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23 DE ABRIL DE 2024

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direito, protegendo as liberdades fundamentais e prevenindo a violência, os Deputados podem contribuir para a

realização do ODS16 e do objetivo global de desenvolvimento sustentável e inclusivo.

Trabalhemos, pois, em conjunto para construir um futuro em que a confiança nas instituições públicas seja

forte e a promessa de boa governação seja concretizada para todos.

Muito obrigado».

• Intervenção da Deputada Vera Braz no segmento dos Jovens Deputados do debate geral da 147.ª

Assembleia da UIP:

«Presidente Assembleia Nacional de Angola, Dr.ª Carolina Cerqueira,

Presidente da UIP, Dr. Duarte Pacheco,

Presidente e Sras. e Srs. Deputados,

Perante um contexto global de guerras civis, conflitos armados, violação de direitos humanos, restrição de

liberdades fundamentais, a que continuamos a assistir em vários países, como é que conseguimos ter

sociedades pacíficas, justas, inclusivas?

Perante a pobreza, a discriminação, a violência…, como é que garantimos que as nossas instituições são

fortes e respeitadas?

Se os que mais sofrem, pela sua vulnerabilidade acrescida, são crianças e jovens, com um futuro já traçado

de miséria, sem oportunidades e muita revolta, como é que podemos esperar que sejam eles a nova esperança

para alcançar a paz, o desenvolvimento sustentável e fortalecer as instituições?

Num ambiente em que predominem as desigualdades sociais desde que se nasce, não há lugar à paz e à

justiça.

É aí que nós entramos, caros Deputados! É aí que podemos fazer a diferença, porque estas crianças e jovens

serão os adultos de amanhã.

É nosso dever promover e incentivar a concretização de políticas públicas que sejam um verdadeiro projeto

de vida, a começar com a proteção na infância, quebrando um ciclo de pobreza infantil, porque isso significa

proteger a dignidade humana.

E depois investir na sua educação, é um pilar fundamental, a escola é a instituição pública mais determinante

para os jovens, para que exista não só um desenvolvimento individual e pessoal mas também um

desenvolvimento social e económico, com os jovens a assumirem-se enquanto agentes de mudança, porque

lhes é dada essa oportunidade, porque são envolvidos na sua comunidade, aprendem a exercer uma cidadania

ativa, com empatia e solidariedade pelo outro, essencial no combate à violência, e onde descobrem que têm

uma voz, que pode fazer a diferença e contribuir para uma sociedade global mais coesa, mais justa e que

respeita os valores da democracia.

A nossa ação começa aqui, capacitando os nossos jovens, para que sejam eles a verdadeira mudança».

• Intervenção da Deputada Carla Sousa no Fórum das Mulheres Parlamentares:

«Vi o título desta conferência como uma provocação e lembrei-me da música dos Clash, Should i stay or

should i go.

A essa pergunta, parece-me que temos apenas uma resposta possível: Fiquemos. Porque, na verdade, ainda

agora chegamos e temos muito para fazer.

Temos de lidar com a violência e assédio contra as mulheres, entendendo-a como um problema coletivo e

não individual, para que cada mulher perceba que não está sozinha.

De cada vez que uma de nós desiste, estamos a diminuir as possibilidades de as jovens gerações femininas

ambicionarem, pelo exemplo, a ter um papel político no futuro das suas nações.

A violência e o abuso contra as mulheres na política não é nova, mas essa violência ao migrar para o

ambiente digital espalha-se como fogo pelo efeito de amplificação das redes sociais, tornando-a mais extrema

e mais radicalizada a coberto muitas das vezes da máscara do anonimato.

E hoje é impossível fazer política sem intervenção digital. E quando lá entramos, a hostilidade tem um objetivo

muito claro, que é o de silenciar as mulheres, retirá-las do espaço público, com ataques sexistas e misóginos.