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inteiro vai estimular a realização de projectos em conjunto com autarquias, com colectividades, ou seja, se vai ser propósito do Governo termos cada vez mais e de modo crescente a comunidade dentro da escola.
A última questão tem a ver com a educação de adultos. Vivemos numa época em que a ideia do emprego para toda a vida está cada vez mais ultrapassada, por isso, é fundamental apostar na formação profissional; e temos um país com uma baixa taxa de escolarização. Ora, sendo a educação de adultos, no fundo, uma forma de combate à exclusão social, uma forma de darmos resposta à formação ao longo da vida, à actualização, pergunto: quando teremos de facto a intervenção nesta área perfeitamente articulada com o emprego e o Ministério do Trabalho e da Solidariedade?

A Sr.ª Presidente: - Tem, agora, a palavra a Sr.ª Deputada Maria Ofélia Moleiro.

A Sr.ª Maria Ofélia Moleiro (PSD): - Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da Educação, as minhas questões também são de âmbito regional, tal como a Sr.ª Presidente muito bem previu, até porque, na primeira volta, as questões de âmbito nacional relativas à educação já foram colocadas, e muito bem, pelo meu colega de bancada.
A minha primeira questão é dirigida, mais uma vez, ao Sr. Secretário de Estado do Ensino Superior, enquanto as outras serão dirigidas ao Sr. Ministro, embora possam ser respondidas algum dos outros Srs. Secretários de Estado, se assim o Sr. Ministro entender.
Remontemos, então, a 16 de Março, quando, em Leiria, distrito pelo qual fui eleita, o Sr. Secretário de Estado disse, no Congresso do Instituto Politécnico de Leiria, que estavam a agir e a propor uma cultura de iniciativa, que estavam a "arrumar a casa" para poderem ser prospectivos e pré-activos, que estavam a propor uma agenda clara para o ensino público, para o privado e para o politécnico. No dia 28 de Abril, passado um mês, continuava na sua secretária, desde Dezembro, o processo do politécnico respeitante ao desenvolvimento e à expansão da respectiva rede e à criação de vários pólos. E neste mesmo dia, 28 de Abril, em resposta à questão que lhe coloquei sobre esta matéria, o Sr. Secretário de Estado disse-me que não gostava de criar pólos de ensino superior apenas para os municípios terem uma placa afixada no cruzamento principal a indicarem a existência de um estabelecimento de ensino superior e que, na sua opinião, era preciso haver os melhores professores, as melhores instalações, o melhor estudo de viabilidade dos cursos, uma nova lei de ordenamento do ensino superior e o estudo da rede de ensino superior.
Ora, como tudo isto ficou pronto neste Verão, pensei: o Sr. Secretário iria orçamentar… porque tudo está tal como o Sr. Secretário disse que gostaria, todos os requisitos. Aliás, o próprio Sr. Secretário de Estado reconheceu que o Instituto Politécnico de Leiria tinha os melhores professores, que iríamos ter as melhores instalações, porque a autarquia, através da celebração de um protocolo, já se tinha comprometido neste sentido, inclusivamente quanto a uma residência para estudantes, que o estudo de viabilidade estava pronto - aliás, já foi publicado, tenho-o aqui -, que a lei do ensino superior tinha sido aprovada por este Parlamento, apesar de não ter sido com o voto do PSD, e quanto ao estudo da rede do ensino superior não sei se a realizaram ou não, mas o politécnico tem-na pronta se precisarem. Portanto, perante isto, pensei que a obra constasse do orçamento para 2001, mas procurei e verifiquei que nada consta.
Sr. Secretário de Estado do Ensino Superior, na minha actividade parlamentar, como Deputada do PSD, tenho lutado sempre contra a desorçamentação, mas, neste caso, diga-me que está desorçamentado e que tudo isto está na vossa cabeça.
Quanto às outras questões, também regionais…

O Sr. Ministro da Educação: - Essas são para quem?

A Oradora: - Não sei! Podem ser para o Sr. Ministro, para algum dos Srs. Secretários de Estado, não sei!
A questão tem a ver com algo que já constava do anterior PDR e torna a constar do actual, que é o plano integrado de desenvolvimento do norte do meu distrito e do pinhal interior. Ora, penso que a integração é para integrar, e, portanto, é, certamente, para integrar a educação senão não é sustentável nem integrada…
Se analisarmos o PIDDAC para 2001 para a zona que referi, verificaremos que os investimentos em equipamentos educativos são bastante menores, são quase nulos, trata-se de verbas ridículas na maior parte dos casos. Mas há mais.
Em relação ao que já estava orçamentado no ano passado, como é o caso de uma EB 2,3, em Pombal, verifico que, no PIDDAC para 2001, a mesma é "arrastada" para mais um ano. Aliás, verifico, em relação a todo meu distrito, que agora há uma nova modalidade que é a de "investimentos para os anos seguintes". Não sei o que se entende por "anos seguintes", mas cá estaremos para ver…

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - São os seguintes!

A Oradora: - Não, não! Os "anos seguintes" podem ser muitos!
Sr. Ministro, são estas as questões que eu gostaria de ver respondidas, mas, tendo em conta que, em matéria de ensino superior politécnico, a minha relação estabeleceu-se em primeiro lugar com o Sr. Secretário de Estado do Ensino Superior, gostaria que fosse ele a responder à minha questão e que me dissesse de facto o que se passa, embora eu esteja à espera de o ouvir dizer que a causa é a desorçamentação.

A Sr.ª Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Educação.

O Sr. Ministro da Educação: - Sr.ª Presidente, começo por agradecer a todos os Srs. Deputados as questões que me colocaram e, quanto às respectivas respostas, encaminhá-las-ei, consoante as áreas, para um dos três Srs. Secretários de Estado presentes.
Antes de mais, gostaria de referir três aspectos de índole geral, sendo o primeiro relativo à metodologia de inscrição de verbas no PIDDAC.
Como sabem tão bem ou melhor do que eu próprio, a actividade política implica planeamento, com uma densidade técnica que todos conhecemos e reconhecemos, e implica