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0883 | II Série C - Número 037 | 31 de Julho de 2004

 

O Senhor Deputado Miguel Paiva (CSD-PP), depois de assegurar que o Grupo Parlamentar do CDS-PP está disponível para ajudar a ultrapassar as dificuldades acabadas de enunciar pelos Autarcas de Sever do Vouga, sublinhou que a melhoria já conseguida das condições de vida das populações deve-se sobretudo ao empenho e esforço dos Autarcas Locais e alertou que, sem esquecer o muito que ainda há a fazer no campo das infra-estruturas, há que apostar fortemente na inovação e na educação para que seja possível prosseguir na senda do desenvolvimento.
O Senhor Deputado Pina Marques (PSD), depois de recordar que, enquanto Deputado pelo Círculo Eleitoral de Aveiro, não deixará de continuar na sua actividade parlamentar a dar o seu contributo no sentido de sensibilizar quem de direito para serem ultrapassadas as dificuldades acabadas de serem referidas pelos Autarcas de Sever do Vouga, considerou que constitui um estrangulamento ao desenvolvimento do País a actuação dos Departamentos que intervêm nas questões do Ordenamento do Território, pelo que urge reformar esta situação.
Esta sessão terminou cerca das 13,30 horas, tendo-se seguido uma visita ao edifício do Auditório Municipal, o qual dista uma centena de metros do edifício da Câmara Municipal. Depois de percorrer as respectivas instalações, preparadas para a exibição de filmes e realização de peças de teatro e outros espectáculos bem como para exposições diversas, a delegação da CPLOTA e a restante comitiva de autarcas de Sever do Vouga viram também neste local uma exposição de cartazes de filmes antigos e uma outra de artigos regionais. Ainda nas mesmas instalações, foi servido um aperitivo com vinhos e produtos locais.
O Presidente da Câmara Municipal de Sever do Vouga ofereceu, depois, à delegação da CPLOTA e restantes convidados, um almoço num restaurante local.
Cerca das 16 horas, a delegação da CPLOTA, acompanhada da restante comitiva de autarcas locais, percorreu de autocarro a sede do Concelho de Sever do Vouga. Durante o percurso o Presidente da C. M. chamou a atenção para diversas empreitadas iniciadas recentemente no concelho, designadamente, a estrada de Cedrim a Penouços, a beneficiação do acesso a Santa Maria da Serra, um reservatório de água na zona de Penica, com vista ao reforço do abastecimento à Vila, a rectificação e pavimentação da estrada de Parada a Lameiras, a ampliação do Cemitério de Silva Escura e a rectificação e pavimentação da Estrada de Penouços às Hortas.
Eram 17 horas quando a delegação da CPLOTA deixou Sever do Vouga em direcção a Vale de Cambra.
Fim da visita ao interior do Distrito de Aveiro
Durante o percurso através da E.N. 328 o Senhor Deputado Pina Marques (PSD) teve ainda oportunidade de referir alguns aspectos relativos à sede deste último concelho, designadamente, mencionando que Vila Chã é por excelência o núcleo urbano do concelho de Vale de Cambra, que se estende ainda pela Freguesia de S. Pedro de Castelões e Macieira de Cambra. Assim sendo, a agricultura sector principal de outros tempos, deu lugar à industria e ao comércio. A indústria, actividade predominante, ocupa grande percentagem da população activa, sendo a taxa de desemprego bastante baixa nesta região. O destaque vai para as indústrias metalomecânica, lacticínios, madeiras e embalagens metálicas. O sector terciário é outro sector importante, concentrando-se em Vila Chã grande parte os serviços públicos e privados necessários à vida das populações deste concelho, nomeadamente: Câmara Municipal, Centro de Saúde, Hospital, Repartição de Finanças, Conservatórias do Registo Civil e Predial, Tribunal, Correios, Bancos, assim como um grande número de estabelecimentos comerciais diversificados. Na Freguesia de S. Pedro de Castelões destacou ainda o Campo Desportivo do Dairas
Eram cerca das 18 horas quando o autocarro que transportava a delegação da CPLOTA chegou ao Solar das Laranjeiras (Salgueirinhos - Vale de Cambra), terminando assim a visita que efectuou aos Concelhos de Castelo de Paiva, Arouca, Vale de Cambra e Sever do Vouga.

