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27 DE OUTUBRO DE 2017

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Considera importante que as relações transatlânticas incidam sobre questões como a segurança, a

proliferação do nuclear, a situação na Síria e do terrorismo, embora não saiba como o diálogo deverá ser

desenvolvido.

Sobre a Cimeira de Saint-Malo2 relembrou que, à época, os EUA viram com preocupação as decisões

tomadas pelos líderes europeus, porque consideravam que a Europa se iria afastar da NATO. Esta preocupação

diminuiu mas não desapareceu. Nessa medida, considera que é necessário criar uma estratégia de educação

da classe política nos EUA sobre o funcionamento da UE, tendo esta um papel muito importante a

desempenhar nessa estratégia. Assim, sendo importante que a UE reforce a integração no âmbito da Defesa,

é aconselhável que o faça em coordenação com a NATO, porque é necessário manter um diálogo estreito com

os EUA, Congresso e Presidência incluídos, porque a Presidência atual não vai durar para sempre e esta ponte

deverá ser fortalecida para não alimentar o medo e as suspeições nas relações transatlânticas.

Por fim, tomou a palavra o Conselheiro do Presidente do Conselho da Europa, Wouter Coussens,

defendendo que o anúncio da morte do Ocidente é exagerado. Apesar da divergência em alguns pontos de

vista, a cooperação entre os EUA e a UE continua a ser estreita, devendo ser valorizado o consenso político

que existe no Congresso em torno da UE. A esse propósito, relembrou o discurso de Javier Solana, numa época

difícil para as relações transatlânticas, no qual referia que ambos os blocos são amigos e parceiros. É assim,

que as relações transatlânticas se devem manter para que ambos os blocos possam sobreviver num mundo em

mudança, sendo importante serem vistos unidos no palco global.

Por outro lado, na visita do Presidente dos EUA à Polónia, aquele referiu ser uma bênção existir união nas

relações transatlânticas, pelo que o caminho deverá ser a UE melhorar a integração no âmbito da Defesa,

através da PESCO. É necessário não atacar os sintomas mas sim resolver os problemas, pelo que, a UE

necessita do apoio dos EUA e dos parlamentos dos Estados-membros para aplicar o Acordo de Paris. A

finalizar, ambos partilham valores fundamentais, estiveram juntos na criação das organizações

internacionais que regulam o palco mundial, facto que tem ajudado a manter a estabilidade no mundo e assim

deverá continuar.

No Debate que se seguiu intervieram vários participantes, dos quais, se destaca o Sr. Deputado Carlos

Costa Neves (PSD, CDN) que tomou a palavra para referir ter tomado nota, no decorrer da intervenção de

Robert Nurick, de que nos EUA existe ainda um grande desconhecimento sobre o funcionamento da UE, e na

intervenção de Ed Royce, da referência ao papel da Presidência estónia do Conselho da União Europeia terá

nas negociações do TTIP por a Estónia ser um país que defende o livre comércio, mas notou que não foi feita

nenhuma referência concreta ao conteúdo das negociações, assim como, existindo um grande simbolismo na

meta dos 2 por cento da despesa em Defesa, não foi referido como este objetivo deverá ser posto em prática.

A resposta dos Oradores à questão colocada pelo Sr. Deputado foi a seguinte:

Robert Nurick – a Alemanha tem por objetivo aumentar os gastos em Defesa, pelo que, este Estado-membro

ao aplicar a regra dos dois por cento provocará um impacto económico significativo e o aumento do seu poderio,

o que obrigará a um ajustamento no âmbito da UE a esta nova realidade. Por outro lado, aumentar o nível de

Despesa na área da Defesa é fácil mas também é necessário identificar outras prioridades neste âmbito e

trabalhá-las, questão que prevê será discutida na próxima Cimeira da NATO.

Wouter Coussens – concorda com o entendimento de Robert Nurick e considera que é necessário ser

cuidadoso com esta alteração na estrutura da despesa dos Estados-membros, em que o investimento passa a

estar mais focado na Defesa.

2 Cimeira de Saint-Malo foi um encontro entre os chefes de estado e de governo do Reino Unido e da França realizado em Dezembro de 1998 naquela cidade francesa, do qual resultou uma declaração conjunta que marca o nascimento da Política de Defesa e de Segurança Comum da União Europeia.