O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

recção da companhia União Commercial auctorisa-da pelo art. Sá«.° dos seus estatutos approvados pelo Governo, em que foi auctorisada a fazer um regulamento, e a regular-se por elle, entendeu, e ainda hoje entende, que obrou na mais perfeita boa fé, e que senão pôde dizer, que as emittiu sem auctorisação. Isto e uma questão que ha de achar quem a sustente.

Também S. Ex.a disse, referindo-se a mim (não quererei dizer o modo porque o disse, fosse como fosse) admirou-se e disse «ate um illustre Deputado disse, que deixaria a terra natal se taes privilégios passassem » V. Ex.a ha de permittir-me que diga — que eu não disse isto; repilo o que disse, eu disse «se isto for assim, talvez eu ainda tenha de ir para donde nunca teria voltado, se tivesse adivinhado o que cá iria.» Entretanto agradeço a S. Ex.a na sua qualidade de Deputado e de governador civil a licença, que me dá para poder retirar-me quando qui-zer,.edesde já lhe peço o meu passaporte, espero que m'o não ha de negar, porque a primavera está muito próxima, e eu tenho de me retirar, certamente fiquei satisfeito com isto....

O Sr. Almeida Garrett:— (Em tom magoado.) Se eu poderá fazer outro tanto.....(risadas)

O Orador: — Oro agora ao Sr. Ministro do Reino também tenho de dirigir duas palavras em explicação.

A companhia União Commercial não emprestou ao Governo na occasião da revolta de Torres Novas, porque não podia emprestar-lhe. ... O meu estado de saúde não me permitte dizer muito.

O Sr. Presidente: —A faculdade que o Sr. Deputado tern é para dar explicações e não para as pedir.

O Orador: — Sr. Presidente, isto é dar explicações. . . Eu tenho tido occasiâo de verificar o facto , que a companhia não podia nessa época fazer empréstimo ao Governo, e outras companhias em quem o Governo tem hoje confiança, teein lambem dito ao Governo, que não lhe emprestavam ; porque não estavam habilitadas para isso. Isto não quer dizer falta de meios, quer dizer que a companhia naquella conjunctura não os tinha em seu poder, porque os tinha emprestado i e parece-me, que de nenhum modo pode suppôr-se, que a companhia deixe de estar habilitada para as transacções, a que se propõe; porque n'uina occasiâo disse ao Governo «eu não estou hoje habilitada para fazer empréstimos. « Isto o que e', é prova de franquesa , e não ha nenhume outra companhia, torno a dizer, que o não tenha feito.

Também V. Ex.a disse « que tinha muita confiança na minha pessoa; (eu lho agradeço, acredito-o sincero, porque lhe pago na mesma moeda) mas que se podia dar o caso de vir uma outra direcção, que não offereça as mesmas garantia?, n Na minha humilde opinião as garantias estão nas cousas e não nas pessoas: com isto digo tudo.

Repilo a companhia União Commercial obrou com a melhor boa fé quanto á emissão das notas, e não vejo rasão nenhuma para que se lhe conservem como arrestadas essas que estão na repartição do sello: não vejo que a companhia o mereça. Aquelles cavalheiros deram ainda não ha muito ao Governo uma prova de que se interessavam na conservação da ordem , e que tinham pelo Governo toda a deferência.

SESSÃO N.° 8.

Bu sinlo não ver o Sr; Ministro dos Negócios Estrangeiros no sou íogar; porque chama-lo-ía particularmente á auditoria para lhe dizer, se elle não mandou chamar um cavalheiro o Sr. Rio-Tinto ao seu gabinete particular, pedindo-lhe, que se eram amigos do Governo, se queriam conservar a ordem, e dar-lhe provas de affciçâo, que renovassem as letras, que senão pagaram, que as não protestassem. Pois aquelles cavalheiros não tiveram na mão a queda do Governo? Disseram-lhe o que se podia dizer, chamaram-lhe tudo qnanto lia de máo, e não deram elles uma prova de deferência pela ordem publica , ou pela ordem commercia! , ou pela ordem civil, ou como queiram? Deram (O Sr. Almeida Garrei: — Fizeram-na bonita) O Orador: — fí certamente um amigo na necessidade é amigo na verdade, é um dictado inglez muito verdadeiro, este facto não se pode negar; impolitico, ou não impolitico o facto é verdadeiro, em uma occasiâo tão solernne, tão crítica o Governo estava em terra, Santo António não lhe podia valer (Riso), as letras protestavam-se, e o Governo até onde eu entendo, estava em terra, se aquelles cavalheiros lhe não valem. Elles que valeram ao Governo não são inimigos, quem acode na necessidade é amigo na verdade.

Está acabada a minha explicação, não estou em estado de explicar-me muito.

O Sr. Silva Sanches: — Sr. Presidente, eu nem me lembrava já de que tinha a palavra para explicação , eu digo a V. Ex.a a rasão porque nem me lembrava já de que tinha a palavra para explicação.

O facto, que eu tinha a explicar, e', de saber se ao Sr. Lopes Branco competia a palavra para explicar uma expressão, que elle linha juntado ao seu discurso immediatamente, ou somente no logar competente para as explicações, e corno eu sou-mais amigo da regularidade, da ordem das discussões e da decência que nelias se deve observar , do que alguns dos^Srs. Deputados, que mais faliam nisto, e agora só poderia ser inconveniente ressuscitar um debate, que já não conduziria a cousa nenhuma agradável entendi, que sobre isto não me devia explicar, quero dizer, que me deixava de me explicar sobre isto, principalmente não estando cá o próprio Sr. Deputado.