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6 | - Número: 009 | 24 de Novembro de 2012

em especial no que se refere às minorias étnicas, que devem ser acolhidas e absorvidas na convivência coletiva, reciprocamente aceite, das nossas sociedades.
Numa época em que a globalização fazia adivinhar o final das fronteiras políticas e culturais, emergem, por todo o lado, as identidades culturais, novas ou antigas, originais ou recriadas, mobilizadas como novas linhas divisórias entre pessoas e grupos e com novos mecanismos de exclusão, em sociedades que se desejam cada vez mais “multiculturais” e, por isso, com crescente capacidade de inclusão.
Não resta qualquer dúvida que vivemos uma época caracterizada pela globalização e pelas migrações internacionais, tornando as sociedades cada vez mais multiculturais, o que nos enriquece a todos.
No entanto, apesar desta riqueza e diversidade, infelizmente, ainda há quem insista em considerar as sociedades como mono - culturais, ou em agir como se só uma cultura fosse genuína, legitimada e digna de ser considerada “cultura‟ , numa visão tacanha e limitada que não é aceitável e está, de há muito, ultrapassada.
Assim, a defesa do multiculturalismo e a discussão das diferenças está cada vez mais na ordem do dia do discurso político-social e foi muito bem escolhida como tema base desta Assembleia da UIP.
Esta defesa irrompe das dificuldades sentidas por uma sociedade cada vez mais multicultural, em termos linguísticos, étnicos, religiosos, culturais e sociais, para além da distribuição demográfica, permitindo reinventar as noções de liberdade individual, de validade contributiva das diferentes culturas, de apreço e colaboração entre indivíduos e povos.
Neste contexto, quero realçar a importância da Educação, veículo essencial para ajudar as pessoas a reconhecerem o seu papel, assim como as suas responsabilidades individuais e coletivas, enquanto membros ativos desta comunidade global, no sentido de se empenharem numa justiça social e económica para todos, associadamente à proteção e recuperação do ecossistema da Terra que todos partilhamos.
É na natural aceitação da diversidade que se constrói a compreensão pelo homem e pelas suas diferenças, respeitando, em todos e cada um, a sua dignidade.
A vida humana é frágil e, diante de tantas catástrofes que enfrentamos, cada um de nós deve entender o seu papel, respeitando a natureza e o outro. Pode-se afirmar que a compreensão da vida, na sua totalidade, depende de cada um de nós e do papel que estamos dispostos a exercer neste novo mundo global que integramos e que nos ultrapassa, mas que não podemos deixar que atropele ou destrua um só que seja dos entes humanos com quem o partilhamos.
“A verdadeira fonte dos direitos ç o dever. Se todos assumirmos os nossos deveres, o respeito dos nossos direitos será fácil de obter. Se negligenciando os nossos deveres, reivindicarmos os nossos direitos, estes escapar-nos-ão” (Gandhi).

Comissão para os Assuntos das Nações Unidas Esta reunião contou com a participação do Deputado Alberto Costa (PS). A primeira sessão da Comissão foi sobre o multilateralismo e o papel da diplomacia parlamentar.
No painel desta sessão participou o líder da Delegação Timorense à UIP, David Ximenes da Fretilin, que interveio sobre o papel de sucesso que as Nações Unidas teve em Timor-Leste. No seguimento desta intervenção, o Deputado Alberto Costa interveio sublinhando o caso de Timor-Leste como um caso de sucesso de democracia numa situação de pós-conflito – sucesso conseguido pelo esforço timorense, pelo trabalho da diplomacia portuguesa, pela boa vizinhança e pela comunidade internacional. Sublinhando a importância, no mundo de hoje, do apoio internacional e da diplomacia parlamentar para o sucesso das aspirações democráticas dos povos, concluiu referindo o caso da Síria , o esforço que o seu povo está a fazer para conseguir viver num Estado democrático e o apoio que deverá ser dado pela comunidade internacional para a resolução da grave situação que aí se vive.

Primeira Comissão Permanente – Paz e Segurança Internacional

“Enforcing the responsibility to protect: the role of Parliament in safeguarding civilian’s lives”

Esta reunião contou com a participação do Deputado João Pinho de Almeida (CDS/PP) e do Deputado Fernando de Jesus (PS).