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17 DE OUTUBRO DE 2015

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A Ministra referiu-se ao reconhecimento parlamentar francês do Estado da Palestina, após o qual Paris

propôs uma nova abordagem à resolução do conflito, que passaria pela criação de um grupo de apoio

internacional que compreenda os Estados árabes, a União Europeia e o Conselho de Segurança da ONU. Esta

proposta não teve, ainda, consequências nem desenvolvimentos.

A este respeito, o Deputado Bruno Dias esclareceu que, no caso do Parlamento português, a mensagem

política do reconhecimento reflete o consenso possível entre todos os partidos com representação parlamentar

e que esta visita pretende fornecer um recurso político de informação que será transportado para a próxima

legislatura. Referiu-se também ao empenho pessoal de SEXA a Presidente da Assembleia da República, que

permitiu a concretização desta visita, e comprometeu-se a assegurar um capital informativo que permitirá manter

o empenho do Parlamento português no fim da ocupação israelita.

Amal Jadou referiu-se ainda ao apoio dado por Membros Portugueses do Parlamento Europeu, em relação

à iminente demolição da aldeia de Susiya. Amal Jadou tem recebido indicações de que o Governo Português

se encontra a acompanhar a situação, que tem recebido grande atenção por parte da comunidade internacional.

Amal Jadou afirmou que a ANP não pode perder a questão de Susiya, pelo mediatismo que tem tido, e pelo

simbolismo que representa no contexto da resistência à ocupação.

No âmbito da Cooperação bilateral no domínio interparlamentar, Amal Jadou saudou a participação da

Assembleia da República no Projeto de Apoio ao Secretariado do Conselho Legislativo da Palestina, sob a égide

da União Interparlamentar (UIP).

Sobre as questões mais prementes da atualidade política palestiniana, Amal Jadou realçou a recente

tendência para a ocupação da Mesquita de Al-Aqsa por alegados extremistas israelitas durante algumas horas

do dia. A ANP receia os riscos associados à transformação de um conflito político num conflito religioso, numa

região onde o equilíbrio é volátil, e onde os extremismos religiosos podem desempenhar importantes papeis nas

relações de vizinhança, pela extrema proximidade física do autodenominado ‘estado islâmico’.

O Deputado Raul de Almeida concedeu que o conhecimento internacional da realidade na Palestina é limitado:

a comunidade internacional não tem noção de que o estado islâmico, os colonatos israelitas e ocupação da

Mesquita de Al-Aqsa possam ter relação entre si. Referiu-se também à importância de Jerusalém na manutenção

do equilíbrio de forças local, por ser fundamental para evitar o fortalecimento de fanatismos religiosos.

A Ministra recordou que esta situação foi abordada na última reunião trilateral entre Rei Hussein da Jordânia,

o Secretário de Estado norte-americano John Kerry e Benjamin Netanyahu, em novembro de 2014, em que

foram discutidas formas de incentivar a revitalização das negociações de paz. A ANP receia repetição dos

acontecimentos da Mesquita de Ibrahimi, em Hebron, dividida ao meio por Israel, e parcialmente transformada

numa sinagoga.