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17 | II Série C - Número: 076 | 8 de Setembro de 2007

sublinhou o papel das pequenas e médias empresas no comércio internacional em comparação com as grandes multinacionais.
Durante a terceira sessão foi abordado o tema das «Fronteiras e Comércio Internacional».
Intervieram Marc Kugler, Vice-Presidente da EDF (Electricité de France), que falou sobre o comércio internacional de energia, tendo destacado a liberalização do mercado energético na Europa e o papel das energias renováveis e da energia nuclear para fazer face aos desafios ambientais, e Eugeni Bregolat, Embaixador de Espanha em Andorra e antigo Embaixador de Espanha na China, que dissertou acerca das relações comerciais entre a China e a Europa, principalmente em razão do impacto das exportações chinesas a baixo custo e das muitas oportunidades que surgem para as empresas estrangeiras que se instalam no mercado chinês, o maior mercado mundial em termos comerciais. Defendeu ainda que a única forma de lidar em termos comerciais com a China é através da sua cada vez maior integração na OMC.
Os Deputados signatários deste relatório intervieram neste painel, que foi o painel que teve mais pedidos de esclarecimento por parte dos participantes nesta conferência, questionando o Deputado João Soares o Sr. Embaixador, solicitando-lhe uma comparação da China com a Índia e pedindo-lhe para falar um pouco sobre a política externa da China, nomeadamente em África e sobre a sua política financeira, nomeadamente a relativa à aquisição dos títulos de divida pública dos EUA por parte deste país. O Sr. Embaixador, nas respostas que deu aos vários oradores, optou por não responder a nenhum directamente, por falta de tempo, tecendo apenas algumas considerações genéricas sobre a China, afirmando que acredita «que as mudanças económicas que estão a ocorrer na China levarão inevitavelmente às mudanças sociais e políticas», pelas quais o resto do mundo anseia.
O Deputado Jorge Morgado questionou o Vice-Presidente da EDF sobre qual o estado das redes eléctricas na Europa, lembrando o «apagão» que ocorreu há alguns anos nos EUA e perguntou qual o impacto nos preços da electricidade para os consumidores, motivado pela crescente utilização de formas de energia alternativas, nomeadamente as procedentes de fontes de energia renováveis. Na resposta Marc Kugler afirmou que a interligação das redes na Europa é bastante boa e que num caso de interrupção de fornecimento eléctrico ocorrido numa linha de alta tensão na Alemanha, a rede europeia conseguiu responder entre 25 a 40 minutos com o restabelecimento total do fornecimento, pelo que considera que as redes europeias são seguras (contrariamente à rede americana). Afirmou ainda que, numa primeira fase, o preço da electricidade na Europa deverá aumentar devido ao mais alto custo de obtenção de energia por parte da transformação da mesma via fontes alternativas, mas que numa segunda fase, por força dos avanços tecnológicos, a mesma tenderá a diminuir.
A quarta sessão foi dedicada ao tema dos «Aspectos Sociais e Laborais do Comércio Internacional». O primeiro orador foi Bernard Snoy, Coordenador das Actividades Económicas e Ambientais da OSCE, que falou acerca da dimensão económica e ambiental da OSCE e das perspectivas depois da realização do Fórum Económico e Ambiental de 2007, dedicado ao tema da degradação e contaminação dos solos e da gestão das reservas aquíferas. Usou ainda da palavra Susan Bissell, da UNICEF, que abordou o tema do trabalho infantil e da luta contra a pobreza e por um comércio justo.
A quinta sessão desta Conferência teve como tema «O Comércio Internacional e o Ambiente».
Participaram o Sr. Enrique Baron Crespo, antigo Presidente do Parlamento Europeu, que falou sobre o papel da Europa no mundo em termos de responsabilidades ambientais, sobretudo nas áreas da segurança alimentar, protecção ambiental e diversidade cultural; Olivier de Laroussilhe, Chefe da Unidade para o Desenvolvimento Sustentável e Padrões Fitossanitários da Comissão Europeia, que levou a debate o tema da política comercial da União Europeia na área do comércio e desenvolvimento, tendo destacado as iniciativas da União no apoio aos países em vias de desenvolvimento. O último orador foi Joachim Bitterlich, Vice-Presidente da Veolia Environment, o qual abordou o tema do ambiente como elemento no comércio e o papel crescente das multinacionais que operam neste sector específico.
A sessão de encerramento desta Conferência contou com a participação do Presidente da Delegação de Andorra à AP OSCE, Josep Dalleres, e do Presidente Goran Lennmarker, que fizeram o balanço dos trabalhos e enfatizaram que o proteccionismo não é solução para um comércio justo.
Sublinharam ainda que a defesa do ambiente e as novas tecnologias são fundamentais para o desenvolvimento do comércio internacional, bem como o papel da OMC, que deverá ser ainda mais valorizado para se atingir o objectivo de um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.