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II SÉRIE-D — NÚMERO 19

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europeia. Continuou a sua alocução reconhecendo que o facto de estarem envolvidos 25 países com

capacidades muito diferenciadas representa um desafio à aptidão de coordenação e conjugação de esforços

em prol de um bem comum. No que concerne à PESC, lamentou que que alguns aspetos continuem

inoperacionais, como a utilização dos battle groups, a falta de harmonização das regras de empenhamento e a

demora na reforma do mecanismo de financiamento Athena. Terminou a sua intervenção apelando a uma maior

cooperação entre EM em matéria de segurança e defesa, sob pena de a Europa da Defesa se assemelhar a um

carro de bombeiros de último modelo, mas cujos bombeiros não tiveram a devida formação para, em conjunto,

o fazer funcionar.

O Senador Lapazarán encerrou o debate, convidando os presentes a continuar os trabalhos durante o jantar.

4. Jantar de Trabalho com o Professor Óscar García Luengo

Durante o jantar ocorreu um debate com o Professor Luengo, do Departamento de Ciência Política e

Administração da Universidade de Granada, sobre a influência das tecnologias de informação e comunicação

(TIC) nos resultados eleitorais. Em particular, o académico partilhou os seus métodos e resultados de

investigação nesta área, tendo sido focadas questões como as fake news e a dificuldade de controlaras redes

sociais e as TIC.

5. Reunião na Fundação Euro-Árabe6

O segundo dia de trabalhos teve início com uma reunião na Fundação Euro-Árabe para estudos superiores,

onde os participantes tiveram a oportunidade, não só de visitar a sede da Fundação como, igualmente, tomar

conhecimento dos diversos projetos aí desenvolvidos.

A Fundação, criada em 1995, com a missão de constituir um espaço de diálogo e cooperação entre os países

da União Europeia e Liga Árabe, promove a cooperação euro-árabe através de atividades académicas, sociais

e culturais, trabalhando em rede com um grande número de instituições e organizações na área da educação,

investigação, economia, cooperação e cultura.

Durante a reunião foram expostos diversos projetos nos quais a Fundação se encontra envolvida, tais como

o "RETOPEA: Religious Toleration and Peace", cujo objetivo é investigar de que forma experiências como

tratados de paz históricos na Europa e no mundo fomentam a tolerância e o entendimento sobre a liberdade

religiosa, especialmente entre os adolescentes. Foram ainda expostas as principais linhas de algumas ações de

formação pós-graduad e de diversos cursos, como o Erasmus Mundus Al Idrisi II; a Diplomacia e Relações Euro

árabes; e o curso de língua árabe.

A sessão na Fundação terminou com uma visita às instalações, onde o cruzamento euro-árabe se encontra

bem patente, desde a decoração às edições da biblioteca.

6. A estratégia da UE para o Sahel

Os trabalhos continuaram, no Palácio Alhambra, com um debate sobre a estratégia da UE para o Sahel. O

Senador Lapazarán introduziu o tema, referindo a necessidade de se enfrentarem os múltiplos desafios da

região do Magrebe, especialmente a luta contra o terrorismo e jihadismo. Referiu-se ao chamado "arco de

instabilidade", que abrange a Mauritânia, o Mali, o Níger, o Chade, o Sudão, a Nigéria, o Burkina Faso, a Argélia,

a Líbia, a Etiópia, a Somália e o Iêmen, no qual mais de vinte grupos extremistas operam, tentando expandir

suas redes de influência. Mencionou, ainda, a influência crescente do jihadismo em países como a Jordânia e o

Egito, assim como nos países do Magrebe (Tunísia e, especialmente, a Líbia). Continuou a sua alocução,

recordando que o Sahel é caracterizado pela porosidade das suas fronteiras (apenas 26% são fronteiras

naturais), sendo composto por Estados com fragilidades institucionais, económicas e sociais. Neste contexto, a

Estratégia para o Sahel, estruturada em torno de quatro linhas de ação (desenvolvimento, boa governação e

resolução de conflitos internos; ação política e diplomática; segurança e Estado de Direito; luta contra o

extremismo violento) assume uma particular relevância. Com um financiamento de 5.000 milhões, a ação da UE

tem-se traduzido em diversas operações, tendo o Senador destacado o projeto GAR-SI Sahel, (Grupos de Ação

Rápida de Vigilância e Intervenção no Sahel), aprovado a 13 de junho de 2017 pela Comissão Europeia, com

42 milhões de euros de financiamento, e liderado pela Guardia Civil Espanhola. No que concerne à ação

6 https://www.fundea.org/es