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0012 | II Série C - Número 003 | 16 de Outubro de 2004

 

Regista-se o facto de a Europa não estar entusiástica em relação à sua participação no esforço de reconstrução a decorrer no continente africano.
Qualquer processo de reconstrução deve seguir a abordagem dos quatro pilares: segurança; governo e participação; justiça; economia.
Os Estados Unidos precisam de ajuda, não têm capacidade para conseguir a reconstrução simultânea do Iraque e do Afeganistão.
Nos dias de hoje as nossas sociedades não estão preparadas para más notícias, nem para um genocídio como o de Ruanda, nem para uma situação como a do Iraque, ou do Sudão, onde foi alcançado um acordo de paz para um conflito que dura há 40 anos. As Twin Towers da reconstrução são o Iraque e o Afeganistão - ambos com mais de 25 milhões de habitantes.

Dr. Steven Symansky

O Afeganistão é dirigido por afegãos com líderes fortes.
Desafio: segurança e controle da cultura da papoila do ópio.
A reconstrução do Afeganistão passa por construir um orçamento, perceber quais são as despesas, quais são as receitas e as prioridades.
Os donativos devem ser canalizados através de governos locais para assegurar a coordenação e permitir o desenvolvimento de capacidades próprias.
A reconstrução do Afeganistão resultará se:

- For governado por afegãos;
- Houver uma forte interligação entre os dadores e as autoridades afegãs;
- Existir um ambiente de segurança;
- Terminarem os conflitos entre os senhores da guerra;
- Se conseguir controlar o cultivo de papoila e a produção de heroína.

A conclusão que se pode tirar é que, mais do que enviar fundos deverá haver uma partilha de competências entre os países.

4) Banco Mundial

A fatia de empréstimos do Banco Mundial para programas de educação ou saúde e para pequenos programas de incidência regional, passou a constituir mais de 40 % do total das ajudas.
O Banco passou a apoiar projectos mais abrangentes considerando os sectores como um todo, em vez de se concentrar em projectos stand-alone.
Aspectos como a boa governação e o combate à corrupção têm assumido uma importância cada vez maior nas análises e critérios do Banco Mundial.
O 11 de Setembro teve o condão de chamar para a 1.ª linha de ataque o financiamento do terrorismo, o que implicou uma melhoria acentuada na coordenação entre instituições, no entanto ainda subsiste pouca troca de informação entre os diferentes actores no terreno. Alguns projectos continuam a funcionar desligados e sem fio condutor.

5) FMI - Fundo Monetário Internacional

A economia mundial continua a melhorar - 7,5% de crescimento.
Na Europa há sinais de crescimento, mau grado a situação específica da Alemanha. A China apresenta um forte crescimento; no Japão divisam-se sinais positivos, mau grado os défices elevados; a América Latina também está a crescer e, em termos globais poder-se-á dizer que a recuperação está estabilizada.
Preocupações: tendência para o aumento das taxas de juro, a questão da fiscalidade, os elevados défices públicos, a temática das pensões, tendo em conta o patente envelhecimento das populações. No curto prazo, o clima parece ser de melhoria económica global, o problema situar-se-á na manutenção dessas condições de sustentabilidade do crescimento.

Rodrigo Rato

Na sua nova tarefa informou-nos sobre as prioridades do FMI e do seu mandato: