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0008 | II Série C - Número 010 | 04 de Dezembro de 2004

 

No contexto europeu, o comportamento da economia alemã continuou a ser influenciado pela fragilidade da procura interna contrabalançada, por sua vez, por um crescimento robusto do sector exportador, enquanto que em França a procura interna revelou um dinamismo considerável, essencialmente explicado pelo crescimento acelerado do investimento. Por seu lado, nos EUA, o sector industrial confirmou a dinâmica de recuperação iniciada em meados de 2003, com a taxa de utilização da capacidade produtiva a afastar-se progressivamente do mínimo do presente ciclo. Do lado da procura, a criação de novos empregos na economia norte-americana tem vindo a consolidar a confiança dos consumidores e a recuperação do consumo privado.
O BCE e a FED não alteraram as taxas directoras neste trimestre, reafirmando a sua convicção numa consolidação da retoma económica ao longo do ano. No entanto, a fragilidade evidenciada pela economia europeia, a par da tendência de desaceleração da inflação homóloga, levou os mercados a antecipar, no período em análise, uma descida das taxas directoras por parte do BCE.
Este foi um dos factores que contribuiu para a diminuição das taxas de juro nos prazos mais curtos; nas maturidades longas as taxas foram influenciadas, principalmente, pelos resultados menos positivos revelados pelo mercado de trabalho norte-americano.
A yield das obrigações a 2 anos diminuiu cerca de 35 pontos base no caso do Bund e 25 pontos base nos EUA, ao passo que as descidas dos benchmark a 10 anos foram de 37 pontos base no caso alemão e de 41 pontos base no Treasury (Gráfico 2). Desta forma, a inclinação da curva de rendimentos não registou uma alteração significativa na área do euro (não obstante no final do trimestre se ter assistido a um movimento de bull steepening, relacionado com a expectativa de descida de taxas por parte do BCE) e diminuiu cerca de 15 pontos base nos EUA.

Fonte: IGCP.

Os mercados accionistas também foram influenciados pela evolução do mercado de trabalho norte-americano e pelos atentados de Madrid (que levaram a uma subida temporária dos índices de volatilidade), pelo que registaram uma queda no mês de Março. Comparando com o final do ano passado, os índices registaram as seguintes variações: +1.3% no caso do S&P 500, -2% no Nasdaq e -2.7% no Xetra Dax.
Em Portugal, o PIB cresceu 0,6% em cadeia no primeiro trimestre do ano (2,4% em termos anualizados), dando indicações de alguma recuperação da procura interna, nomeadamente através de um crescimento relativamente elevado do consumo privado e do investimento. Ao contrário do verificado em 2003, as contas externas tiveram um contributo ligeiramente negativo para a variação do produto. De salientar ainda a subida da taxa de variação homóloga do