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que obviamente dificulta qualquer intervenção, na medida em que o

envolvimento e participação que se deve requer da família no

desenvolvimento do Plano de Intervenção Individual fica algo comprometido.

Note-se também que a deslocalização das crianças e jovens relativamente ao

seu distrito de origem ocorre para 1.259 crianças e jovens face ao universo

em situação de acolhimento.

A este respeito, salienta-se no entanto, a importância do trabalho que tem

vindo a ser desenvolvido, nomeadamente pelo ISS, IP, com vista a ultrapassar

este constrangimento, e que se traduz na gradual implementação de um

modelo integrado de gestão de vagas dinamizado entre as Instituições de

Acolhimento e os Serviços de Segurança Social com a definição e consolidação

de circuitos que promovem as necessárias sinergias, tendo em vista a possível

otimização qualitativa e quantitativa do sistema de acolhimento.

Defende-se ainda que o Sistema de Acolhimento venha a estar gradualmente

organizado de forma a que as crianças e jovens permaneçam na resposta onde

deverão ser ponderadamente colocadas (salvo situações que exigem em

determinada fase uma especialização concreta na intervenção), face às suas

necessidades individuais, aí sendo sujeitas a um continuado, coerente e

participado plano sócio educativo individual, suscetível de permitir a

concretização do mais adequado e seguro projeto de vida, pensado e avaliado

de forma célere, mas sempre em função das circunstâncias de cada caso e

não das circunstâncias de cada resposta de acolhimento.

 Projetos de Vida: No que respeita às crianças e jovens com projeto de vida

delineado, observa-se a predominância dos projetos de vida para a

autonomização (32%) e reintegração na família nuclear (30%), seguindo-se a

adoção (10,5%).

As figuras legais que preveem a possibilidade de uma família alternativa

continuam a assumir uma fraca expressão, designadamente a confiança à

guarda de terceira pessoa, tutela, regulação do exercício das

responsabilidades parentais (1%) e o apadrinhamento civil (0,4%).

Nas crianças e jovens em situação de acolhimento, cujo Projeto de Vida foi a

Adoção, constata-se que as características particulares dessas crianças e

jovens não coincidem com as pretensões dos candidatos à adoção que são

conhecidas, que, para além de crianças pequenas, preferem crianças sem

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