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CASA2013‐RelatóriodeCaracterizaçãoAnualdaSituaçãodeAcolhimentodasCriançaseJovens

conforme suscitar o diagnóstico preliminar realizado. Analisado este tipo de

acolhimento no presente relatório, faz-se apenas referência à situação das 304

crianças e jovens caraterizadas, para este efeito, nas Casas de Acolhimento de

Emergência existentes em Lisboa, as quais são aqui analisadas apenas enquanto

modalidade de acolhimento e não no conjunto daqueles ocorridos no presente ano e

nalgumas das suas características.

Na modalidade de acolhimento prolongado há também respostas mais recentes que

ensaiam um modelo de intervenção que interessará consolidar. Trata-se dos

Apartamentos de Autonomização, onde se encontravam 31 (0,3%) jovens, destinados

a adolescentes com mais de 16 anos, que reúnem capacidades de responsabilidade

compatíveis com a experiência de vida em pequeno grupo de pares, devidamente

apoiados e supervisionados, visando a sua preparação para a futura vida

independente.

Apesar de em número ainda insuficiente e também muito recentes, há igualmente

Lares de Infância e juventude Especializados (LIJE), onde se encontravam 76 (0,9 %)

jovens, especialmente vocacionados para o acolhimento de jovens entre os 12 e os 18

anos, que se caracterizam por graves alterações de comportamento ou inadaptação

social e para quem se prioriza uma intervenção especialmente terapêutica ao nível

socioeducativo, visando prevenir a delinquência.

Não sendo exclusivamente destinadas a crianças e jovens em situação de perigo,

existem também Lares Residenciais, Centros de Apoio à Vida, Lares de, Comunidades

Terapêuticas, Comunidades de Inserção e Colégios de Ensino Especial, onde se

encontravam um total de 513 (6%) crianças e jovens.

Sendo uma perspetiva genérica e resumida das grandes tendências refletidas na

caraterização ora efetuada, relevam-se, de seguida, alguns eixos de intervenção que

importa ponderar na sua relação com os resultados obtidos no presente relatório.

Sobre a prevenção

É fulcral apoiar as famílias em tempo útil, visando fortalecê-las na sua capacidade

de responsabilidade parental através de abordagens sistémicas e ecológicas que

proporcionem todas as oportunidades de prevenção das situações de perigo e de

preservação familiar

A este propósito, importa ter em consideração que as situações de perigo, que

desencadearam a entrada da criança e jovem nas respostas de acolhimento, referem-

se largamente à falta de supervisão e acompanhamento familiar (58% nas crianças

II SÉRIE-E — NÚMERO 9 104