O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

7 | II Série C - Número: 063 | 18 de Junho de 2007


Efectivamente, as principais alterações relativamente às projecções inseridas no PEC 2006-2010 referemse a um crescimento das exportações na ordem dos 7,4% (mais 0,2 p.p que em Dezembro) e das importações em 4,0% (variação de 0,3 p.p. face ao PEC). O consumo público deverá contrair-se 1,4%, contra 1,3% inscritos no PEC, enquanto o saldo conjunto das balanças corrente e de capital deverá situar-se em -8,5% do PIB (face a -7,3% previstos em Dezembro).
Cumpre, neste capítulo, fazer uma breve referência às mais recentes previsões das instituições internacionais para 2007 e 2008 – Comissão Europeia, OCDE e FMI – e compará-las com as previsões dadas a conhecer pelo Governo.
Indicadores Macroeconómicos — Previsões Internacionais Indicadores Com. Eur.
(Mai.07) OCDE (Mai.07) FMI (Abr.07) ROPO 2007 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 PIB 1,8 2,0 1,8 2,0 1,8 2,1 1,8 2,4 Consumo privado 1,3 1,5 1,4 1,8 n.d. n.d. 1,3 2,0 Consumo público -0,1 0,3 -1,0 -1,1 n.d. n.d. -1,4 -1,5 FBCF 0,4 2,9 0,8 5,2 n.d. n.d. 1,9 4,0 Procura interna 1,0 1,6 0,8 2,0 n.d. n.d. 0,9 1,7 Exportações 6,8 5,9 6,3 6,3 n.d. n.d. 7,4 6,9 Importações 3,6 4,2 3,0 5,5 n.d. n.d. 4,0 4,5 Emprego 0,7 0,8 n.d. n.d. n.d. n.d. 1,0 1,2 Tx. Desemprego (%) 7,7 7,5 7,6 7,1 7,4 7,3 7,5 7,2 Défice (% PIB) 3,5 3,2 3,3 2,4 3,3 2,6 3,3 2,4 Dívida (% PIB) 65,4 65,8 n.d. n.d. n.d. n.d. 65,1 64,5 Despesa pública (% PIB) 45,8 45,5 n.d. n.d. n.d. n.d. 45,1 44,0 Défice estrutural (% PIB) 2,7 2,6 n.d. n.d. 2,5 2,0 2,2 1,6 Fonte: Relatório de Orientação da Política Orçamental 2007; Previsões Económicas da Primavera 2007 da Comissão Europeia; Economic Outlook n.º 81 da OCDE; World Economic Outlook de Abril 2007 do FMI Relativamente ao PIB, em 2007 todas as instituições internacionais apontam para um crescimento em linha com o estimado pelo Governo. Já no que se refere a 2008, todas sem excepção apresentam previsões mais comedidas, sendo o FMI a entidade que prevê um crescimento mais significativo da economia portuguesa (2,1%, face aos 2,4% previstos pelo Governo).
A FBCF, que o Governo prevê aumentar 1,9% em 2007 e 4,0% em 2008, não deverá crescer mais que 0,4% em 2007 e 2,9% em 2008, a fazer fé nas previsões da Primavera da Comissão Europeia. Já a OCDE prevê uma variação de 0,8% em 2007 e de 5,2% em 2008.
As exportações deverão crescer 7,4% no corrente ano e 6,9% no próximo, conforme inscrito no Relatório de Orientação da Política Orçamental. No entanto, a OCDE prevê que se fiquem pelos 6,3% em ambos os anos, enquanto a Comissão Europeia apresenta uma previsão na ordem dos 6,8% em 2007 e 5,9% em 2008.
As previsões da Comissão Europeia relativas à evolução do emprego são também menos optimistas, mas já no que respeita à taxa de desemprego, a OCDE prevê que em 2008 ela venha a situar-se em 7,1%, abaixo da previsão do Governo.
A Comissão Europeia prevê que o peso da despesa no PIB diminua a um ritmo inferior ao previsto pelo Governo, enquanto o défice estrutural, a cumprirem-se as previsões desta entidade e do FMI, deverá reduzirse de forma menos acentuada nos anos em análise.
Apresenta, igualmente, reticências quanto aos objectivos traçados pelo Governo relativamente ao défice, particularmente notórias no que se refere a 2008. Para esse ano, a Comissão prevê um défice de 3,2%, contra 2,4% do Governo, o que, a verificar-se, colocará em causa o abandono dos défices excessivos em 2008.
Recentemente, foram divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística as Contas Nacionais Trimestrais do 1.º Trimestre de 2007, que revelaram elementos positivos, embora menos optimistas que as contas preliminares disponibilizadas anteriormente por aquela entidade.
No 1.º trimestre, o PIB cresceu 2,0% face ao período homólogo de 2006 (1,6% no trimestre anterior). A procura interna sofreu uma variação homóloga de 0,1% e o investimento diminuiu 2,3% (-2,1% no trimestre anterior). De referir que, embora ainda negativa, a variação da FBCF em construção registou um desagravamento, ao decrescer 3,4% face a -7,4% no período anterior.
O consumo privado aumentou 1,2% relativamente ao 1.º trimestre de 2006, enquanto o consumo público decresceu 0,8%.