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0519 | II Série C - Número 043 | 24 de Maio de 2003

 

A economia mundial em 2 de Maio de 2003

20 - Bronwyn Curtis - Chefe de Redacção da Bloomberg TV, UK
Com o Plano de Estabilidade, a recuperação revela-se mais difícil na EU que nos EUA e no resto dos países da OCDE.
21 - Jean Phillippe Cotis - Chefe Economista da OCDE
Em 2003, a economia, nos países da OCDE, deverá crescer cerca de 1% e ter uma franca retoma em 2004. Todavia, na União Europeia e no Japão, essa retoma irá demorar ainda algum tempo. Sendo já possível verificar um ligeiro aumento do índice de confiança dos consumidores Riscos Agudos-Guerra do Iraque, estão mais esbatidos. Riscos Difusos - terrorismo e epidemias, ainda indefinidos. Daí, as perspectivas de crescimento lento. Os consumidores são os últimos a reagir face a perspectivas de crescimento. Concluiu considerando que o panorama que se nos apresenta indica que as economias da OCDE estão em condições de iniciarem um processo de retoma.
Francis Mer - Ministro da Economia, Finanças e da Indústria de França.
É necessário que os governos apoiem a retoma, gerindo com rigor as finanças públicas e promovendo reformas estruturais. A educação durante a vida e a formação é o segredo de qualquer processo de desenvolvimento de sucesso. A diminuição da população activa, resultante do envelhecimento global da população, constitui um grande desafio que se coloca à Europa, designadamente no que respeita ao financiamento das pensões de reforma, da saúde e da necessidade de estimular a actividade económica activa para uma população que inicia uma segunda vida, a da reforma. Os responsáveis políticos esperam que, independentemente da pouca margem de manobra, os agentes dos mercados de capitais possam reagir rapidamente. Acredita que estamos a iniciar um período, em termos económicos, mais convencional.
22 - Heizo Takenaka - Ministro da Economia e da Política Fiscal do Japão
Após a guerra do Iraque, apesar das perspectivas de retoma, não se vislumbra ainda uma recuperação económica imediata. O consumo interno nos EUA está em baixa. As políticas de estabilização na União Europeia limitam o crescimento do consumo. Na China, com a deflacção, os problemas de ambiente e os desequilíbrios regionais, perspectivam-se dificuldades. O Japão cresceu em 2002 entre 1,5 e 1,8%. Entretanto, o Primeiro-Ministro japonês sublinhou que "não pode haver crescimento sem reformas estruturais". Daí a existência de um quadro reformista que passa pelos seguintes aspectos: reforma do sistema financeiro (acabar com as instituições financeiras que apresentem um período longo de má performance); reforma da despesa pública (O deficit actual é de 5% do PIB, o objectivo é reduzi-lo para metade nos próximos cinco anos e atingir o superavit em 10 anos ); reforma fiscal; reforma regulamentar (ex. criação de zonas económicas especiais a exemplo da China).
23 - Anne Krueger - Vice-Director Executivo do FMI
Em 2002, o sudoeste asiático cresceu 6%. A América Latina, com México e Chile estáveis, teve crescimentos negativos na maioria dos restantes países. Boas perspectivas para o Brasil e para a Europa Central, onde a economia crescerá já em 2003. África está a recuperar, apresenta um crescimento de 4%, fruto da estabilidade política na maioria dos países e do programa de perdão da dívida. Espera que, em cinco anos, a taxa de desemprego na Europa baixe 3% e o crescimento se situe nos 5%.
24 - Csaba László - Ministro das Finanças da Hungria
Como a guerra do Iraque foi breve, estão afastados os cenários mais pessimistas, mas ainda é cedo para festejos. As exportações correspondem a 80% do PIB, por isso estão muito afectados pela situação económica na Alemanha. Os países do alargamento estão num processo de credibilização dos seus sistemas financeiros, este processo visa permitir a introdução de estímulos fiscais que promovam o investimento. Após as inúmeras reformas estruturais dos últimos 12 anos, estes países querem apresentar-se como países de ponta, competitivos e credíveis
25 - Gérad Wotms - Banco Rostchield
Em 2004, o crescimento dos EUA será da ordem dos 2,5% a 4%. Verificam-se desequilíbrios entre o nível de competitividade das companhias e o dos respectivos países. No futuro, poderão existir empresas em excelente situação económica, enquanto os respectivos países de acolhimento se afundam em dificuldades, no que concerne a finanças públicas e à generalidade dos índices sociais. O desafio para a França não tem a ver apenas com a educação, mas com outros aspectos como as permanentes alterações administrativas e das políticas fiscais, ou na legislação laboral, com influência no clima empresarial. Por outro lado, não existe um gap entre companhias francesas e americanas, mas sim na envolvência económico-social. Também se não podem fazer comparações específicas com a Alemanha, que está a sofrer o tremendo impacte da reunificação. Concluiu referindo que a economia japonesa sofre de dupla personalidade. Com efeito, os japoneses vivem confortáveis porque a sua economia, dita em crise, não tem sofrido bruscas alterações.

Assembleia da República, 5 de Maio de 2003. - Os Deputados: Carlos Rodrigues (PSD) - José Lello (PS).

Nota: Os anexos mencionados encontram-se disponíveis para consulta nos serviços de apoio.

CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Declaração de renúncia apresentada por António da Silva Preto

O signatário é advogado.
No exercício dessas funções é mandatário constituído em vários processos que correm termos nos tribunais portugueses, nomeadamente em tribunais criminais.
A intervenção em processos em que estão a ser avaliados comportamentos que integram eventuais ilícitos criminais de clientes do signatário tem provocado alguma crispação, com as entidades, que no sistema processual português estão encarregues de promoção, no caso o Ministério Público.
Em face do exposto, para salvaguarda da profissão de advogado que abracei há quase 20 anos e sobretudo para evitar prejuízos para aqueles que me confiaram o mandato, solicito a renúncia ao lugar do Conselho do Ministério Público para que fui eleito.

Lisboa, 16 de Maio de 2003. - O Advogado, António da Silva Preto.

A Divisão de Redacção e Apoio Audiovisual.