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II SÉRIE-C — NÚMERO 9

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encomendas da INDITEX, a desvalorização da moeda turco, afirmou que o ano de 2019 vai ser de potencial

estagnação ou quebra.

– António Monteiro, CPPME, salientou que concorda com as anteriores afirmações proferidas e leu uma

declaração.

– Luís Carvalho, Associação Empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, observou as

dificuldades do setor, salientou os desafios existentes em termos de capacitação da mão-de-obra, deu como

exemplo quando uma empresa encerra atividade é usual os outros operadores captarem a mão-de-obra que

ficou desempregada, também referiu que os estágios profissionais obrigam as empresas a ficar em espera por

colaboradores capacitados o que condiciona a atividade fabril. Afirmou que devia ocorrer uma política nacional

de defesa da indústria e que urge um papel político mais ativo. Fez menção à evolução do preço da energia e

à questão do défice energético. Mencionou que, em janeiro, o setor registou uma quebra de 6% nas

exportações e um acréscimo de importações na ordem dos 18%.

– Fátima Tavares, IAPMEI, observou que existe desconforto no setor e que as empresas não gostam de

expor as suas situações, salientou que a Agência para a Competitividade e Inovação não só gera incentivos,

como também tem instrumentos financeiros disponíveis para apoiar as empresas, coordena o licenciamento

industrial, promove estímulos empresarias, incentiva a relação entre a academia e as empresas, desenvolve

sessões informativas temáticas, realiza open days onde apresenta as boas práticas indústrias e até o novo

paradigma da Indústria 4.0. Referiu a reestruturação do setor do calçado no Vale do Ave, considerou ser um

exemplo a dar a outras empresas e a outros setores, salientou preocupação com o Brexit e mencionou que há

20 atrás já existia dependência do grupo INDITEX, com 90% de encomendas dirigidas a esse cliente. Afirmou

que o IAPMEI tem tido uma forte presença no Norte, salientou que estão atentos, preocupados, são sensíveis

e disponíveis.

– O representante da AICEP mencionou o objetivo da instituição em apoiar a atividade empresarial, em

criar competências, em promover cursos e estabelecer parcerias com escolas de negócios, deu como exemplo

o curso promovido dirigido a empresas sobre e-commerce. Abordou as tarefas realizadas pela agência

designadamente na gestão de visitas, agendamento de reuniões, abordou o evento Guimarães Fashion Week

e o esforço realizado para identificar potenciais importadores.

– Márcia Barros, Vereadora do Pelouro do Empreendedorismo da CM Fafe, agradeceu o convite, salientou

o papel das autarquias na região do Ave, fez referência aos comentários da ANIVEC acerca da promoção e

capacitação empresarial e abordou as iniciativas desenvolvidas pela autarquia no âmbito do estímulo ao

espírito empresarial, do incremento à competitividade, da facilitação à exportação, na construção de zonas

industriais e no investimento de €2 milhões para a construção de acessibilidades à autoestrada. Lançou o

repto às associações empresariais para exporem os seus problemas, mas também para apresentarem

soluções e identificarem qual deve ser o papel das autarquias e do Estado. Salientou que o Estado tem um

papel importante nas obras públicas, mas que também as autarquias devem fazer algo.

O Presidente observou que a taxa de ocupação de solo é da competência das autarquias.

Intervieram os Deputados membros da Delegação da CEIOP:

– Bruno Dias (PCP) – felicitou as entidades presentes, observou que a reunião foi agendada na sequência

do requerimento oral do GP PCP, salientou a importância da CEIOP estar no terreno, de contactar com as

diversas entidades e atualizar a informação, e observou a evolução do setor têxtil da região no último trimestre

do ano passado. Questionou quais as medidas específicas a tomar em resposta aos acontecimentos,

designadamente:

o O que se está a fazer? Qual o acompanhamento específico que está a ser feito pelo Ministério da

Economia, IAPMEI e AICEP em particular junto das micro e pequenas empresas do sector de confeção

de vestuário, face à situação particular que está a verificar-se?

o Que medidas estão a ser equacionadas?

o Como se estão a posicionar? Em particular no mercado espanhol?