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seja, na produtividade de uma pretensa terça-feira totalmente livre de manhã.
O segundo argumento avançado é o da quebra do ritmo e de amanhã não estarmos cá às 9 horas, sendo que, depois, temos um problema.
Ora, estão colocados os dois argumentos. Estou inclinado, neste momento, para a primeira proposta, porque sinto que o cansaço existe, e existe com perspectiva de se manifestar também na terça-feira, seja qual for a solução.
Estas coisas são assim, se temos dois pontos de vista muito diferentes penso que teremos de votar, visto que não há consenso. Não vale a pena ficarmos aqui uma hora ou duas a discutir repetindo argumentos.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Sr. Presidente, o problema é o funcionamento das regras democráticas. A democracia tem um conteúdo e há pessoas que não respeitam nada nem ninguém. Se era para fazermos isto o dia todo tínhamos combinado isso. Já percebemos que houve um grupo parlamentar que fez uma escala, que vai tendo normalmente sempre cá uma pessoa e vão rodando, portanto esses podem ficar até de madrugada, outros empenharam-se com seriedade… Portanto, se era isto que queriam tinham dito e organizávamos os trabalhos de determinada maneira.
Quando o Sr. Presidente disse que a reunião iria até à 1 da manhã e se faria o ponto da situação, foi num determinado sentido, se dissessem que era para fazer durante o dia todo até acabar era outra coisa. Não foi isso que foi feito. Portanto, o que me revolta é a má-fé, não estou habituado a trabalhar assim, nunca vi isto nem nesta Comissão nem na generalidade das comissões de que fiz parte. Há, de facto, hábitos novos, esta nova direita está polvilhada de gente que devia ter outro respeito pelas pessoas, porque individualmente tem um comportamento, depois não sei quem é que lhes dá algumas ordens para terem outro tipo de comportamento. Foi o Dr. Marques Mendes, que é noctívago, que veio cá dar estas orientações?!
Isto não faz qualquer sentido e parece que é para discutir às escondidas da população, isto é para atamancar tudo, isto não pode ser assim, há que ter respeito pelos outros! Esta maioria parlamentar não respeita nada nem ninguém! É inadmissível!
Temos resistência para estarmos aqui, se quiserem, até às 10 da manhã, não podemos é ouvir toda esta desconsideração. Se queriam que fosse a noite toda tinham dito logo ao princípio e não vinham com a hipocrisia de aceitar a proposta do Presidente quanto a terminarmos a reunião à 1 da manhã.
Pelo menos estaremos alguns até quando for preciso e estaremos aqui a lutar até que sejam corridos do Governo, porque nós e o povo português estamos a ficar fartos!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Velosa.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): - Sr. Presidente, realmente o Sr. Deputado Joel Hasse Ferreira tinha mesmo que perder a serenidade (aliás já a perdeu hoje mais do que uma vez e continua a perdê-la não sei porquê). Acusa as pessoas de falta de seriedade de má fé, faz ameaças, diz que estamos a perder tempo… Que fique claro que quando marcámos esta reunião tínhamos que pôr a hipótese de ela ir de seguida até ao fim. Não é inédito neste Parlamento, já aconteceu mais de uma vez e não é pelo facto de haver acusações de falta de seriedade, de má fé e ameaças que vamos mudar a nossa posição. Estamos a discutir esta questão há meia hora e se não o tivéssemos feito já tínhamos discutido uma boa parte do articulado.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Pacheco.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): - Sr. Presidente, de facto, o Sr. Deputado Joel Hasse Ferreira às vezes gosta de intervir de uma forma muito mais "quente" e a boa educação chama-nos para por vezes não lhe responder, mas quando nos acusa de má fé e nos acusa pessoalmente de estarmos a receber ordens estilo moços de recados não posso admitir, e penso que os meu colegas também não, esse tipo de argumentação.
O Sr. Presidente há pouco já disse que os argumentos estavam mais do que esgrimidos, pelo que solicito que se passe à votação da proposta que estamos a discutir. Se assim tivesse sido há mais tempo já vários artigos tinham sido discutidos neste tempo que andamos a perder.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Quero sublinhar dois aspectos surpreendentes.
Em primeiro lugar, devo dizer que vamos respeitar o sentido de voto por bancadas, mas não quero deixar de dizer que a proposta, apresentada às 2 horas da manhã, de fazermos uma noitada seguida é numa situação em que há nove Deputados da oposição e sete da maioria, sendo que estes sete terão sempre vencimento nas votações - porque essa é a regra -, mas não deixa de ser curioso que se coloquem numa situação de nos obrigar desta forma.
Em segundo lugar, Sr. Presidente, o CDS-PP não está representado por nenhum membro da Comissão, uma vez que o Sr. Deputado Diogo Feio foi-se embora e o Sr. Deputado João Pinho de Almeida, tanto quanto sei, não é membro da Comissão, pelo que o seu voto não conta.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): - Pode estar em substituição de outro Deputado.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Francisco Louçã, o Sr. Deputado João Pinho de Almeida não é membro da Comissão, mas pode estar em substituição de algum membro.

Vozes do PS: - Não, não!

O Sr. Presidente: - Esse é um assunto de que vamos tratar antes de passarmos de novo às votações.
A única coisa que me parece é que convinha que houvesse um grande esforço para se chegar a uma solução consensual, visto que uma votação desta natureza não pode fazer-se num clima de imposição.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Sr. Presidente, completando aquilo que o Sr. Deputado Francisco Louçã referiu