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II SÉRIE-D — NÚMERO 4

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presidência búlgara seria lembrada. Salientou que uma região dos Balcãs Ocidentais segura e estável era um

pré-requisito para uma Europa segura, sendo a UE o maior parceiro comercial da região dos Balcãs Ocidentais

e o seu maior investidor direto estrangeiro. Explicou também que, para além da Cimeira de Sófia, havia muito

mais a fazer na área da conectividade entre os Balcãs Ocidentais e a UE e entre os próprios parceiros dos

Balcãs Ocidentais, realçando a conectividade, segurança e combate ao crime e à corrupção como os principais.

Neste contexto, acrescentou que a principal prioridade do Serviço Europeu para a Ação Externa visava os Balcãs

Ocidentais. Mais acrescentou que a estratégia anunciada pela CE em fevereiro foi um documento abrangente

com uma perspetiva de longo prazo que inclui projetos específicos. Referiu o Conselho "Assuntos Gerais" de 26

de Junho, em que o relatório sobre o alargamento seria discutido, devendo as conclusões iniciar com as

negociações com Skopje e com as recomendações relativas a Tirana. Observou ainda que o acordo na disputa

do nome deve ser ratificado, tendo em conta que a possibilidade seguinte seria em 2020 devido às eleições

europeias. Instou o PE e todos os Estados-membros a apoiarem as aspirações europeias dos dois países,

apelando a que outros países não sejam esquecidos. Os dias 25 e 27 de junho marcariam a abertura de dois

capítulos adicionais para a Sérvia e um para o Montenegro.

No que ao Kosovo diz respeito, sublinhou que houve um desenvolvimento positivo, uma vez que os dois

presidentes apertaram as mãos em Sófia e afirmaram que as negociações difíceis seriam prosseguidas entre

Belgrado e Pristina. Além disso, a Bósnia e Herzegovina conseguira apresentar as respostas ao questionário

após muitos anos e o Kosovo conseguira ratificar o acordo de demarcação com o Montenegro. Concluindo,

expressou a esperança de que o impulso seja mantido durante as próximas presidências.

Nikola DIMITROV, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Antiga República Jugoslava da Macedónia,

agradeceu à Presidência o convite para estar presente na COSAC. Lembrou que os últimos dias marcaram um

momento especial para seu país, com um investimento histórico no futuro, considerando que a geografia e a

história não poderiam ser mudadas, mas que havia a possibilidade de moldar o futuro. Explicou também como,

apesar do ceticismo inicial em relação ao tratado, este acabou sendo adotado. Agradeceu à Presidência búlgara

por ter colocado os holofotes nos Balcãs Ocidentais, uma vez que a região não estava realmente à margem da

Europa, mas à margem da atenção política. A Antiga República Jugoslava da Macedónia recebeu um relatório

positivo após ter demonstrado o reconhecimento sobre a importância da liberdade de imprensa, um sistema

judicial independente e sensibilidade à opinião pública.

Resumindo, explicou como a região se estava a esforçar de forma a se tornar mais atraente economicamente

e mais conectada, referiu ao fato de que Sarajevo só poderia ser alcançado via Viena, outra indicação da falta

de conectividade inter-regional. Finalizou o seu discurso declarando que, enquanto o seu país ainda não estava

pronto para aderir à UE, queria ter acesso ao instrumento do processo de adesão de forma a não ficar para

sempre trancado na sala de espera para a adesão da UE e da OTAN.

Domagoj Ivan MILOŠEVIĆ, Presidente da Comissão de Assuntos Europeus (Hrvatski Sabor, HR), fez eco

à gratidão do orador anterior com especial enfoque relativo ao colocar os holofotes de novo nos Balcãs

Ocidentais e na política de alargamento. Informou que a Croácia assumiria a presidência do Conselho da UE no

primeiro semestre de 2020, acrescentando que o alargamento certamente também estaria entre as suas

prioridades, sendo também esta uma razão pela qual haverá outra cimeira na Croácia em 2020. Embora

reconhecendo que o reforço da conectividade dos Balcãs Ocidentais deve ser um objetivo, declarou que não

deveria ser um substituto do alargamento. Os três grandes desafios para a UE foram migração externa, migração

interna e desenvolvimento económico-social. Sobre a migração externa, explicou que a região não poderia lidar

com um afluxo massivo de migrantes, devido à falta de infraestrutura institucional e poder económico. Afirmou

que o alargamento não poderia acontecer de um dia para o outro, mas a UE e os seus Estados-membros

precisavam de apoiar os processos de pré-adesão e alargamento. Sobre a migração interna, referiu-se a outro

desafio para a UE, nomeadamente os milhões de jovens e pessoas ambiciosas que abandonam o Leste e o Sul

da UE, o que ameaçava o desenvolvimento económico e político de todos os países. Neste contexto, manifestou

a sua preocupação em relação aos argumentos contra uma forte política de coesão e à abundância de apoio à

convergência financeira por parte de outros Parlamentos/Câmaras. Quanto aos Balcãs Ocidentais, embora

parecesse que as fronteiras impediriam a imigração, na realidade apenas serviria para atrasá-la. O objetivo

comum aqui devia ser a adesão dos Balcãs Ocidentais à UE, com base em méritos individuais e cumprimento

dos critérios de adesão. Sobre o desenvolvimento social e económico da UE e da região dos Balcãs Ocidentais,