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digital. Corroborou as advertências expostas nas anteriores intervenções, nomeadamente que a nível

europeu não existe uma posição nem regras que assentem numa estratégia comum que responda a este

tipo de ameaças. Manifestou a importância de trazer para a discussão o problema da inteligência

artificial que, nesta altura e ao que consegue saber, já se apresenta como uma ameaça real ao mundo

democrático como o conhecemos. Reiterou que ambos os temas devem ser versados ao nível europeu e

que devem ser adotados não apenas pelos países da UE, como também por todos aqueles que estão

nas fronteiras da Europa. Terminou ao declarar que neste momento os russos estão a guardar

informação pessoal que vão colhendo através de servidores e sistemas que capturam na Ucrânia,

advogando que devemos ser muito cautelosos a preparar medidas de salvaguarda para que, depois da

guerra, estes dados sejam protegidos e devolvidos aos seus donos ucranianos.

Da restante fase de debate realçam-se as intervenções que incidiram, entre outros: na condenação das

tentativas que visam minar as instituições; na importância em se criar mecanismos de resiliência; nas

campanhas de (des)informação em África, designadamente as levadas a cabo pela Rússia e pela China;

na relevância em antecipar riscos e perigos; no recordar que cabos submarinos contendo dados valiosos

já foram alvo de ataques; e na pertinência em haver um entendimento comum sobre o que qualifica algo

como desinformação ou como uma notícia falsa.

Nos esclarecimentos finais, Lutz Gullner comentou que em África a rádio ainda é o melhor meio de

comunicação para espalhar desinformação. Defendeu que não se devem regular os conteúdos, mas sim

as técnicas usadas, pois, caso contrário, terá de haver um processo de seleção para se apurar se a

informação é boa ou é má, o qual pode ser usado para se controlar e manipular através de informação

verdadeira. Karel Rehka afirmou que já existe uma enorme coordenação e partilha de informação na UE,

defendendo que não deve haver excesso de regulamentação, numa exposição que seria secundada por

Nathalie Loiseau.

f. Observações finais

Coube a Lubomír Metnar fechar a conferência em nome dos anfitriões da República Checa, tendo apro-

veitado para agradecer tanto a organização do evento como os contributos dos parlamentares, deixando

votos para que se voltem a encontrar na próxima conferência interparlamentar, a ter lugar no início de

março, em Estocolmo.

Assembleia da República, 24 de janeiro de 2023,

O Chefe da Delegação Parlamentar

(Marcos Perestrello)

Presidente da Comissão de Defesa Nacional

II SÉRIE-D — NÚMERO 40 ____________________________________________________________________________________________________________

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