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4 DE ABRIL DE 2023

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maneiras diferentes, que têm construções democráticas diferentes, mas que aceitam o diálogo e em certos

assuntos cooperam e convergem.

Ao comemorarmos o 50.º aniversário do Acordo de Helsinque, devemos fazê-lo com o entendimento de que

temos dois Estados-Membros em guerra e que a confiança e o diálogo precisam ser restaurados.

Ouvimos muitos apelos de nossos governos para oferecer material de guerra à Ucrânia, ouvimos todos os

dias que ainda não chegou a hora da paz e a pergunta que mexe com a minha consciência é quantas pessoas

mais precisam morrer para falarmos de paz?

Entendo e apoio fortemente que os nossos Governos apliquem sanções económicas à Rússia, ofereçam

apoio militar à Ucrânia, que até falem mais de guerra do que de paz, mas como deputado e membro desta

Assembleia Parlamentar penso que temos outro papel.

Não estamos no governo, não temos de copiar agenda do poder executivo. Representamos os parlamentos

e a vontade dos povos de viverem juntos.

Se militarmente não parece haver avanços no terreno para que um lado ganhe vantagem sobre o outro,

quantos dias, semanas ou meses mais de guerra e quantas mortes mais serão necessários para canais

diplomáticos e de diálogo formal ou informal para existir.

Talvez também não haja solução diplomática imediata para a disputa territorial a não ser manter por mais

alguns anos uma espécie de «guerra fria» entre Rússia e Ucrânia, mas é preferível seguir esse caminho sem

mais mortes do que continuar a guerra e mortes.

Vamos ouvir a história. Quantas mortes teriam sido evitadas se a grande guerra tivesse terminado antes de

1918? Porque do ponto de vista militar não há evolução há anos, exceto no número de mortes.

Faça da paz a agenda da APOSCE. Mobilizar os parlamentos nacionais e os nossos cidadãos para essa

agenda de paz. Isso salvará a APOSCE e nos dará um papel diplomático relevante no mundo.

Mas, acima de tudo, parar a guerra e iniciar negociações de paz permite que o povo ucraniano reconstrua

suas vidas e a vida de seu país.

SideEvent – A situação dos direitos humanos na Bielorrússia – uma luta pela democracia

Os Deputados Marta Freitas, Susana Amador e João de Azevedo e Castro participaram neste SideEvent

que se debruçou sobre os Direitos Humanos na Bielorrússia e as eleições na Bielorrússia e os problemas

no processo eleitoral.

João Azevedo e Castro, Marta Freitas, Sviatlana Tsikhanouskaya e Susana Amador.

Foi unanime, pelos oradores que, após a eleição, Aleksandr Lukashenko permanece no cargo de líder do

país à custa da liberdade de expressão e do direito de reunião. O regime de Aleksandr Lukashenko tomou

medidas drásticas para derrotar a oposição, chegando a forçar aeronaves internacionais com opositores, a

aterrar nos aeroportos bielorrussos. Desde há quase 30 anos, que Aleksandr Lukashenko mantém o poder

absoluto na Bielorrússia, com muitos opositores políticos presos e outros forçados ao exílio. O povo da

Bielorrússia foi submetido durante décadas a grandes abusos dos Direitos Humanos e continua a ser vítima até

hoje. Além disso, a declaração da APOSCE em Birmingham reconheceu a Bielorrússia como um facilitador da

guerra egoísta da Rússia na Ucrânia.

Este side event foi organizado pela delegação sueca à APOSCE e contou com a presença de Sviatlana

Tsikhanouskaya para falar obre questões de direitos humanos na Bielorrússia e as medidas necessárias da

comunidade internacional para apoiar a democracia bielorrussa.