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27 | II Série C - Número: 063 | 18 de Junho de 2007


1.17 — Para 2008, e não obstante a revisão em alta anteriormente referida, a previsão apresentada no Relatório, 2,4%, mantém-se fora e acima do intervalo definido pelas previsões da CE (2,0%), OCDE (2,0%) e FMI (2,1%). A previsão do Banco de Portugal (2,1%) foi apresentada há mais tempo, em Janeiro passado. Na origem deste diferencial está, no caso da CE e da OCDE, sobretudo o facto destas instituições preverem um menor crescimento do consumo privado e das exportações.
1.18 — Para os anos de 2009 e 2010, não existem ainda previsões independentes para o crescimento da economia portuguesa. Em resultado, a UTAO não pode proceder à análise técnica comparada das previsões que são apresentadas no Relatório.
1.19 — Assim e em conformidade com o procedimento já adoptado pela UTAO na Nota Técnica “Análise do Programa de Estabilidade e Crescimento 2006-2010”, considera-se ser de comparar a previsão apresentada no Relatório com o crescimento médio da economia portuguesa.7 Considerando que as previsões apresentadas no Relatório não se alteraram face às que constavam no PEC – crescimento do PIB de 3% em 2009 e 2010 – e que uma análise bastante detalhada já se encontra efectuada na citada Nota Técnica, mantendo-se válidos os resultados da mesma, relembra-se, nesta ocasião, que a previsão de crescimento de 3% do PIB para 2009 e 2010 constante também na Actualização do PEC/2006 está:

I. acima do crescimento médio verificado na década de 1990; II. acima do crescimento médio verificado durante o último período de hiato do produto positivo; III. acima do crescimento médio entre 1995 e 2005; IV. acima do crescimento médio entre 2000 e 2006; V. abaixo do ritmo de crescimento médio do período 1994-2002 (último período com crescimento real persistente).
1.20 — Os principais riscos para o cenário macroeconómico a médio prazo identificados nomeadamente pela CE e OCDE provêm do comportamento futuro das exportações e do investimento. Ambas as instituições consideram que a sustentação da recuperação da actividade económica terá de passar pela retoma da procura interna e, em particular, do investimento, sendo crucial que esta componente da despesa reaja ao dinamismo das exportações. No entanto, consideram que o facto do processo de ajustamento no sector da construção não estar ainda terminado pode vir a limitar a resposta global desta variável. No que respeita às exportações, ambas as instituições consideram que existe incerteza quanto ao grau de sustentabilidade da dinâmica apresentada no final de 2005 e em 2006, pois a sistemática perda de quota nos mercados externos observada nos últimos 10 anos dificulta a percepção de qual será a resposta, desta componente da despesa, ao comportamento futuro esperado dos principais mercados externos.
Gráfico 4 — Estimativa do Hiato do Produto — Portugal, Alemanha e Zona Euro

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Euro
PT
Alem Fonte: Comissão Europeia, base de dados AMECO, Maio de 2007.
7 Para além do crescimento médio da economia portuguesa, deve também tomar-se como referência na análise das previsões o facto do ritmo de crescimento potencial do PIB português na década de 2000, tal como estimado pela Comissão Europeia, se situar, a partir de 2002, abaixo de 2%.