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10 DE MAIO DE 2019

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atual, mais centrada na comunidade, e que no passado houve infraestruturas de apoio que desapareceram, tal

como a piscina que tinha acessibilidade ao público. Questionou a existência de um aterro ilegal no local do

anterior Hotel Avelames, dentro do parque natural, abordou os seus efeitos nocivos na captação de água e no

ecossistema. Referiu ser uma vergonha os detritos acumulados nas traseiras do Grande Hotel, o qual se

encontra em ruínas dentro do Parque. Observou que 10% da faturação do Super Bock Group corresponde ao

segmento águas, questionou a demora na internacionalização dessa categoria de produto. Sublinhou os

motivos da visita ao Parque, salientou a importância de um projeto ser valorizado como PIN, considerou a

afirmação do CEFO polémica ao afirmar que o projeto Aquanattur está concluído. Observou a dificuldade das

CM em fazer cumprir as obrigações dos investidores. Por fim, salientou que o GP BE pretende esclarecer a

situação até ao final da legislatura.

– Bruno Dias (PCP) – Aludiu que o Parque, precisamente por se tratar de um parque termal, tem

caraterísticas próprias, como tal registando as necessidades de segurança e limpeza e o estado de

degradação em que se encontra o local. Referiu que com dificuldade compreende a explicação da empresa ao

afirmar que já cumpriu os compromissos assumidos com todas as entidades públicas. A esse propósito,

questionou em que moldes se desenrolou o processo de requalificação do rio, realizado pela autarquia mas

sem a devida compensação pela empresa, e solicitou a apresentação de documentação. Abordou o

compromisso de reconversão do Grande Hotel, cuja concretização não se verificou, questionando sobre os

motivos para tal situação. Abordou o funcionamento do museu Pedras Experience, citou a afirmação do CEFO

ao declarar que o investimento aí realizado é irrecuperável, questionando nesse quadro por que motivo

cobram 6 euros à entrada, afastando as populações do concelho e da região, quando por exemplo no Museu

Termal das Caldas da Rainha o valor é metade. Por fim questionou a lógica da empresa e a sua relação com o

território. Concluiu afirmando que as pessoas da terra têm um sentimento, não de separação, mas de «viuvez»

relativamente ao Parque Termal.

O Presidente da Comissão explicou que o turismo de saúde e bem-estar tem crescido, tal como sucede

com as outras vertentes turísticas no País, questionou se não é uma oportunidade perdida a empresa não

apostar nesse segmento. Mencionou, conforme o que viu, o investimento realizado não parece estar alinhado

com os produtos de turismo rural, turismo natureza, turismo de saúde ou com o alojamento local.

Em resposta, o CEFO da Super Bock Group reiterou que o projeto Aquanattur foi cumprido. Referiu que o

montante total do investimento previsto consistia em €91 milhões, dessa verba estava apenas consignado €46

milhões ao abrigo do projeto Aquanattur. Observou que os incentivos ao projeto inicial correspondiam a €24

milhões, porém no términus do projeto apenas ascenderam a €15 milhões e que o valor líquido do

investimento totalizou os €76 milhões. Explicou que dos montantes destinados ao projeto Aquanattur €33

milhões se destinavam aos complexos Parque Pedras Salgadas e à fábrica Super Bock Group, desse

montante apenas €7 milhões tinham como fim o Parque. Explicou o atual quadro de pessoal, referiu que 134

trabalhadores são residentes no município de Vila Pouca de Aguiar, salientou que mantiveram os 220 postos

de trabalho acordados e que criaram mais 58 empregos. Comentou as iniciativas para promover as atividades

no casino. Observou que é complicado trazer o turismo para o interior, referiu que o core business da empresa

é a cerveja, contudo pretendem manter a operação de turismo. Assumiu que têm preocupações sociais, mas

pretendem ser rendáveis, afirmou que não podem conceder entradas gratuitas às suas infraestruturas.

Salientou que a Super Bock Group tem historial, tem sido uma empresa rendável, observou que não é fácil

exportar a água Pedras Salgadas e que custa ouvir reparos sobre a pretensa incapacidade de

internacionalização. Afirmou que a empresa, há vários anos, procede ao licenciamento da marca nos diversos

estados dos Estados Unidos de América, referiu que é um processo complexo e demorado com resultados

limitados até ao momento presente. Apresentou o projeto para alterar o acesso à fábrica e ao estacionamento

de pesados. Salientou que o Protocolo com a JF é discutível, aludiu que os acordos devem funcionar em

ambos os sentidos, afirmou que o Super Bock Group pretende um novo protocolo mais alargado e que

considere o acesso a uma nova captação de água já legalizada pela DGEG.

O Presidente da Comissão referiu a necessidade de reconstrução dos dois hotéis, afirmou que era

imprescindível que ficasse claro se esses investimentos estão ou não previstos. Explicou que os clientes

estadunidenses são muito exigentes, não admitem uma mata com aspeto de abandono, salientou que é

necessário garantir a qualidade de um produto de luxo.