, ec): galeão, galeoUt, galeote, de galé; coreano, de Coreia; dao-meano, de Daomé; guineense, de Guiné; poleame c poleeiro, de polé;

c) Escrevem-se com i, e não com e, antes da sQaba tônica/tônica, os adjectivos e substantivos derivados em que entram os sufixos mistos de formação vernácula -iano e -iense, os quais são o resultado da combinação dos sufixos -ano e -ense com um i de origem analógica (baseado em palavras onde -ano e -ense estão precedidos de t pertencente ao lema: horaciano, italiano, du-riense, flaviense, etc): açoriano, acriano (de Acre), camoniano, goisiano (relativo a Damião de Góis), siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense (de Torre(s)]; •

d) Uniformizam-se com as terminações -io e -ia (álonas), cm vez de -to e -ea, os substantivos que constituem variações, obtidas por ampliação, de outros substantivos terminados cm vogal: cúmio (popular), de cume; hástia, de haste; réstia, do antigo reste; vestia, de veste;

e) Os verbos em -ear podem distinguir-se praticamente grande número de vezes dos verbos em -iar, quer pela formação, quer pela conjugação e formação ao mesmo tempo. Estão no primeiro caso todos os verbos que se prendem a substantivos em -eio ou ■eia (sejam formados em português ou venham já do latim); assim se regulam: aldear, por aldeia; alhear, por alheio; cear, por ceia; encadear, por cadeia; pear, por peia; etc. Estão no segundo caso lodos os verbos que têm normalmente flexões rizotónicas/rizotônicas em -eio, -eias, etc.: clarear, delinear, devanear, falsear, granjear, guerrear, hastear, nomear, semear, etc. Existem, no entanto, verbos em -iar, ligados a substantivos com as terminações átonas ia ou -io, que admitem variantes na conjugação: negoceio ou negocio (cf. negócio); premeio ou premio (cf. prémiolprêmio), etc;

f) Não é Ifcilo o emprego do u final átono em palavras de origem latina-. Escreve-se, por isso: moto, em vez de móiu (por exemplo, na expressão de moto próprio); tribo, cm vez de Iríbu;

g) Os verbos em -oar distinguem-se praticamente dos verbos cm ■uar pela sua conjugação nas formas rizolóntcas/rizotânicas, que tem sempre o na sílaba acentuada: abençoar com o, como

. abeçoo, abençoas, etc; destoar, com o, como destoo, destoas, etc; mas acentuar, com u, como acentuo, acentuas, etc.

Base VI

Das vogais nasais

Na representação das vogais nasais devem observar-se os seguinte* preceitos:

1.9 Quando uma vogal nasal ocorre em fim de palavra, ou em fim de elemento seguido de hífen, representa-se a nasalidade pelo til, sc essa vogal é de timbre a; por m, se possui qualquer outro timbre e termina a palavra; c por n, se é de timbre diverso de a e está seguida de s: afã, grã, Grã-Bretanha, lã, órfã, sâ-braseiro (forma dialetal; o mesmo o,vic são-brasense = dc São Brás de Alportel); clarim, tom, vacum, flautins, semitons, zunzuns.

2." Os vocábulos terminados em -ã transmitem esta representação do a nasal aos advérbios em -mente que deles se formem, assim como a derivados cm que entrem sufixos iniciados por z: cristãmente; irmãmente, sãmente, lâzudo, moçãziui, manhãzinha, romãzeira.