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19 DE JUNHO DE 1993

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Os falsos alarmes atingem de imediato o consumidor.

Perante as pessoas que foram ouvidas, cada vez me convenço mais, pelas dúvidas existentes nelas, que estamos perante uma situação de suspeita.

Em matéria de saúde pública e saúde animal, o senso é fundamental.

Os animais foram incinerados.

3.11 — Dr. José Carlos Duarte:

É de toda a utilidade as associações serem ouvidas.

A Associação nunca contestou qualquer tipo de diagnóstico vindo do laboratório.

Acreditam que a doença foi diagnosticada.

Não está provado que a BSE se transmita ao homem.

A situação pouco clara traz prejuízos.

No oceano das. nossas doenças, isto é um copo de água, que nem cheio está.

Os animais suspeitos são da raça frízia e foram importados.

Não conheço criadores atacados pela BSE.

3.12 — Dr. Fernando Paisana:

Em Abril, solicitaram ao Sr. Ministro da Agricultura esclarecimentos sobre o que se estava a passar no País.

A Ordem mandou abrir um inquérito, que está a decorrer.

Queremos saber a verdade e as posições que foram e vão sendo tomadas.

O Sr. Ministro respondeu, chamando a atenção para a realidade.

Nos outros países, só depois de os casos estarem esclarecidos é que foram divulgados. Tem de haver bom senso. Especialistas em histopatologia temos muitos. É altura de apurar a verdade definitiva. A Ordem vai continuar a acompanhar o processo.

3.13 — Dr. Alexandre José Galo:

Algumas personalidades já ouvidas são autoridades noutras áreas, mas não nesta.

As instruções recebidas foram de guardar sigilo.

Foi-me recusada a possibilidade de enviar as lâminas histológicas para Inglaterra.

O diagnóstico de encefalopatia foi feito e é muito fácil, para quem o. sabe fazer.

É difícil para quem nunca o fez e não conhece os locais próprios, sede das lesões.

Frequentou o 1° curso realizado pela Comissão da CEE em Inglaterra.

No curso não foi feita investigação; apenas Fizeram diagnóstico histopatológico.

Se quisessem fazer investigação; com certeza que outras metodologias teriam usado.

O sigilo foi impediüvo de fazerem outras coisas.

O material do diagnóstico não se perde; é posto em lâminas de vidro e observadas ao microscópio, depois de levarem alguns tratamentos.

Rejeita as declarações feitas por pessoas que nunca tiveram contacto com a doença, para além da bibliografia consultada.

Não publicou nenhum trabalho por causa do sigilo que lhe foi pedido por parte do director do LNTV. . Nunca teve qualquer contacto com o Sr. Director-Geral da Pecuária.

Qualquer histopatologista habilitado pode fazer o diagnóstico.

O material é retirado de tecidos próprios do cérebro, os cortes são feitos em sítios bem definidos e as lesões são características.

Não fez mais exames porque não eram necessários.

Não sei porque é que o Sr. Director-Geral da Pecuária não notificou a doença.

A prevalência da doença vai de 0,1% a 0,4%. Neste momento os veterinários de campo estão mais alertados.

Não havia autólise.

Uma das análises mostrava opacidade das meninges.

Havia.uma meningite purulenta e isolou-se o agente causal — streptoçocus. Isto não impede que seja feito o exame histopatológico.

Existem outros meios, sim, caso apareçam sintomas em animais nascidos em Portugal.

A amostra a ser diagnosticada tem de ser fixada numa solução de formol durante três semanas.

Só no 1.° caso não recolheu o material. •

Não está provado que a doença seja transmissível ao homem.

Confirma a positividade dos casos que observou. 3.14 — Prof. Amaral Mendes:

O Prof. Amaral Mendes em todos os aspectos de sanidade animal tem sido exemplar e irrepreensível.

O problema da BSE, em Inglaterra, deve ter começado nos anos 50.

O surto da BSE foi originado pelo consumo de farinhas resultantes da carne e ossos dos ovinos. Tais farinhas foram exportadas para vários países da Europa.

Para a análise em Portugal desta doença deviam ter-se formado equipas dos vários departamentos.

A transmissibilidade ao homem é extremamente improvável e só nos tecidos cerebrais.

Pergunta-se por que foi recusada ao Prof. Armindo Filipe a possibilidade de poderem ser importados priões.

A fraude está sempre à frente de nós.

O problema da BSE tem de ser apreciado e estudado no contexto do nosso País.

Acha que a evidência morfológica ao microscópio normal é insuficiente. A microscopia electrónica é necessária.

A análise histopatológica não chega; tem que se ir mais além.

Na Inglaterra, além do exame histopatológico, existe uma experiência clínica em centenas de casos. Têm uma experiência enorme também ao nível epidemiológico.

Este problema não é estritamente veterinário; é também um problema biológico.

Não podemos comparar o caso português com o inglês.

A população tem de ser devidamente informada; é negativo apresentaram-se peças televisionadas que não dão informação correcta.

Quanto ao caso concreto, uma coisa é um caso de doença que vem de fora, outra é de existir cá.

3.16 — Prof. Apolinário Vaz de Portugal:

Dadas as características da doença, entende não se justificar esta agitação.

Porque importámos animais do Reino Unido, existe o risco de identificar a BSE em Portugal.

Devia ter havido serenidade e prudência no colocar do problema, para salvaguarda da imagem pública, da produção animal e da saúde pública.

Não está em causa se este diagnóstico serve ou não serve; depende das condições em que se instala para se fazer.

O cientista tem de ir mais longe, tem que exigir. O que se fez?

Quem é ou quem são ps responsáveis pelos acontecimentos que se vivem?

Quem assume os riscos causados ao sector produtivo?

O juízo de valores sobre as opiniões tem de ser feito em função da capacidade dos cientistas intervenientes e da posição científica dos mesmos.