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35 | - Número: 024 | 20 de Março de 2010

Análise das principais ameaças à segurança interna Em 2009, a criminalidade violenta e grave confirmou a sua relevância no quadro de ameaças à segurança interna. A criminalidade em geral e, em especial, os crimes violentos e graves, têm merecido, nos últimos anos, uma atenção prioritária por parte do aparelho securitário. Em termos gerais, pode afirmar-se que o agravamento da criminalidade violenta e da insegurança nas áreas metropolitanas está associado, designadamente, a dois tipos de factores: a existência de zonas urbanas sensíveis e a actividade de diversos grupos organizados que se dedicam à prática de crimes. Neste contexto, é de notar que nas grandes áreas metropolitanas sobressaem zonas urbanas sensíveis que concentram populações sócio e economicamente desenquadradas, sob o controlo intrínseco de grupos marginais e códigos de socialização autónomos, que tendem a eximir-se à autoridade do Estado e a constituir focos de emergência e expansão de actividades criminosas para outros territórios. No que concerne ao narcotráfico mereceu particular atenção, em 2009, o tráfico de cocaína via plataformas africanas, tendo-se verificado que, não obstante a diminuição acentuada das apreensões na África Subsahariana, esta região se está a consolidar como zona de armazenamento e como entreposto de negócios, bem como a tornar-se uma zona de processamento da cocaína. Neste quadro, foram monitorizadas as redes de tráfico para a Europa, com especial destaque para as que têm Portugal como porta de entrada ou destino final das drogas, quer ao nível das redes mais estruturadas, com capacidade para utilizar empresas como cobertura e movimentar grandes quantidades, quer ao nível das microredes que utilizam correios humanos para a introdução da cocaína em território nacional.
Efectivamente, o território nacional continua a ser utilizado por redes transnacionais de crime organizado que se dedicam ao tráfico de drogas, na maioria dos casos, como território de trânsito, para o abastecimento de países europeus com maiores níveis de consumo. No âmbito da imigração ilegal16 continuam a merecer especial atenção os fluxos provenientes: 16 Esta temática será objecto de nova análise no presente Relatório, no capítulo relativo à Imigração ilegal e tráfico de seres humanos.