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32 | II Série GOPOE - Número: 007 | 15 de Novembro de 2008

anos, vai começar a funcionar ou se, já agora, primeiro vamos deixar funcionar o biotério da Fundação Champalimaud para depois não ser necessário pôr este a funcionar» Quanto ao PRODER, Sr. Ministro, gostaria de saber se vai ou não fazer a revisão global de todos os erros cometidos — e há bocado já referi um, o problema das pastagens pobres que não estão a ser consideradas pelos serviços do seu Ministério do ponto de vista das ajudas.
Sobre os jovens agricultores, o Sr. Ministro atrasou-se quase três anos na implementação do PRODER. O que lhe pergunto é se para os agricultores que fizeram mais de 40 anos entre Janeiro de 2007 e a data da nova regulamentação foi ou não encontrado um mecanismo que responda a um problema em que estes jovens não têm qualquer responsabilidade, pois a responsabilidade, Sr. Ministro, é, única e simplesmente, do Governo que se atrasou na implementação dessa regulamentação.
Quanto à questão dos vitelos nas zonas de exploração pecuária os senhores responderam-me que havia uma linha de crédito para apoio à pecuária intensiva para responder a este problema, só que, como os senhores sabem, não responde! Por isso, continuo a perguntar se, à semelhança de outros governos, inclusive de governos do PS, vão ou não intervir em relação a uma questão aguda nas bacias leiteiras do Minho e Beira Litoral.
Relativamente ao problema dos seguros agrícolas, Sr. Ministro, V. Ex.ª ao fim de quatro anos diz que valeu a pena esperar, que foi bom esperar. Mas foi bom esperar para quem, Sr. Ministro? Para as companhias de seguro que, ao longo destes quatros anos e com prejuízo do dinheiro dos contribuintes, meteram ao bolso 60 milhões de euros, Sr. Ministro? Sr. Ministro, se o seu Ministério, o Ministério da Agricultura portuguesa fizer um balanço a todos os prejuízos que os agricultores portugueses tiveram nestes quatro anos vai ver que comparando, esses prejuízos com o dinheiro que os senhores deram às seguradoras, somando-lhes os prémios que os agricultores deram às seguradoras, provavelmente o resultado é bastante favorável às seguradoras e não aos agricultores e também com enorme prejuízo para os contribuintes portugueses.
Sr. Presidente, se me permite, gostaria ainda de abordar duas questões muito rápidas, uma das quais tem a ver com o Centro Operacional do Regadio do Baixo Alentejo. O que é que o Sr. Ministro me tem a dizer sobre esse assunto? E sobre o cadastro florestal? Vai ou não avançar e, se sim, qual a verba que está prevista no Orçamento, no do Ministério da Agricultura ou no do Ministério do Ambiente?

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Deputado Agostinho Lopes.
Para responder a este segundo conjunto de questões, concedo a palavra ao Sr. Ministro, que já me informou de que primeiro intervirão o Sr. Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas e a seguir o Sr. Secretário de Estado Adjunto, da Agricultura e das Pescas, e por último o Sr. Ministro.
Começamos então pelo Sr. Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Ascenso Simões.

O Sr. Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas (Ascenso Simões): — Muito obrigado, Sr. Presidente.
Um cumprimento especial a todos os Srs. Deputados, a quem agradeço as questões que me foram colocadas a propósito do sector florestal, que representa 13% do PIB industrial e é um sector importante, onde neste momento estão a ser investidos mais de 1000 milhões de euros.
Gostaria de responder aos Srs. Deputados em duas notas muito rápidas, a primeira das quais tem a ver com a questão do nemátodo da madeira do pinheiro e para fazer um reparo à intervenção do Sr. Deputado Hélder Amaral.
Nós temos muitos problemas sanitários na floresta portuguesa» O nemátodo da madeira do pinheiro tem talvez um nome mediaticamente mais «interessante», mas efectivamente só 6% das árvores identificadas com declínio têm identificado o nemátodo da madeira do pinheiro e convém que isso se diga aqui, no Parlamento.
Não negamos que se trata de um problema grave que temos de atacar e estamos a atacar. E estamos a atacar numa perspectiva de conhecer melhor quer o insecto vector quer a doença e por isso mesmo acertámos já com todas as instituições de investigação o desenvolvimento de um programa que nos permita intervir de forma a controlar a doença e o seu insecto-vector, estamos a intervir também no âmbito da delimitação das áreas afectadas — o Sr. Deputado compreenderá que nós tenhamos de fazer um