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54 | II Série GOPOE - Número: 009 | 16 de Novembro de 2005

se período. Respondo que não ou, melhor, até pode acontecer, mas não é essa a razão. A razão, pura e simplesmente, é a de que pode bem acontecer que, ao fim dos primeiros 10 anos, os contratos possam vir a ser renegociados e pode até o Estado vir a assumir essa responsabilidade, pelo que não é possível orçamentar agora para daqui a 10 anos uma componente contratual ainda não prevista nem autorizada. Portanto, não é possível avançar para o futuro numa modalidade que ainda não sabemos «se vai ser assim, se vai ser assado»… O Sr. Deputado gostaria que fosse «assado», eu também sou capaz de gostar que seja «assado», mas há outros que também gostam que seja «assim»… Vamos ver…! Isso depende do futuro, depende de muitas circunstâncias… O Sr. Secretário de Estado estava aqui, há pouco, a dizer-me ao ouvido que, como isto vai decorrer daqui a 10 anos, quase de certeza muitos de nós já aqui não estamos nessa altura… Portanto, podemos até quase considerar que tudo poderá ser «cor-de-rosa»…, mesmo que não o venha a ser.
Sobre a sua questão de eu não saber o que é a diferença entre o valor «nominal» do contrato e o valor «actualizado» em causa para o hospital de Loures, dir-lhe-ei que ele é de 1774 milhões de euros, ou seja, valores não actualizados. Este valor actualizado a Janeiro do ano de 2004 representa cerca de 800 milhões de euros. É tão só isto!! E a actualização é feita através desta combinação de duas taxas: uma taxa de 2%, que nos dá a inflação e que foi fixada pelo Sr. Ministro das Finanças, e uma outra taxa que representa a variação de valor que os cidadãos dão à disponibilidade do dinheiro: «disponibilidade agora» ou «disponibilidade posterior».
É a isso que se chama valor actualizado, como o Sr. Deputado sabe. Já agora deixe-me que lhe diga, há pouco, o Sr. Deputado estava a confundir um estudo custo/benefício com actualização dos valores com um estudo de rentabilidade, misturando o cash-flow… Tudo isso nada tem a ver com o assunto, são coisas diferentes!

Protestos do Deputado do PCP Eugénio Rosa.

Ó Sr. Deputado, quer que eu diga que me enganei…? Ó, Sr. Deputado, óptimo. Pronto, enganei-me!...
Estou totalmente disponível para lhe fazer a vontade… Se é isso…

Protestos do Deputado do PCP Eugénio Rosa.

Ó Sr. Deputado…! Eu digo-lhe isto por complacência… Já lhe expliquei, Sr. Deputado!! Por amor de Deus, não nos faça perder a paciência, porque não o consegue! Já lhe expliquei,

Protestos do Deputado do PCP Eugénio Rosa.

Já lhe expliquei, Sr. Deputado! Desculpe lá, Sr. Deputado, mas eu ensino Economia da Saúde há 30 anos!... Quer dizer, eu sei fazer a avaliação custo/efectividade com a actualização de valores!... Provavelmente o Sr. Deputado nunca fez qualquer actualização de valores… e não compreende esta técnica, não compreende a diferença entre os valores nominais não actualizados e os valores actualizados. Trata-se do mesmo valor, Sr. Deputado! Lamento muito repetir mas trata-se do mesmo valor!! Por favor, a consideração que tenho por V. Ex.ª não é compatível com posições dessas, lamento dizerlho… Quanto à questão sobre novas entidades públicas empresariais, já respondi. Com certeza, suponho que vamos ter novas entidades públicas empresariais, mas não sabemos exactamente quantas nem como. Como foi dito, não queremos tomar decisões irreflectidas e impensadas.
Sr.ª Deputada Ana Manso, ilustre Presidente em exercício, agora aqui mais próximo, olhos nos olhos, é possível dar-lhe uma resposta.
A Sr.ª Deputada felicita o Sr. Secretário de Estado pela clareza do despacho, mas tem dúvidas quanto à sua aplicação e aos critérios, dizendo que cá estará para ver — muito bem! Agora, quanto à afirmação de o Hospital Sousa Martins, na Guarda, ser o «patinho feio», nada me pesa na consciência sobre essa acusação — aliás, não foi uma acusação, foi um receio que V. Ex.ª emitiu de que eu considerasse o Hospital da Guarda um «patinho feio». Não, não é um «patinho feio»! É um hospital muito activo, muito operacional, que, é certo, vive com muitas dificuldades em certas áreas, nomeadamente na da pediatria, cujas necessidades históricas são conhecidas. Porém, até na confrontação com os hospitais do distrito mais a sul, tem um melhor desempenho, por exemplo, em número de partos e de intervenções a eles associadas.
Portanto, não me cabe desvalorizar o desempenho do hospital. De resto, devo dizer que, quando visitei o hospital (e já foi há quatro anos), fiquei muito bem impressionado com várias unidades, nomeadamente uma unidade de quimioterapia, que, na altura, me pareceu ser dirigida por uma pessoa cheia de energia e de capacidade (não sei se ainda lá está…).
Assim sendo, não tenha receio, porque não vamos desgraduar o Hospital Sousa Martins — mais a mais, com um nome tão ilustre como é o do Prof. Sousa Martins.