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II SÉRIE-D — NÚMERO 8

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O MEP Eduard Kukan (PPE), presidente do Grupo de Trabalho da Comissão AFET para os Balcãs

ocidentais e da Delegação à Comissão Parlamentar de Estabilização e Associação UE-Sérvia referiu estar de

acordo com o processo de adesão. Acrescentou que, no entanto, sem querer ser pessimista, lhe parecia que o

processo teria de ser mais claro, traduzindo uma vontade expressa de alargamento.

A este propósito, referiu que, para o cidadão comum, capítulos dos dossiês de adesão são realidades

desconhecidas. Acrescentou que os bloqueios existentes na região, como a corrupção e a falta de cultura

política, deveriam ser resolvidos.

Continuou, salientando que se deveria ter em conta as lições aprendidas com os anteriores processos de

adesão, mantendo vivo o processo de integração, apoiando o Estado de Direito e a segurança na região.

Salientou a importância de se continuar a ajudar financeiramente e a patrocinar projetos que coloquem os vários

países em contacto, como nas áreas de comunicação e transportes. Defendeu, ainda, a existência de um

enviado especial para aquela região.

Terminou, fazendo votos para que o alargamento permanecesse como prioridade na agenda das

presidências vindouras.

Seguiu-se uma alocução de Angelina Eichhorst, Vice- diretora para a Europa e Ásia Central do Serviço

Europeu de Ação Externa.

Referiu esta oradora que, conforme resultava das anteriores intervenções, havia temas que mereciam o

consenso da maioria dos intervenientes no processo de alargamento.

Referiu que, nos países do alargamento, a opinião pública apoiava a adesão, embora com percentagens

variáveis, lideradas pela Albânia, com 86%. Recordou que, na região, 25% da população havia nascido depois

de 1999, pelo que era de extrema importância olhar para o futuro pensando naquela nova geração. Sublinhou o

papel dos Parlamentos nos processos de alargamento, na medida em que muita legislação reformista teria de

passar por aquelas instituições.

Terminou, desejando que, rapidamente, o trabalho desenvolvido possa tornar o alargamento uma realidade.

Seguiu-se uma fase de debate, com 16 intervenientes, dos Pn e do PE e durante o qual foram reiteradas

algumas das principais ideias dos oradores, como o desejo de rápidas reformas; processos transparentes e não

tecnocratas, percetíveis ao público; o perigo de, protelando os processos, outras forças alternativas à UE

ganharem espaço; a necessidade de resolução dos conflitos de fronteiras; o alto nível de desemprego, sobretudo

jovem, nestes países; e, por fim, uma atitude clara da UE quanto a uma perspetiva europeia para os países dos

B.O., evitando cansaço e frustração de expetativas.

Participou nesta fase da reunião o Deputado Vitalino Canas, que iniciou a sua intervenção, saudando o

entusiasmo e empenho com que os representantes dos Pn dos Estados dos Balcãs haviam apresentado o seu

projeto europeu. Continuou, referindo que esse entusiasmo era muito importante, também para os EM, onde

muitos cidadãos tinham, com frequência, uma atitude de distanciamento e ceticismo, o que, no limite, tivera

como corolário o processo de saída em curso de um dos atuais EM.

Sublinhou, assim, que as instituições europeias deviam valorizar intervenções com entusiasmo e dinâmica,

pois a política transcenderia a mera resolução dos problemas do momento, sendo constituída, igualmente, por

paixão e entusiasmo e que, neste contexto, a Europa não podia deixar de ser recetiva ao “bater à porta” destes

Estados.

Não se querendo debruçar sobre os problemas existentes, em relação a cada um destes Estados, nem

escamotear as dificuldades, que reconheceu, pretendeu, no entanto, deixar dois comentários de ordem geral, a

saber: um apelo para que, com a ajuda da UE e dos seus EM, os países dos B.O. resistissem aos “cantos de

sereia” com que alguns players, como a China e a Rússia estariam a tentar cativá-los; e o desejo de que a falta

de uma perspetiva de adesão próxima não acarretasse um atraso na implementação das reformas. A este

propósito, sublinhou que as reformas não deveriam ser entendidas como uma imposição da UE, mas sim