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II SÉRIE-D — NÚMERO 1

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 Em Março de 2017 (Varsóvia) era assumido, em comunicado final, não existir uma posição comum

relativamente a matérias centrais, com ressalva da necessidade de reforçar o papel dos Parlamentos

nacionais no processo de tomada de decisões europeias, conferindo-lhe maior legitimidade.

■ Grandes-linhas de política europeia:

 Anti-imigração:

O V4 esteve recentemente em foco ao contribuir para a inexistência de consenso para a revisão do Acordo

de Dublin. Embora tendo alinhado com a Áustria, Alemanha, Grécia, Itália, Espanha e os Bálticos, as suas

motivações, embora confluentes na finalidade, possuem outras nuances (vide artigo Público, de 06.06.2018),

defendendo a criação, de raiz, de um novo sistema europeu de migrações, onde se incluiria a reformulação das

regras de concessão de asilo.

Afirmam que ajudarão em caso de necessidade humanitária, mas não querem transformar-se em «países-

imigrante». Embora reconheçam a existência de um problema demográfico interno, preferem resolvê-lo através

de políticas familiares (e não de imigração).

 Posição autónoma e reivindicativa dentro da EU:

Recusam Europa a duas velocidades, o que consideram um castigo face às posições mais populistas e críticas

dos seus governos;

Acusam as multinacionais do setor alimentar de tratamento discriminatório das multinacionais, que acusam

colocar no mercado de Leste produtos de qualidade inferior, com o beneplácito da Comissão.

 Todos os países do V4, fundamentalmente a República Checa, Polónia e Eslováquia, são destino

de forte investimento alemão (e dele economicamente dependentes), utilizando os fundos e mecanismos

contratuais e financeiros da União, tirando benefício de:

 Uma rede comercial urdida em direção à Europa central e oriental (solidamente lançada desde

Bismarck);

 Reserva de mão-de-obra (ainda) barata, com salários médios equivalentes a um décimo dos

vigentes em Berlim em 1990, e a um quarto em 2010, beneficiária de um sólido sistema de ensino

profissional e técnico adotado no antigo bloco de Leste;

 Balança comercial muito desequilibrada face ao conjunto do V4.

 No início dos anos 2000, a Alemanha foi, sozinha, responsável por mais de um terço dos lED

destinados aos países do Grupo de Visegrado, na industria automóvel (Bosch, Draexlmaier,

Continental, Benteler), nos plásticos e na eletrónica. Tais investimentos propiciaram exportações

suplementares para os países do V4 na ordem de 30 bilhões de euros no período de 2004 a 2015;

 Esta particular relação confina a região a uma economia subcontratada e subordinada: a

máquina industrial pertence ao capital europeu do oeste, alemão em particular. Porém começam a

emergir conflitos laborais reivindicativos: no final de junho de 2017, uma inédita greve numa fábrica

gigante da Volkswagen em Bratislava, onde o Governo eslovaco, na mesma linha da defesa

intransigente dos seus interesses soberanos, apoiou então a reivindicação de aumento de 16% nos

salários.

 Na área da Segurança e Defesa, que se desenvolve abaixo, são o polo aglutinador da PCSD a Leste,

embora defendendo a conjugação estreita com a NATO, que consideram ser a única organização com capacidade

de dissuasão e intervenção na região.

Segurança e Defesa em Visegrado

 O crescimento da tensão na Europa Central-Leste, mormente após a anexação da Crimeia e a