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isso aervis&e cTestimulo, aos que tentassem frequentar esta arte. Eu quisera também, que houvessem prémios, para os que mais se distinguissem neste ramo.

A creação desta escolla é muito necessária para o nosso Paiz, e não se deve impedir, que a elia concorra o maior numero de indivíduos possível. O argumento, que o Sr. Deputado trouxe a respeito da universidade não tem paridude nenhuma para o caso presente ; para alli entendo eu e que se devem pôr quantas dificuldades possíveis, e exi-girern-se maiores habilitações, porque e'já tão grande o numero dos bacharéis, que talvez já nào possam ser úteis ao seu Paiz, riem a si mesmo, já'não ha em que os empregar : mas esta instituição e o contrario, cila e nova, e e necessário haver um exci-tamento afim de ser frequentada.

A quantia de l $000 rs. não é nada para o the-souro, e' cousa muito pequena para urna nação, e' urna cousa que nem se vê, é imperceptível, e l $000 rs. para um pobre lavrador, que queira aprender, ou mandar aprender algum filho, e' muito: elletem ale'm desta despesa todos os mais ónus impostos pelo projecto.

Entendo, Sr. Presidente, que deve terminar esta discussão, e volar-se a ide'a do Sr. Fonseca Magalhães, elliminando esta verba de 1^000 rs. da matricula.

O Sr. Agostinho -dlbano:—Um estabelecimento novo vai ter logar em Portugal, e sem duvida que lhe era muito necessário, mas necessário não por este modo ; mas a Camará na sua alta sabedoria intendeu que devia ser uma escola veterinária militar, e não geral para o paiz. (Pozea:—É geral, que assim se votou) bem, eu pensava que era só militar. Sr. Presidente sendo isto objecto de variados conhecimentos, e uma matéria de alta importância, e tão necessária que tenha desenvolvimento neste paiz, intendo que convém dar o mais fácil ingresso a todos os indivíduos que queiram frequentar este estudo. Este estabelecimento é novo e,por isso mesmo que é novo requer todo o favor, e protecção a fim de que appareça o maior numero possível de alumnos, que queiram frequentar uma arte que tanto e necessário á agricultura; por isso que vai dar logar a que se torne mais duradoura a existência dos nnimaes que servem na lavoura, e atese nade tornar melhor, e mais abundante este género de cultura, pois não ha duvida que muitas espécies de animaes formam parte da nossa riqueza publica, com particularidade para a classe agrícola; este estabelecimento não existe entre nós, elle é necessário,- pois que hoje em um homem aprendendo o officio de ferrador julga-se logo auctorisado para tractar de todo o género de animaes, o que dá em resultado prejuízos muito grandes; eu inteirdo pois que se dev-e dar a esta matéria a maior facilidade e generalidade possível. Portanto, as matriculas, os exames e as cartas (a respeito dessas não me opporia eu tanto) devem facilitar-se quanto seja possível, e tempo virá, quando houverem alumnos que já sejam de sobra, em que será necessário difficul-tar sua admissão pelos meios propostos, ou por quaesquer outros: por ora devemos facilitar o estudo da arte veterinária, que é propriamente uma arte,, e que ainda em parte alguma foi elevada á categoria de sciencia de maneira que possa a vir ater um facultativo veterinário, o gráo de licenciado; VOL. g..'—FEVEREIRO — 1845.

quando 'chegarmos a esse ponto, çu clamarei com quantas vozes tiver contra"símilhante concessão, que e' realmente anniquilar muito 03 gráos académicos concedidos nas altas sciencias; mas esse não [é o objecto de que tratamos. Por agora convenho e de-zejo que se facilicite o estudo desta arte; não o devemos difficultar com mesquinhas vistas ?com especulação de interesse proveniente das matriculas e de exames; e será este producto parafcosteamento do estabelecimento ? De certo que não ; estou persuadido que no orçamento Imdeapparccer a parte integral da despeza, e esses pequenos emo!uaientos][serão consumidos em outros objectos que se hão de reputar precisos para a escola. Seja como for, entendo, qne para dar impulso a esta arte necessária, é preciso chamar a ella por todos os meios os alumnos, e não lhes estorvar o ingresso. Voto por tanto pela eliminação.

Julgou-se a matéria discutida por estar extincta a inscripção,

Leti-i>e na Mesa a seguinte

EMENDA. — Proponho a eliminação das palavras assim como pagarão matriculas etc. até o fim do parágrafo. — Fonseca Magalhães.

Foi approvado o parágrafo bem como a emenda do Sr. Fonseca Magalhães.

Entrou em discussão o seguinte

As t. 12.* Os alumnos internos, pensionistas do Estado, terão iguaes vencimentos aos do soldado de cavallaria: logo que sejam approvados no l.8 anno do curso da escola, passarão a ter a graduação e vencimentos de furriel; esuccessivamente serão promovidos ás graduações immediatas de 2.° e 1.° sargento, com os competentes vencimentos, quando tenham obtido as approvações cio 2.° e 3.° anno.

Foi approvado sem discussão.

Entrou em discussão o seguinte

Art. 13.° Os alumnos que apresentarem carta geral de approvacão do respectivo curso, tendo boas informações , poderão ser promovidos a facultativos veterinários militares, cujo posto e'creado para cada um dos corpos de cavallaria, e 1.° regimento dear-tilheria, com a graduação e soldo de alferes.

O Sr. vélves Martins: —O artigo diz (leu). Ora eu dezejava, que aillustre Co m missão dissesse, quem ha de dar estas informações, e se ellas hão de ser sobre a parte litteraria ou sobre os costumes; e se da^-das estas informações, o Governo pôde ipso-facto promover a alferes veterinários, os indivíduos aquém ellas dizem respeito.

O Sr. Ferreri: — Estas informações são aquellas, que deve dar o conselho da escola. Em quanto á promoção estabelece-se o quadro, que é um veterinário para cada corpo do exercito; por consequência nem todos que se apresentam no concurso, são alferes veterinários; são aquelles, que tiverem melhores informações, e que o Governo despachar para as vacaturas, que houver nos corpos do exercito ; e por tanto não podem haver mais de nove veterinários com esta denominação, que tantos são os corpos de cavallaria do exercito que delles- carecem.