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5 DE ABRIL DE 1990 213

dido um favor ganhar dinheiro como intermediario por-

que nao tenho necessidade, de facto, disto. Se tivesse, talvez 0 tivesse: feito.

O resto do processo parece-me um processo normal de registo e de ..., que me prejudicou a mim, repare! Prejudicou-me, relativamente, mas prejudicou-me. Ja

podia ter vendido o andar em Novembro, em Novem-

bro foi quando, penso, que a Anro fez uma proposta por 16.000 contos, mas também nao vendi em Novem- bro, mas vendo agora por 20.000 ou 22 000, continua a ser um Optimo negécio. Pessoalmente penso que foi mal vendido — mas isto €é uma afirmagdo pessoal, nao

tenho de a emitir, mas...

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado Joao Montenegro, pretende mais alguns esclarecimentos? Tem a palavra para o efeito.

O Sr. Joao Montenegro (PSD): — Sr. Doutor era ‘em relacdo 4 primeira questao que lhe coloquei: O registo do andar da Stromp em favor da EUTA tinha ou nao de ser concretizado para depois poder ser elaborado’o documento em relagéo ao Sr. Doutor?

O Sr. Dr. Emanuel de Sousa: — E dbvio: que’ sim.

O Sr. Presidente: — Tema palavra‘o Sr. Deputado Alberto Aratijo. Peco desculpa, antes de dar a pala- vra ao Sr. Deputado Alberto Araujo, tem a palavra ainda o Sr. Dr. Emanuel de»Sousa.

O Sr. Dr. Emanuel de Sousa: — Sinto que ha pes-

soas que ...; enfim, e com todo o respeito, é facil ve-

tificar, porque o andar la esta, se vale ou nao vale

aquilo que digo. Independentemente de uma aprecia-

40 pessoal, e em leis do mercado. as coisas) valem o

que dao, portanto, é facil ir 14, de verificar ¢ avaliar;

e isto € o que lhe digo, é evidente, como nao tinha um

contrato-promessa escrito, estou também. a basear-me

naquilo que .... Com certeza, as pessoas também me

confirmarao aquilo que digo. Mas, independentemente do «dizes tu».e do «digo eu», é facil de ir 14 ao pré-

dio da Stromp verificar 0 apartamento e saber se, vale

ou nao vale, e se o valor do andar é este ounao. Con-

tudo, isto é uma consideragao extra.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado

Alberto Araujo.

O Sr. Alberto Aratijo (PSD): — Sr. Presidente,

penso que, em termos de-conclusdo, ja: que o Sr. Depu-

tado Gameiro dos Santos tirou uma conclusao, e a meu

ver, precipitada e sem fundamento na medida em que

foi aqui bem demonstrado. que o Sr. Dr. Emanuel de

Sousa ndo comprou o andar ao Sr. Dr. Miguel Cadi-

lhe, comprou, sim, através da EUTA — por isso o.an-

dar foi dado em troca, ou seja, através da permuta,

e nunca dado em dinheiro através do Sr. Dr. Miguel

Cadilhe —, pois é uma conclusdo, quanto a meuver,

precipitada e sem fundamento. Era s0.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.* Deputada

Odete Santos.

A Sr.* Odete Santos (PCP): — Nesta fase dos tra-

balhos nao gosto, nem tenho feito até aqui, de tirar

conclus6es, mas realmente o Sr. Deputado agora aca- bow de fazer uma afirmacéo que nao corresponde aquilo que se passou.’ Porque os factos — e depois te- remos ‘de valorar os factos no final, quando estiver- mos na fase das conclus6es — que constam da acta sao estes: € que o Sr. Dr. Emanuel de Sousa contactou sem- pre com o engenheiro Almeida Henriques e presumia que estava a fazer a compra com o Sr. Ministro das Financas, e so pelas noticias dos jornais (e alias, peco agora que confirme ou nao, porque ja vejo pessoas a abanar a cabeca) é que veio a concluir que tinha ha- vido aqui uma outra entidade metida no assunto. E disse mais, que nunca contactou com a EUTA. Es- tes so os factos! Agora, o Sr. Deputado querer estar a tirar conclusdes, vamos ter de as tirar, e no fim va- mos discutir 0 que é que se conclui destes factos e de outros que ja existem no processo.

E relacionado com isto e para que tudo fique claro, uma vez que vai ser junto ao dossier da Comissao uma fotocdpia do cheque que o Sr. Doutor passou, queria- -lhe perguntar, uma vez que o cheque tem a quantia escrita A maquina, tem depois a sua assinatura, e de- pois esta. uma letra 4 ordem de «EUTA, L.**», que me parece nao ser a letra do Sr. Doutor, parece-me ser bas- tante diferente, e perguntava se passou o cheque ao portador (em branco ai), e depois foi alguém que preencheu a seguir isso. E sd.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra

o Sr. Dr. Emanuel de Sousa.

O Sr. Dr. Emanuel de Sousa: — Alias, tudo indica que sim. Nao me recordo, mas penso que tudo indica que o cheque foi ao portador, a letra nao é minha que

14 esta de «EUTA, L.“*» e, enfim, volto a insistir, 0

cheque foi entregue ao engenheiro Almeida Henriques, nao foi entregue ao Sr. Ministro.

Vozes.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Domingues. Azevedo.

O Sr. Domingues Azevedo (PS): — Sr. Dr. Emanuel

de Sousa, V. Ex.* disse que é a primeira vez que vem

a uma comissdo desta natureza, nds j4 vamos em al-

gumas, isto é. um pouco saturante para V. Ex.*, mas

procurarei ndo.o saturar muito mais.

O Sr. Dr. Emanuel de Sousa: — Nao estou saturado!

O Sr. Domingues Azevedo (PS): — Agradeco a sua

disponibilidade em responder as perguntas que irei for-

mular. V. Ex. confirma aquilo que ha pouco aqui afirmou:

nunca teve na compra deste andar da Stromp quais-

quer contactos com’a EUTA? Todos esses’ contactos

foram efectuados na pessoa do Sr. Engenheiro Almeida

Henriques, que servia neste processo (¢ se nao for as-

sim, pecovque me rectifique) como espécie de represen-

tante do Sr. Ministro Miguel Cadilhe — o titular de

facto do andar?! Gostaria também de lhe fazer uma outra pergunta,

muito rapida e muito simples: quando é que V. Ex.*

soube que havia‘de permeio neste processo todo um

intermedidrio?’ Como é que chegou ao conhecimento