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queria eu acha-lo nesta Casa, queria-o achar já não digo no povo, mas na plebe !..... Que no? importa que ganhem e que ganhem muito? O Governo

0 que deve ver e', se ganha ainda mais; (apoiado*) Nessa operação de conversão que o nobre Deputado elogiou e dm qual disse, essa sim, essa e'que foi operação sem agioiismo, Rolhshild lá recebeu

1 por cenlo, e foi a commissâo mais módica que tivemos desde que leníamos destruir a usurpação, porque as pagávamos de 2 e 2 e meio por cenlo; só nessa e que Rolhshild se contentou de receber l por cento de commissâo.

Alas, Sr. Presidente, o que eu digo, e', que a opposição e' sempre a mesma; essa conversão útil, e utilíssima para o paiz, foi alcunhada nesta Camará d'um agiotismo, e ennegrecida com quantos epithetos m ao s a podcram alcunhar. Esta e! a mesma (O Sr. ^ívila: — Não fui eu que o disse.) O Orador:—Mas o nobre Deputado está hoje na opposição ; e por isso diz que esta, e' que e', de agiotagem. Ora a outra operação já secanonisou; porque passaram dez annos, a esla lambem ha de ac-contecer o mesmo, e eu espero que talvez seja em menos tempo, (apoiados^)

Diz-se : operações, ou conversões desta natureza são uma desgraça; se as fizessem como as fazem os francezes, osinglezes, ou como fez aHolIsnda, isso entendia-se. Ora, Sr. Presidente, a historia da Hollanda ohi anda no Diário do Governo, todo o mundo a sabe; e pergunto eu —estaremos nós nas circumstancias, com o juro ascendente, de fazer as conversões que se fazem em outros paizes? Essas que se fazem em outros paizes, já nós as fizemos; a do Sr. José da Silva Carvalho foi feita assim, nós dissemos aos nossos cre'dores se não quereis receber a 3 por cento em certas e determinada*! proporções, ahi tendes o vosso dinheiro, e para que nós possamos vir a fazer o mesmo, é que se faz agora a conversão ; a primeira cot»sa necessária e trazer o juro a uma quota fixa, em quanto se não fizer islo, não estamos no caso das outras nações; não lia paridade nenhuma actualmente, e' necessário habilitarmo-nos primeiro. O que e'a Hollanda ? Não conhece o illuftre Deputado o que e o patriotismo e a riqueza da Hollanda ? E demais o que se faz lá ? O Ministro de fazenda achando-se embaraçado corno todos sabem, appellou para o espirito patriótico dos hollandezes, não foi para o dos cre'doreí? de fora, e disse — vós só sal vais a pátria, sequizerdes fazer um empréstimo a 3 por cento, e ale' nisto houve uma circumstancia, que não se achará em muita parte: a opposição não queria se lançasse mão daqueile meio, combateu essa medida, mas quando passou em lei no seu Parlamento, foram os seus membros os primeiros que saíram, e se apresentaram nos es-criplorios e nas praças publicas, dizendo ao povo, vinde concorrer com o que poderdes para salvar o paiz. (apoiados) E acha o illustre Deputado, que nós estaremos rias mesmas circumstancias? (O Sr. jímla:—Não senhor, rnas não tinha pressa, tinha-mos oito annos para o fazer.) O Orador: — Oito annos! Quatro já lá vão sem havermos adianlado nada; nós seriamos responsáveis desde que apre-senlando-se os possuidores da nossa divida externa, propondo-nos o estabelecimento de um juro fixo, seriamos responsáveis se o não admitlissirnos. Ora o nobre Deputado discorreu aqgi tão longamente VOL. 4.°—ABRIL—1840.

sobre subidas e baixas°de fundos, que me pareceu que já se reputava formado nas vias e modos do Stock-exchange; oSr. Ministro da fazenda, meucol-lega, a quem se pôde dizer nasceram os dentes na praça de Londres, ainda ignora metade do que por lá se passa, e o illustre Deputado quer já mostrar-se sabedor de tudo, só porque passou por Londres. Ora, Sr. Presidente, vamos fazendo o que podermos, e não fazemos pouco; pois não sabe o ilíuslre Deputado, que inda hontem nos disse, qu& quando enlrou para o Minislerio eslavam os fundos a 32, e a 33; e que progressivamente vieram para baixo, descendo de 33 para 30, e 30 e um quarto; que os não pôde nem ao menos sustentar no preço em que os achou ?! (O Sr. */]vila • — Não e' assim.) O Orador: — Eu digo o que ouvi ao illustre Deputado. Sr. Presidente, o que eu posso dizer com verdade, e sem medo de ser contrariado, e', que á marcha governaliva destes últimos três annos, deve o Governo o augmento de credito em que se acha; mas porque ha este augmento de credito, e porque ern consequência delle appareceu uma proposta vantajosa ao paiz, será prudente não a acceitar? O illustre Deputado havia dicto ao Sr. Ministro da fazenda...... (fozes: — Deu a hora.) O Orador:— Não me importa que de'sse a hora. Oh ! Sr. Presidente, pois nós que queremos ser constitucio-naes, que dizemos que queremos liberdade, que queremos imitar as outras nações, havemos de estar sugeitos ao loque do sino? V. Ex.a é que dá a hora; vamos ver as sessões da Inglalerra, e observaremos que se estendem muitas vezes ate ás 7 horas da manhã. (F~o%es: — É porque não tem uma sessão de 4 de dia.) O'Orador: — E aqui só porque o Orador se demora mais alguma cousa, ha de se lhe dizer—pare lá que deu a hora?

Sr. Presidente, eu não hei de ser longo, pelo contrario nem tanto tinha tenção de dizer, e declaro, que se tenho sido mais prolixo, e' porque tenho tido que reóponder aos apartes com que os illustres Deputados rne tern interrompido ; mas o que eu queria dizer, e, que o illustre Deputado ha 6, ou 8 oiezes não podia prever o resultado que se nos ap-presenta, e o que se tem passado ale' hoje.