Descritivo Histórico
A denominação “Castelo” remete-nos para a existência quase certa de um antigo castro, no local da povoação que conserva aquele nome, e Paiva é o nome de um dos rios que delimita o concelho. Castelo, bem como Pedorido, julga-se terem pertencido ao fidalgo Egas Moniz, cujo domínio, as chamadas Terras do Ribadouro, se espalhava além de Lamego. Ambas foram antigos portos para os barcos rabelos que por aqui passavam nas subidas e descidas do Douro. Desde o ano de 1432 que a primeira povoação aparece com a designação de Castelo, conforme se lê em documentos da época.
Motivo de orgulho para os paivenses, os solares do concelho dão à paisagem um aspecto elegante, aristocrático e distinto, a que o verde das montanhas confere atmosfera invulgar. Entre estas casas senhoriais está o Solar da Boavista, altiva residência do conde de Castelo de Paiva, construída em seiscentos, à entrada da vila. Do século XV a chamada Casa da Cardia, da família Sousa Lobo, é considerado o mais antigo solar do concelho.
A ela pertence a ilha do Castelo, para sempre eternizada na lenda do Penedo de Escamarão.
Representante da arquitectura barroca está a Casa da Fisga, do séc. XVII, da família Salema. Entre os mais antigos solares figura ainda a casa da Póvoa, edifício austero, de setecentos pertença da família Furtado de Mendonça.

No século VI, Arouca surge como uma das seis paróquias que compõem o bispado de Lamego durante a presença sueva. E, no século seguinte, já com os visigodos, passou a estar dividida na de Moldes e Roças. Com a invasão árabe, no século VIII, a região foi bastante afectada, como aconteceu, por exemplo, à Igreja de Moldes, que o ímpeto muçulmano acabou por arrasar.
Por essa altura, no ano de 716, existiam já duas paróquias marcadas pelo cristianismo, a de Santo Estêvão do Vale de Moldes e a de S. Pedro de Arouca
As origens do povoamento da região de Arouca remontam a épocas pré-históricas, como o atestam numerosos monumentos megalíticos espalhados por vastas áreas do concelho. Diversos achados avulsos, a tradição popular conservada na toponímia e alguns locais que têm fornecido vestígios de ocupação, documentam a continuidade da fixação humana, que sofreu também a influência da civilização romana nos primeiros séculos da nossa era, para o que muito deverá ter contribuído a via romana que, vinda de Viseu, cruzava o concelho em direcção ao Porto
O contributo mais importante para o desenvolvimento da região veio da infanta D. Mafalda, filha de D. Sancho I, que se estabeleceu no Mosteiro de Arouca, fundado no séc. X, tornando-se sua padroeira.

O topónimo de Vale de Cambra estará relacionado com a evolução etimológica de Calambriga — que teria sido civitas pré-romana, localizada, talvez, na que é hoje freguesia de Macieira.
Na terra de Cambra, provavelmente na actual freguesia de Castelões, terá sido fundado, no século IX, um mosteiro, embora dele não sobreviva qualquer vestígio. Dele nos dão conta antigos documentos, segundo os quais, por esta altura, a região já teria sido reconquistada aos mouros por D. Afonso III das Astúrias.
No tempo da fundação da Nacionalidade, numerosos fidalgos possuíam terras e bens neste vale fértil, situando-se no séc. XII o início da estirpe dos “de Cambra” (família que deriva da linhagem dos Riba Vizela).
O senhorio da terra de Cambra pertencia espiritualmente, por esta época, à diocese de Mérida, passando posteriormente para o bispado de Coimbra, depois para o de Aveiro e, ainda, para o do Porto. Mais tarde, o senhorio de Vale de Cambra passou, no