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II SÉRIE-D — NÚMERO 1

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Imagem da fachada principal do edifício do Conselho Nacional da República Eslovaca

Finalmente, a Sr.ª Remisová, recentemente nomeada Presidente do Grupo Parlamentar de Amizade com

Portugal e Espanha, procurou saber da viabilidade de garantir a conveniente reciprocidade por parte da

Assembleia da República.

Explicou o Sr. Presidente existir disponibilidade de princípio para a criação de um Grupo Parlamentar de

Amizade com a Eslováquia, salientado, porém, não existir tradição nem prática de acolher Grupos de natureza

multilateral, salvo nos casos em que estejam em causa organizações internacionais ou quando um determinado

grupo de países, por sai iniciativa, manifeste disponibilidade para tal. Clarificou a Sr.ª Remisová que a lógica e

a intenção desta abordagem multilateral, não reside na intenção de tratar conjuntamente questões que dizem

respeito a diferentes países soberanos, mas tão-somente uma medida de cariz logístico que obvie à limitação

do número de Deputados (cerca de 150, no caso do Conselho Nacional da Eslováquia) disponíveis para integrar

tais Grupos.

Em conclusão, deve referir-se que:

1) A delegação parlamentar nacional cumpriu os seus objetivos fundamentais: aprofundamento das relações

bilaterais no âmbito da diplomacia parlamentar e abertura e sustentação de canais de comunicação e

proximidade com o Conselho Nacional da República da Eslováquia. Tratando-se até de um país de dimensão e

peso institucional idêntico ao português, afigura-se conveniente o aprofundamento de contactos institucionais

ao nível interparlamentar, suscetíveis de gerar entendimentos em matérias de interesse comum, e influenciar

novas tendências, prioridades e visões relativamente ao projeto europeu.

2) A Eslováquia é um país integrado numa região historicamente assolada por interesses estratégicos de

sucessivas potências ocupantes, mas onde é sensível uma forte ligação com os restantes países da mesma

região, que acabam, em boa parte, por partilhar idênticas vicissitudes históricas. Não se estranha, por isso, o

excelente relacionamento com a República Checa e com a Hungria, existindo até, neste último caso, um partido

político com assento parlamentar composto por cidadãos de origem húngara.

3) Embora assumidamente pró-europeia, a abordagem da Eslováquia ao processo de construção europeia

encontra-se muito condicionada aos problemas diretamente relacionados com a geopolítica da região onde se

insere, de que é expoente a atuação do Grupo de Visegrado.