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4 | - Número: 034 | 17 de Junho de 2011

Neste âmbito referiu que o Parlamento Europeu apresentara um conjunto alargado de propostas de alteração ao pacote de governação económica, mas que a Presidência esperava cumprir o prazo com vista a encerrar o processo durante o mês de Junho. Recordou ainda que a Hungria precisou do FMI e que o seu auxílio foi fundamental, bem como que as taxas decorriam dos mercados e que era importante continuar a acreditar nos mercados.
Referiu-se também a outros objectivos da Presidência, como a necessidade de se regular o mercado de energia europeu; definir uma estratégia comum para toda a Europa sobre a população cigana, no sentido de resolver um problema que é comum a diversos Estados; procurar definir abordagens comuns no combate ao desemprego, assim como aos problemas demográficos, tendo a Presidência promovido um estudo que poderá ter resultados surpreendentes sobre esta matéria; debater a situação no Norte de África e no Japão; proceder ao ponto de situação acerca do processo de alargamento da UE, colocando a questão de a UE manter as fronteiras que actualmente tem ou continuar a construir-se, a desenhar o sonho europeu, mesmo contra a opinião dos Media e das populações.
Constatou que o Tratado de Lisboa limitava as possibilidades no quadro da política externa, não se podendo actuar facilmente no âmbito da imigração. Contudo, referiu que não se devia pensar em alterar Schengen, antes de esgotar todas as possibilidades que o mecanismo encerrava, nomeadamente por razões de imigração. Defendendo que só depois de esgotadas essas possibilidades, se poderia pensar em como alterar as regras. No que diz respeito à adesão da Bulgária e Roménia ao espaço Schengen, a Hungria considerou que ambos os países satisfaziam as exigências, mas que existiam outras considerações a ter em atenção e que caberia ao Conselho JAI do início de Junho tomar essa decisão. Em geral, em relação à política de imigração para a Europa, desejou o maior sucesso à Presidência polaca, pois considerou que este seria um dos desafios que teria de encarar.
Salientou que os desafios da Hungria se inseriam nos próprios desafios da UE, referindo o processo de transformação económica profunda em curso (dívida externa, sistema tributário, política de emprego, etc.) e, recordando, por outro lado, o facto de a Hungria ter integrado, nos últimos 100 anos, três economias (sociedade de guerra; sociedade de bem-estar; sociedade de trabalho), considerando que o que foi possível fazer no ocidente do pós guerra, não poderia ser suportado nos tempos actuais, exigindo-se, por isso, uma profunda alteração de paradigma com vista a sociedades de trabalho. De facto, o crescimento económico, por si só, não resolvia os problemas, a não ser que fosse conjugado com acções que promovessem o emprego.
Considerou ser necessário estabelecer as prioridades para os próximos 20 anos e acompanhá-las por um discurso político forte, emanado de lideranças europeias consolidadas, assentes numa forte identidade cultural e nacional. Neste âmbito, destacou a importância da aprovação da Estratégia do Danúbio, mas referiu que o seu sucesso dependia do investimento financeiro que estivesse subjacente.
Prosseguiu, destacando a importância da Política de Vizinhança da UE, considerando as boas relações com os vizinhos uma pedra basilar da UE. Assim, para além da integração dos Balcãs, considerou dever ser dada prioridade às relações com a Rússia, com vista a garantir a estabilidade das relações na região e uma clara base de diálogo para o futuro, permitindo garantir a paz e a segurança energética (revelando-se para os países do Leste da Europa, fundamental diversificar as redes de energia; assim como à promoção de um fundo de desenvolvimento próprio, para evitar continuar a depender de capitais externos e com capacidade para gerar investimento). Relativamente à política de alargamento, referiu-se ainda à Croácia, aludindo à possibilidade de encerrar todos os capítulos de negociação ainda na Presidência Húngara. A este propósito referiu que a estratégia de fazer processos negociais em bloco nos Balcãs era errada e que a adesão da Croácia demonstraria que a estratçgia do ―passo a passo‖ era a melhor para a região.
Finalmente, referiu que, no futuro, se deveriam discutir mais os valores e menos os números (menos os números de empregos/desempregos e menos economia). Dever-se-ia dar ênfase aos valores nacionais que caracterizam a civilização europeia, mas também à família, ao progresso pelo mérito, etc. Constatou ainda que o motor do desenvolvimento económico europeu estava a oscilar para leste e enfatizou que, nos próximos