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13 | II Série GOPOE - Número: 008 | 16 de Novembro de 2011

Ora, é exactamente isto que o Governo tem vindo a fazer, por isso, Sr. Ministro, apelo a toda a sua paciência e peço-lhe, mais uma vez, apesar de o Sr. Ministro já ter feito isso n vezes nesta Casa e também publicamente, que diga o que é que se perderia pelo facto de este projecto não ir para a frente, para que possamos, de uma vez por todas, ficar esclarecidos.
Todos os especialistas em desenvolvimento e sustentabilidade, desde comentadores políticos até cantores, andam a emitir opinião sobre a alta velocidade. Portanto, peço-lhe, Sr. Ministro, que explique aqui o que é que se perderia se esse projecto não fosse para a frente e que ponha no site do seu Ministério as vantagens da alta velocidade, quanto é que custa e o que se perderia se não fizéssemos esse projecto.
Passando para os portos, há 10 anos a direita falava do projecto portuário de Sines como sendo um «elefante branco» — era isto que abundantemente era dito. Actualmente, todos os cinco portos principais têm crescimentos decisivos para a recuperação da economia portuguesa. Esta é que é a verdade.
Em 2006, foram apresentadas e discutidas publicamente orientações estratégicas para o sector marítimoportuário. Os senhores dizem que não há orientações, mas há, e (repito) essas orientações foram apresentadas e discutidas publicamente em 2006 — foi consolidado o modelo de landlord port, foi assumida a call petition, foram definidos os perfis estratégicos dos portos e reforçados os poderes reguladores e de planeamento do IPTM de acordo com o previsto no prazo, o que, naturalmente, terá de sofrer as adaptações necessárias, porque são processos que não são estanques, são dinâmicos.
Gostaria, pois, de dizer que a direita é bem-vinda à recente descoberta que fez da importância da economia do mar. De facto, agora, fazem conferências, querendo, à força, dar importância ao mar, que sempre ignoraram quando eram governo, forçando todos a desconhecer orientações estratégicas e planos de sustentabilidade de todos os portos. Mas, pior do que isso, tentando esconder o que está à vista de todos. E o que é que está à vista de todos? O Terminal 21 de Sines movimentava 20 000 TEU em 2005; em 2009, fechou com 254 000 TEU; este ano, apesar de toda a crise, estima-se que vá fechar o ano com 380 000 TEU, mais 50% que em 2009.
Srs. Deputados, esta é a realidade e bem-vindos, finalmente, quer a direita, quer alguma comunicação social, normalmente distraída por questões menores, ao reconhecimento da importância estratégica do porto de Sines.
Gostava também de saber como é que conciliam esta paixão tardia, esta paixão serôdia, pela economia do mar com a defesa da suspensão da linha ferroviária para mercadorias Sines-Poceirão e Caia-Madrid, que é o maior factor que contribuirá para o crescimento de Sines como um porto verdadeiramente ibérico e que, de facto, faz com que possamos aproveitar toda a capacidade do interland de Espanha. Por isso, gostava, Sr.
Ministro, que nos informasse sobre a estratégia que pretende seguir neste domínio.
Passo a abordar uma outra temática, que tem a ver com os aeroportos, porque a mesma direita de vistas curtas, face a algumas reduções pontuais do tráfego do aeroporto de Lisboa no final do ano passado, veio logo a correr dizer que, afinal, o novo aeroporto não era necessário. Mas, de facto, a recuperação do turismo, o crescimento económico e as performances do aeroporto verificadas ao longo de 2010 fazem com que tenha de se dar uma nova abordagem a essa política do pára tudo.
Aliás, devo lembrar que, mesmo com o vulcão islandês em actividade, o tráfego cresceu mais de 8% até Agosto. Por isso, gostaria de saber, face a estes indicadores de crescimento, que são inegáveis, que passos irão ser dados para que o projecto do novo aeroporto de Lisboa, no Campo de Tiro de Alcochete, possa ser uma realidade e como é que podemos reduzir os prejuízos decorrentes do esgotamento da capacidade da Portela.
Sr. Ministro, temos mais perguntas para lhe colocar, mas entendemos que estes são, de facto, os temas mais importantes a colocar nesta primeira volta; os outros guardaremos para as outras voltas.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações para responder.

O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, talvez comece por dizer que concordo com a Sr.ª Deputada no que respeita aos portos e à importância que os portos têm não só no actual contexto como para o futuro.