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Jan Lipavsky alertou que é preciso dar tempo para que as sanções à Rússia resultem. Oleksandr

Merezhko instou que temos de ser maximalistas para sobreviver, pois estamos a lidar com uma

superpotência que é extremamente difícil de combater.

d. Política de alargamento da UE à luz da invasão russa da Ucrânia - Balcãs Ocidentais e parceria

oriental: apoio acelerado de pré-adesão da UE

Numa sessão em que a moderação foi conduzida por Pavel Fischer, marcaram presença três oradores.

Maciej Popowski, Diretor-Geral em exercício da Direção-Geral para a Política de Vizinhança Europeia e

Negociações de Alargamento da Comissão Europeia, começou por realçar que as políticas de

alargamento e parcerias com a vizinhança são importantes, não apenas para esses países, mas para a

estabilidade e segurança da Europa como um todo. Quanto aos processos de alargamento em curso,

destacou os avanços nos casos das candidaturas da Ucrânia e Moldávia, esclarecendo que, nesta altura,

o caso da Geórgia aguarda mais desenvolvimentos, fundamentalmente devido a constrangimentos

provocados pela enorme polarização política neste país. Quanto aos Balcãs Ocidentais, disse

compreender as frustrações manifestadas face aos atrasos nas negociações. Janina Hrebícková,

Embaixadora da República Checa no Montenegro, referiu os problemas que a agressão russa tem

colocado sobre a arquitetura de segurança, o Estado de Direito e os valores da Europa, notando que

existe uma crescente influência da Federação Russa e dos seus proxies nos Balcãs, a qual é patenteada

através de ações de guerra híbrida, de ataques cibernéticos e de propaganda. Deu grande relevo à

importância da Europa manter a sua credibilidade internacional. Marcin Zaborowski, Director-geral do

GLOBSEC (think-tank independente), afirmou que a situação de guerra na Europa veio dar uma maior

atenção ao estado dos processos de adesão. Destacou que o procedimento de aplicação da Ucrânia tem

sido extremamente rápido, aliás sem precedentes, pelo menos do ponto de vista político, faltando agora

o longo processo administrativo. Face à possibilidade da adesão de seis novos membros, frisou que este

eventual alargamento deve fazer repensar e reformular a funcionalidade da UE.

Fruto das intervenções efetuadas durante o período de debate do painel, é de realçar as temáticas relaci-

onadas com a necessidade de clarificação das zonas cinzentas afetas às políticas de alargamento e par-

cerias com a vizinhança, complementando-se que é importante definir qual é o limite e não dar falsas es-

peranças, as quais serão capitalizadas por extremistas e nacionalistas, para além de abrirem as portas à

penetração da Rússia. Ainda assim, realçou-se que todas as condições têm de ser preenchidas antes da

entrada de um novo Estado Membro, sem curto-circuitos e sem compromissos naquilo que respeita aos

critérios da UE. Sublinhou-se que as várias dimensões da UE têm de estar preparadas para integrar os

novos membros e que devem ser acionados os mecanismos de verificação dos EM que já entraram. Foi

aludida a questão do relacionamento da Sérvia com a Rússia, sobretudo o não alinhamento da primeira

com as posições e sanções da UE contra a segunda.

Em particular, interveio a Deputada Edite Estrela, assinalando que o mundo mudou com a data de 24 de

fevereiro, para acrescentar que a invasão da Ucrânia pela Rússia será sempre um penoso marco para as

sociedades democráticas. Frisou que esta guerra viola a lei internacional, mas afirmou não compreender

o boicote aos artistas russos, sustentando que a arte não tem fronteiras, que a arte está acima das

10 DE FEVEREIRO DE 2023 _____________________________________________________________________________________________________________

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