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II SÉRIE-D — NÚMERO 6

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amplificar interna e internacionalmente a sua predominância histórica e a influência sobre a Ucrânia e a

Bielorrússia.

— Embora a Rússia tenha deixado de vender diretamente o seu gás à Ucrânia, este país acaba por

comprá-lo indiretamente, a um preço superior, fornecido pela Polónia, Hungria e Eslovénia, fazendo o trajeto

inverso ao que existia.

 Projetos com o Brasil:

—Segundo afirmam os responsáveis ucranianos, o país possui uma indústria de armamento muito

avançada e competitiva, designadamente na balística de largo porte (mísseis, foguetões, etc.), e nos sistemas

de radar. Neste contexto, o projeto aeroespacial, desenhado conjuntamente com o Brasil, foi encerrado.3

 Relações com a China:

—Neste particular, a Ucrânia vê com bons olhos o desenvolvimento de projetos conjuntos com a China e o

aprofundamento das relações bilaterais. É curiosa a posição manifestada pelo Senhor Prystaiko, segundo a

qual, a breve prazo, a China será tão grande e poderosa que, geoestrategicamente, só aí a Rússia perceberá

do interesse que tem em pertencer à Europa.

5.3 Das intervenções dos Deputados da delegação parlamentar nacional, assinala-se o seguinte:

 Para a delegação portuguesa, existe alguma certeza de que o establishment norte-americano se

encarregará de recolocar o relacionamento euro-americano na linha do que tem sido, nomeadamente, no

âmbito da NATO, embora seja previsível que sejam pedidos aumentos das contribuições efetivas dos maiores

países da União.

 É precisamente esta relação no âmbito da NATO, de que Portugal é país fundador, e da relevância

geostratégica que o Atlântico possui para Portugal que justificam o enorme interesse que Portugal tem nos

processos eleitorais americanos, sem esquecer a forte comunidade portuguesa residente nos EUA e no

Canadá.

 Acerca do momento europeu, relembrou estar-se a assistir a algo idêntico ao ocorrido nos anos 30 do

século passado, onde a crise gera protecionismos e nacionalismos que, por sua vez, originam populismos e

choques.

 A Rússia, historicamente, sempre sentiu a necessidade de se proteger de invasões externas, para cujo

efeito se serviu de “Estados-tampão” e não prescinde de elaborara em permanência planos militares da mais

diversa índole.

 Acerca do momento europeu, defendeu que a União é a única forma de assegurar a paz no continente

europeu, sendo fundamental criar e manter instituições comuns fortes, representativas e operantes.

IV

6. Reuniões no Verkhovna Rada.

6.1 Na manhã do dia 16, decorreu um encontro no Parlamento ucraniano com a Vice-Presidente da Rada,

Senhora Iryna Herashchenko, que agradeceu a oportunidade desta visita e o apoio que a mesma representa,

muito importante para a Ucrânia no momento presente, e que pôs em evidência a solidariedade existente entre

instituições parlamentares.

6.2 Das posições manifestadas pela Senhora Herashchenko, há que registar o seguinte:

 O apreço pela presença e apoio manifestado pela Senhora Vice-Presidente da Assembleia da

República, Teresa Caeiro, na sessão outonal da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, onde foram

3 Este projeto consistia numa joint venture onde a Ucrânia contribuía com a sua tecnologia balística e o Brasil com a preparação de

uma base técnica e científica para lançamento de foguetões na zona equatorial. Alegadamente, falhou o financiamento por parte do Brasil.