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21 DE SETEMBRO DE 2018

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Dadas as boas vindas por parte da Senhora Remisová, foi, uma vez mais, salientada a necessidade do

estreitamento de laços e de consultas entre as autoridades dos dois países sobre interesses comuns no âmbito

da política europeia, necessidade igualmente defendida pelo Senhor Presidente da Comissão. De seguida,

lamentou, no caso eslovaco, o problema do desvio de fundos europeus por grupos de interesse organizados

que se tem traduzido, na prática, num desperdício na sua utilização, em proveito de interesses particulares,

situação que, defende, deve ser exemplarmente investigada e adequadamente punida, quando for esse o caso.

Esta situação é de tal modo grave, que condiciona a alocação de diversos projetos de incremento infraestrutural,

designadamente em vias rodoviárias e obras públicas, essenciais à circulação e escoamento de mercadorias

produzidas no país e que são geradoras de emprego.

Aspeto da Reunião com a Deputada Veronika Remisová

Relativamente à situação atual da União, foram abordados os temas da moeda única, e da imigração. No

primeiro caso, houve plena convergência de posições quanto à imprescindibilidade de rever as atuais regras de

funcionamento do Euro, as quais coartam a redistribuição da riqueza gerada no espaço da União, e não

fomentam um crescimento mais equilibrado do conjunto das economias dos países membros, designadamente,

dos mais pequenos. Já no segundo caso, as opiniões foram mais divergentes. A Eslováquia defende

prioritariamente o reforço das fronteiras externas da União, a par da revisão da estratégia de asilo, sendo contra

o estabelecimento de quotas de imigração. Explicando, uma vez mais, a essência do caso português e da sua

abertura, histórica e genética, aos movimentos migratórios de diferentes origens e quadrantes, sinalizou a

estranheza pelo facto de a relevância desta matéria para as autoridades eslovacas não encontrar

correspondência com a realidade, pois não existe pressão migratória na Eslováquia. Mais, a existir, é sempre

uma imigração com destino à Áustria e à Alemanha. Salientou, de todo o modo, que este problema não tem

soluções mágicas, mas não pode passar por intervenções bélicas em países com défices democráticos, que

não só ficam em situação ainda mais grave, como geram a fuga de populações para países mais seguros, o

que, à luz dos direitos humanos, se afigura legítimo e compreensível.