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0491 | II Série C - Número 029 | 22 de Maio de 2004

 

Como fragilidades apontou a monocultura, o peso da população activa (na agricultura) no total da população activa (na agricultura) nacional e a pluviosidade média de 56 mm3 (contra a nacional que é de 913mm3).
Como objectivos do Empreendimento do Alqueva apontou:

- A constituição de uma reserva estratégica de água;
- A garantia de abastecimento de água;
- A contribuição para a regularização do caudal do rio Guadiana;
- O combate à desertificação;
- A produção de energia eléctrica (não poluente);
- A alteração do modelo cultural da agricultura no Alentejo;
- O desenvolvimento do turismo;
- A potenciação de um clima de expectativas empresariais;
- A dinamização do mercado de emprego regional.

Como características das componentes do Empreendimento do Alqueva apontou:

- Barragem do Alqueva: Altura máxima de 96 m e comprimento de 458 m;
- Albufeira do Alqueva: 83 km de comprimento, 250 hm2 de superfície e 1100 kms de margens, cotas máxima e mínima de 152 e 130 m, com capacidade total de 4150 hm3 e útil de 3150 hm3;
- Central: 2 grupos de 135 MWA e produção de 380GW//h/ano;
- Barragem do Pedrógão, em construção, terá uma altura máxima de 43 m, um comprimento de 448 m, uma central de 2x4,9 MWA, uma capacidade total de 106 hm3 e uma capacidade útil de 54 hm3;
- Sistema adutor: Estação Elevatória dos Álamos, com 40 m de altura, uma conduta de 850 metros, 6 Grupos de Bombagem de 6,88 m3/s e uma altura da bombagem de 90 metros.

Assim, o empreendimento do Alqueva cria um factor novo no Alentejo, pela dimensão da albufeira e pela natureza das suas características físicas, havendo um novo recurso natural, a água, em abundância.
Como componentes do sistema de rega foram indicados: Monte Novo, Alvito, Roxo e Alto de Odivelas, prevendo-se que a água do Empreendimento do Alqueva chegasse ao Roxo em 2014, data que procuram antecipar para 2008.
O Sistema Global de Rega do Alqueva, de 110 000 ha, terá as seguintes infra-estruturas: 17 barragens intermédias, com 680 km de canais a céu aberto, 4400 km de condutas enterradas, 18 estações elevatórias, 6 centrais mini hídricas, 96 depósitos de regularização, 96 estações elevatórias secundárias, 10 000 hidrantes, cerca de 1000 km de redes de drenagem e de1000 km de rede viária.
Estavam concluídas as seguintes obras: Barragem de Alqueva, Aldeia da Luz, Restabelecimento Viário, Infra-estrutura 12, Tomada de Água de Alvito, Estação Elevatória dos Álamos, Tomada de Água da Luz.
Estavam em curso as seguintes empreitadas: Central Hidroeléctrica de Alqueva, Barragem de Pedrógão, Caminhos Vicinais, Bloco de Rega da Luz - 591 ha, Centro Ambiental da Coitadinha, Canal Álamos / Loureiro.
Estavam para adjudicação: B. Álamos I e II (com previsão de conclusão no 4.º Trim/2005), B. Álamos III (com previsão de conclusão no 4.º Trim/2005), B. Loureiro (com previsão de conclusão no 4.º Trim/2005).
Como concursos a lançar, foram indicados:

- Da rede primária: Túnel Loureiro/Alvito, Canal Loureiro/Monte Novo, Barragem do Pisão, Barragem de Brinches, Barragem de Serpa, Canal Alvito/Pisão, Canal Alvito/Nó para Odivelas, Adução a Odivelas, Barragem da Amoreira, Conduta Serpa/Navegados, Conduta Serpa/Montinhos e - da rede secundária: Monte-Novo - 7739 ha, Pisão - 2337 ha, Alvito/Pisão - 10 900 há, Amoreira - 1630 ha, Brinches Sul - 965 ha, Serpa/Brinches - 1005 ha;
- Outros: ETAR de Beringel, Segregação de águas Alvito/Pisão, Segregação de águas Odivelas, Tomadas de água/Pedrógão.

O Empreendimento do Alqueva era considerado um projecto empresarial nas áreas do ambiente, turismo, água, energia, agricultura, inovação tecnológica, sendo a missão da EDIA a de Gestão de Recursos Hídricos, de Planeamento, Concepção e Execução de Infra-Estruturas de Rega, de Projectos e Parcerias Empresariais (estas na área dos biocombustíveis - biodíesel e bioetanol -, da energia eléctrica - fotovoltaica, eólica e hidroeléctrica) com a Gestalqueva, S.A, o Aeroporto de Beja, a ADRAL e as Águas do Centro Alentejo.
O investimento realizado até Dezembro de 2003 foi de 802,88 Meuros (Barragem do Alqueva - 588,90; Central do Alqueva - 118, 26, Barragem do Pedrógão - 65, Estação dos Álamos 58,74 e D. Rega - 6,2 Meuros), prevendo realizar-se um investimento de 2701,89 M euros até 2005. O financiamento estava assegurado, pelo QCAIII, até 2007.
Findo o briefing, a Delegação da Comissão, acompanhada pelo Sr. Governador Civil e pela Administração da EDIA fez uma visita à Barragem do Pedrógão, ainda em construção, e ao Empreendimento do Alqueva, onde teve oportunidade de apreciar a dimensão da obra e visitar a sala da Central Eléctrica ali instalada.

4.2 A EDAB
A Delegação da Comissão reuniu com a Administração da EDAB nas instalações da sede do Núcleo Empresarial da Região de Beja (NERB), onde foi recebida pelo seu Presidente, Sr. Luís Serrano.
O Presidente da EBAD, Coronel Santos Nicolau, que estava acompanhado pelos restantes membros do Conselho de Administração, Srs. Dr. José Gaspar e Eng.º Mário Resende, fez um ponto da situação sobre a evolução verificada na EDAB, tendo referido, nomeadamente:

- O historial da Base Aérea II, da Força Aérea Alemã, desde 1964, passando pela criação de dois grupos de trabalho, na década de 90, para identificação das suas potencialidades para outros fins, até à criação da EDAB em 2000, para, novamente, identificar e dinamizar as potencialidades da Base Aérea de Beja;
- O principal objectivo da EDAB, que é a promoção da utilização da Base Aérea para fins civis, encontrando-se já definido o tipo de aeroporto a criar, bem como as infra-estruturas a ele associadas, de forma a garantir a possibilidade de desenvolvimento integrado da zona industrial e logística associada ao aeroporto;
- As pistas e outras infra-estruturas, que são de grande qualidade e com capacidade excedente da utilização militar, para reconversão e rentabilização;