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0885 | II Série C - Número 037 | 31 de Julho de 2004

 

quase geral e de falta de conhecimento exacto sobre os contornos da arquitectura europeia, que, neste domínio, são extremamente visíveis e contrastam com a plena consciência que deles têm os membros das delegações AUEO/APCE, como se viu pelo consenso geral sobre estas questões a que se chegou no Comité dos Presidentes. Eu própria salientei esta realidade e, uma vez mais, propus que se procure assegurar a presença de membros das comissões de defesa dos parlamentos nacionais nos nossos trabalhos. Apoiei igualmente uma proposta do Sr. Hancock sobre um convite a dirigir aos presidentes das Comissões de Defesa, de Negócios Estrangeiros e de Assuntos Europeus para serem ouvidos durante a próxima sessão plenária. Temos de tomar consciência do movimento de subvalorização dos parlamentos nacionais que se vem desenhando e ganhando força e que se traduz igualmente num ataque, em crescendo, às instâncias interparlamentares, à Assembleia da UEO de uma forma muito evidente: à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, ainda não tanto. Mas os primeiros sinais já foram detectados pelos observadores mais atentos.

Assembleia da República, 26 de Julho de 2004. - A Presidente da Delegação da Assembleia da República à Assembleia da UEO, Maria Manuela Aguiar.

Relatório elaborado pela Deputada do PSD Maria Manuela Aguiar referente à reunião da Comissão de Defesa e da Comissão Técnica e Aeroespacial, no dia 20 de Julho, bem como à visita à Exposição Internacional de Farnborough, no dia 21 de Julho de 2004

20 de Julho
A Comissão de Defesa e a Comissão Técnica e Aeroespacial reuniram com representantes da "Arianespace" entre eles o Director Executivo Jean-Ives Le Gall, que começou por apresentar dados actuais sobre as principais actividades deste empreendimento europeu, que é líder mundial do mercado (mais de 60% de todos satcoms comerciais). É, assim, um exemplo da competitividade, nomeadamente face aos EUA, recebendo encomendas dos maiores clientes, com uma média anual de vendas superior a um bilião de dólares.
No diálogo que se seguiu com os membros da UEO, foi possível analisar algumas das razões para o sucesso desta companhia europeia, no domínio industrial, operacional e comercial, em todas as regiões do mundo, entre elas uma precisa compreensão das necessidades em cada momento, a proximidade com os potenciais utilizadores dos seus serviços e a capacidade de encontrar soluções à medida das necessidades individuais.
Foram, em especial, focadas as operações a partir da Guiana Francesa utilizando o Ariane 5 (já operacional) e, a partir de 2007, também os Soyuz (dimensão média) e os light Vega.
Depois de uma verdadeira crise de mercado verifica-se uma recuperação lenta, mas segura, com novas aplicações, nomeadamente no mercado de Vídeo DTH, na alta definição e televisão interactiva.
Aumenta assim a tendência para uma diversidade de utilizações (Telecom, vídeo, Internet, "networks" de negócios) a exigirem cada vez maior flexibilidade para adaptação às constantes mudanças no mercado, para as quais a europeia Arianespace continua vocacionada, mantendo a dianteira face a americanos, japoneses, australianos, ou quaisquer outros competidores.
Foi ainda analisada, em especial, a cooperação da Arianespace com a NATO e com o Reino Unido, como parceiro de primeira linha, no domínio espacial - Agência Espacial BNSC, a indústria de satélites, com o Astrium UK e o SSTL, universidades, centros de investigação e o operador de satélites Inmarsat.
Seguiu-se um debate participado, no qual tive oportunidade de intervir, tal como a maioria dos presentes.

21 de Julho
Visita das comissões à "Farnborough International 2004", que começou pelo pavilhão de Arianespace, NASA e outros, tendo depois cada participante disposto de tempo livre para organizar encontros nos pavilhões nacionais.
Portugal estava representado unicamente pela Indústria Aeronáutica de Portugal (OGMA). Contactei os seus responsáveis, que fazem um balanço positivo da participação em "Farnborough 2004". Mas, durante a troca de impressões, não deixaram de fazer comparação entre a fórmula de representação por nós adoptada em eventos desta natureza (em regra, a OGMA e a TAP alteram para cobrir os principais…) com a que é adoptada, por exemplo, por um país que tão recentemente aderiu à UE, a República Checa, que se apresenta com um pavilhão nacional, integrado pelos mais importantes serviços e empresas de que dispõem (LOM Praha e outros). É um modelo cujo interesse e viabilidade, a meu ver, deveríamos estudar.

Assembleia da República, 26 de Julho de 2004. - A Presidente da Delegação da Assembleia da República à Assembleia da UEO, Maria Manuela Aguiar.

A Divisão de Redacção e Apoio Audiovisual.