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II SÉRIE-D — NÚMERO 3

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17h30 - 19h00: Reunião dos Chefes de Delegação sobre desafios em matéria segurança regional

O briefing foi introduzido por iniciativa da Presidência Estónia, em coordenação com a troica, como uma das

inovações no formato destas Conferências. O objetivo é proporcionar um debate à porta fechada com os chefes

de delegação, sobre temas de interesse comum.

No caso concreto, foram convidados os responsáveis dos serviços de informação estónios (externos e de

defesa) para um briefing sobre os desafios de segurança regional, o qual incidiu, quase em exclusivo, sobre a

relação com a Rússia.

Foi solicitado que o teor deste briefing se mantivesse reservado, pelo que se apresenta aqui uma síntese

breve dos principais pontos:

1. Os principais vetores da política externa russa são o desejo de restaurar o seu papel como potência

global, contrariando a ideia de um declínio após o fim da URSS. Neste âmbito, a aspiração russa é a de

ser reconhecida pela União Europeia (UE), como uma potência incontornável nas principais questões

internacionais, bem como, preservar o seu papel regional na zona eurasiática;

2. Neste contexto, a Rússia utiliza aquilo que considera ser uma abordagem multidimensional nos seus

instrumentos de política externa, designadamente, o poder económico, os elementos de guerra híbrida,

e o facto de não ter reservas na utilização efetiva de meios militares, como o fez na Geórgia e na Ucrânia;

3. A Rússia continua a investir fortemente na Defesa, estimando-se que esse investimento represente

cerca de 5% do seu PIB;

4. A política de sanções da UE tem produzido efeitos na capacidade militar russa, estimando-se que tenha

atrasado em cerca de dois anos a reforma militar que o Presidente Putin pretende implementar,

especialmente, pela dificuldade de aprovisionamento e contratação;

5. Há sinais de insatisfação popular, fruto dos problemas económicos que a Rússia enfrenta;

6. Considera-se que o regime russo é irreformável com os atuais protagonistas, sendo que, qualquer

evolução apenas poderá ter lugar através de uma mudança de regime, sendo de concluir que não é

previsível uma melhoria das relações da Rússia com o Ocidente nos próximos tempos;

7. Para as Presidenciais de 2018, o protagonista que o regime russo segue mais atentamente é Alexey

Navalny, o qual tem um forte apoio popular. Estima-se que o próximo mandato de Vladimir Putin seja

mais difícil, especialmente pelas frágeis condições económicas em que a Rússia se encontra, as quais

são ampliadas pelas sanções internacionais;

8. O alerta principal vai no sentido de considerar que a Rússia está mais agressiva e militarmente mais

poderosa do que há dez anos atrás.

Sexta-feira, 8 de setembro de 2017

9h15 - 9h45: Sessão de Abertura

A Conferência teve início com o discurso proferido pelo Presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros

do Parlamento da Estónia, Marko Mihkelson, o qual fez referência a alguns dos assuntos que iriam ser

discutidos ao longo da Conferência. De entre eles, fez uma chamada de atenção para a importância da internet

para a Estónia, os desafios na relação com Rússia, Coreia do Norte e China, o Brexit e as eleições legislativas

nos vários Estados-membros. Relembrou que os cidadãos não estão satisfeitos com a UE mas não votam no

sentido da saída.

Em seguida, tomou a palavra o Presidente do Parlamento da Estónia, Eiki Nestor, para referir a necessidade

dos Estados-membros respeitarem os valores que têm em comum, avançarem na concretização do mercado

digital e desenvolverem a componente da cooperação na Defesa. Neste capítulo, lembrou que, graças à

cooperação com os Estados-membros e a NATO, o espaço aéreo da Estónia está protegido, permitindo às

novas gerações crescerem numa Estónia livre e sem medo da guerra.