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que tem a presidência da autarquia, e a CDU, sobre a questão do avanço do Hospital do Montijo. Trata-se de uma situação que tem a sua gravidade e, portanto, isso fez com que todos os autarcas de todas as forças políticas do Montijo aprovassem uma moção sobre esse assunto. Não sei se o Sr. Ministro recebeu essa moção, se ela lhe chegou, efectivamente, às mãos, mas nós recebemos. Gostávamos, portanto, de saber se em relação ao Hospital do Montijo há, de facto, alguma posição já tomada.
Terceira questão: Centro de Saúde de Palmela, concelho de Palmela. Há quem pense, por um lado, que houve uma operação global em relação a Palmela, a Odivelas, a Melgaço e a outros concelhos, que não têm praticamente verbas no PIDDAC para qualquer área - pensamos que são homenagens aos respectivos presidentes de câmara, Rui Solheiro, Manuel Varges e outros -, e, por outro, que o Centro de Saúde de Palmela, se calhar, está feito e não tem equipamento. Será privatizar? Há alguma linha estratégica de, em alguns casos, deixar "aboborar" o que está já construído? Não posso crer que isso seja verdade ou seja assumido, mas, de qualquer maneira, sinto-me na obrigação de lhe perguntar, porque as pessoas interrogam-se sobre isso.
Quarta questão: hospital de Loures em parceria público/privado, já aqui referido pelo meu camarada e amigo Afonso Candal. Já temos várias vezes falado do hospital do Loures e percebemos que, durante algum tempo, esteve um pouco encravado, porque a Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças - penso que sabe isso - disse aqui na Comissão que o Ministério das Finanças gostava de entrar logo no princípio e mais uma coisa ou outra, que não vou repetir, porque não gosto de intrigas, embora feitas à vista, mas, se o Sr. Ministro solicitar a acta e se os serviços não lha enviarem - os Assuntos Parlamentares têm mais que fazer… - eu posso enviar-lha. Nós nada temos com as divergências intergovernamentais, se existirem, mas neste caso não quero crer que existam. Penso que o problema será mais entre os serviços, no entanto, em alguns casos, elas são boas…
A questão das autarquias, por exemplo, acabou por se resolver em parte por acção dos autarcas e de um conjunto de Deputados ter tido, de facto, efeito no avanço parcial da solução das transferências para as autarquias.
No que diz respeito ao hospital de Loures, pergunto se o Sr. Ministro nos pode caracterizar qual é o avanço dessa parceria público/privado e qual o ponto da situação.
Quinta questão: novo Hospital de Cascais. Não vou detalhar as informações que nos chegam, porque o Sr. Ministro conhece-as, nem gastar tempo nas questões que se põem, o que pergunto é se o Sr. Ministro nos pode dizer qual é exactamente a situação prevista quanto ao novo Hospital de Cascais.
Sexta e última questão, porque, dado o interesse da sua presença, muitos Colegas de vários partidos querem, efectivamente, falar: há um mês passou-se um facto um pouco estranho e insólito. Sem pôr em causa as extraordinárias relações que, certamente, existirão entre o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças, a DGO, num comportamento que posso caracterizar como preciso e correcto ou, pelo menos, honesto e assumido, não difundiu dados sobre a saúde, e o Sr. Secretário do Estado do Orçamento - ele está aqui, pelo que não vale a pena reproduzir as suas palavras - explicou por que é que, de facto, isso não acontecia numa das recentes execuções orçamentais.
Julgo que esta situação está ultrapassada e que estamos, apesar da complexidade da forma como está a ser feita a ligação, em termos financeiros e económicos, entre o sector empresarializado e o sector público administrativo - e percebemos que haja, de facto, alguma complexidade contabilística em todo este processo - em condições de ter esses dados.
Pergunto-lhe, por isso, se do ponto de vista da saúde, nas próximas execuções orçamentais, vamos ter essa situação clara, pelo menos em relação ao sector público administrativo. No que se refere ao sector empresarializado, a Comissão de Execução Orçamental está a procurar acompanhar com mais detalhe o que se está a passar, o que se tem passado ou o que está a ser executado, e o Sr. Ministro já lá esteve presente em Julho, salvo erro. Já quanto às estratégias futuras quer a Comissão de Trabalho e dos Assuntos Sociais quer a própria Comissão de Economia e Finanças irão fazer o seu acompanhamento.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Patinha Antão.

O Sr. Patinha Antão (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Ministro da Saúde, vou ser breve, e a primeira consideração que quero fazer é esta: no decurso do debate, deu a impressão de que há uma dinâmica na oposição, isto é, colocam um certo número de questões e, depois, não as continuam. De facto, é uma observação que é pertinente e adequada.
Há algum tempo atrás, era colocado o problema das listas de espera, o problema dos directores de serviço e do escândalo que era a nova forma de gestão dos hospitais públicos e o problema dos cuidados primários e da necessidade urgente de criar uma entidade reguladora da saúde. A entidade reguladora da saúde está aí; a lei dos cuidados primários está aí; os directores de serviços funcionam; os resultados dos hospitais do ponto de vista de gestão estão aí e foram apresentados; os ganhos de eficiência quer nos hospitais que são empresarializados quer nos outros estão aí; e sobre as listas de espera a discussão também quase morreu.
Constato que, efectivamente, ela ficou num ponto e, por isso me permito aqui fazer uma última nota, que é a seguinte: já ninguém discute nesta Assembleia o cumprimento do Programa das Listas de Espera, nem a adequação do orçamento, o que agora se discute - pasme-se! - é o número dos novos doentes em lista de espera, e faz-se uma coisa extraordinária, que é somar os novos doentes em lista de espera com os anteriores, dizendo que há mais doentes em lista de espera. Isto é um despautério!

O Sr. Afonso Candal (PS): - Isto é o quê??...

O Orador: - É, de facto, uma desconsideração da qualidade do debate, quando, efectivamente, se mistura uma lista com pessoas que esperavam, em média, seis anos com uma nova lista em que, se fosse expurgada dos tempos clínicos de espera, as pessoas habituais nem sequer lá estariam, a maior parte delas.