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33 | II Série GOPOE - Número: 007 | 15 de Novembro de 2008

reconhecimento do País tendo em conta o Inventário Florestal» E já agora dou-lhe um dado: nos anos 2002, 2003 e 2004 o número de amostras feitas no âmbito da prospecção do nemátodo da madeira do pinheiro nunca ultrapassou as 300. A partir daí, progressivamente, nós chegamos a este ano com cerca de 4000 amostras feitas e foi esse intenso trabalho desenvolvido pelas organizações de produtores florestais em conjunto com a Autoridade Florestal Nacional, a Universidade de Évora e o Instituto Nacional de Recursos Biológicos que nos permitiu ter um conhecimento mais real, concreto e nos vai permitir uma intervenção neste período em que se deve atacar verdadeiramente a doença (quando o insecto-vector está controlado e nós podemos ir ao fundo da questão) começarmos a fazer os abates e o controlo respectivo.
Compreendo bem que o Sr. Deputado passe no IP3, olhe para os seus lados e veja algumas árvores em declínio, mas também lhe quero dizer, Sr. Deputado, que nós já iniciámos o processo de identificação das áreas. Com certeza que nos jornais regionais do seu distrito eleitoral já viu os editais que determinam as formas de intervenção e com certeza também sabe que os serviços da Autoridade Florestal Nacional em conjunto e em parceria com as organizações de produtores florestais irão iniciar o abate a partir do final deste mês de Novembro, que é o tempo necessário, adequado para até Março podermos fazer o respectivo controlo.
Também gostava de dizer-lhe, Sr. Deputado, que a questão do nemátodo da madeira do pinheiro é uma questão que merece uma atenção relativamente àquilo que foi feito durante um determinado tempo. Se reparar, o Sr. Deputado falou no PROLUNP, que é o Programa Nacional de Luta Contra o Nemátodo do Pinheiro, que foi iniciado em 1999, por um governo do PS, teve o seu desenvolvimento em 2000, 2001 e numa parte de 2002, e a partir de 2002 esse PROLUNP que tinha um grupo de acompanhamento chamado GANP (Grupo de Acompanhamento do Nemátodo do Pinheiro), pura e simplesmente, desapareceu. No governo que o seu partido apoiava, ninguém mais se lembrou do nemátodo, do PROLUNP ou do GANP! Pura e simplesmente, cortaram!! Portanto, convém que tenhamos memória quando agora falamos nas questões relacionadas com o nemátodo da madeira do pinheiro, que é importante, relevante e que estamos a acompanhar.
Gostava ainda de dizer-lhe, Sr. Deputado, que até ao final do ano vamos investir cerca de 5 milhões de euros no início dos abates e sabemos da sua preocupação, ou seja, os abates têm de ser acompanhados de uma colocação adequada no mercado dos produtos resultantes desses mesmos abates. Foi por isso também que criámos o Conselho Consultivo para a Fitossanidade Florestal, onde estão representados o Centro Pinus e a AIMMP com que fizemos um protocolo que nos permite conhecer as necessidades em madeira do pinheiro no âmbito do controlo e erradicação da doença, mas também numa perspectiva de sabermos quais são, nos próximos 20 anos, as necessidades de madeira de pinheiro para a indústria portuguesa e assim conseguirmos compatibilizar a produção com a transformação e podermos ter nessa sub-fileira do sector florestal maior competitividade.
A segunda questão muito importante tem a ver com os investimentos — e respondendo também à pergunta formulada pelo Sr. Deputado Agostinho Lopes, que não falou na «palavra mágica«, mas eu vou falar» Nós vamos fazer as concessões quer o Sr. Deputado Agostinho Lopes queira quer não queira»

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Vão privatizar!

O Sr. Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas: — Não, não vamos privatizar, Sr. Deputado! O Sr. Deputado acha que privatizar é igual a concessionar, mas a única coisa que o Sr. Deputado quer é que nada se faça, mas nós vamos fazer!! E já agora também lhe vou dizer o seguinte: no próximo ano, vamos investir 13 milhões de euros nas matas públicas! E vamos saber quanto é que as matas públicas rendem e quanto é que as matas públicas nos dão de despesa, porque até agora as matas públicas e os perímetros florestais, os cerca de 600 mil hectares de áreas geridas pelo Estado, pura e simplesmente, ninguém sabia quanto se gastava nem qual era o resultado da sua exploração. E «isso é que dói»!... Porque agora vamos passar a saber quanto é que recebemos e quanto é que gastamos em cada sítio, porque é assim que se faz uma boa exploração florestal, é assim que podemos trabalhar bem com os conselhos directivos de baldios, é assim que nós vamos, com certeza, resolver o problema! Por fim, Sr. Deputado, nos próximos dois anos, nós vamos investir 133 milhões de euros de fundos públicos, a que se somarão 86 milhões de fundos privados e mais 31 milhões do Fundo Florestal Permanente, para fazermos na gestão e na defesa de uma verdadeira política de prevenção estrutural.