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DIARIO DA CAMARA DOS DIGNOS PARES DO REINO 109

Na matriz da contribuição predial da freguezia de S. Pedro, e que serve no actual anno de 1880, encontrei era nome do exmo. conde da Silva as seguintes propriedades, a saber:

415 Uma quinta denominada de Mar e Guerra, situada na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel.......... 88$420

416 Uma quinta denominada de S. Braz, na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel....................... 123$340

417 Uma azenha na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel..... 14$400

418 Uma azenha na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel....... 9$600

419 Uma terra, a D. Julianna, na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel.. 2:5400

420 Uma terra chamada de Azeveda, na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel......................... 2&400

422 Um pomar de espinho, terreno de semeadura e mato, denominado do Vicente, na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel................. 12$000

423 Uma terra e mato, chamada das Lombas, na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel................. 3$400

427 Uma terra chamada a Fonte Grande, na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel....................... 1$800

429 Uma terra chamada da Rigueira, na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel ......................... 1$200

430 Uma terra chamada da Rigueira de Ourique, na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel............. $900

432 Uma morada de casas, azenha e pomar, na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel................. 35$156

433 Uma terra chamada da Eira, na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel............................. 5$400

434 Uma terra chamada de Baixo da Costa, na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel................. 9$300

435 Uma terra chamada a Vinha da Costa, na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel......... 5$600

436 Um terreno de mato chamado da Costa, na ribeira de Penha Longa, rendimento colectavel................. $800

437 Um terreno de mato chamado a Pontinha, na ribeira de Penha Longa, rendimento collectavel................ $600

2684 Um quintal na ribeira de Penha Longa,, rendimento collectavel..... 1$500

Não continham mais propriedade alguma as ditas matrizes, em nome do dito exmo. visconde de Gandarinha e conde da Silva, do que as mencionadas n’esta certidão, e ás mesmas matrizes me reporto. Outrosim certifico que n’esta repartição de fazenda existe uma caderneta contendo os primeiros talões de contribuição de registo por titulo oneroso, paga n’este concelho, e do talão n.° 3consta que o exmo. visconde de Gandarinha pagou de contribuição de registo por titulo oneroso e sêllo a quantia de réis 4S8$716, correspondente ao valor de 5:760$460 réis (valor na matriz, e incluindo 20$000 réis de dois laudemios) pela compra que fez ao conde da Silva, das propriedades que o mesmo conde possuia na ribeira de Penha Longa; sendo a compra pela quantia de 5:000$000 réis, tendo o mesmo talão a que me refiro a data de 4 de julho de 1880. E para constar passei a presente certidão, não levando cousa que duvida faça, e havendo-a aos proprios documentos me reporto, e em virtude do despacho exarado na petição que esta antecede.

Repartição de fazenda do concelho de Cintra, 9 de dezembro de 1880. E eu João Carlos de Fontes Barreto, escripturario de fazenda, que a escrevi e assigno. = João Carlos de Fontes Barreto.

Diz o visconde de Gandarinha, casado, e proprietario, morador em Lisboa, que a bem de sua justiça, precisa que á vista dos livros d’esta conservatoria se lhe passe por certidão quaes os ónus hypothecarios que pesam sobre os seus predios rusticos e urbanos, sita n’esta villa, Penha Longa, e no concelho de Cascaes, incluindo os que ultimamente comprou aos condes da Silva, tudo por fórma que faça fé — P. a v. exa. assim lhe defira. — E. R. M.cê

Cintra, 23 de dezembro de 1880. — Visconde de Gandarinha.

Francisco Antonio Lopes Pastor, bacharel formado em direito pela universidade de Coimbra, cavalleiro da ordem de Christo, e conservador privativo do registo predial da comarca de Cintra, por Sua Magestade Fidelissima que Deus guarde, etc.

Certifico que, examinando o indice real e pessoal dos livros d’esta conservatoria, com referencia aos predios apontados no requerimento retro, situados n’esta villa de Cintra, Penha Longa, e no concelho de Cascaes, incluindo n’estas a compra que ultimamente fez ao conde da Silva, e pertencentes ao visconde de Gandarinha, não se encontra nota alguma de registo de hypotheca que onere os referidos predios. Que igualmente examinando o livro A, diario, e nas apresentações até hoje feitas, e ainda não registadas, não se encontra requerido onus algum hypothecario que vá onerar os predios acima referidos. — Em fé de verdade mandei passar a presente certidão, que vae por mim conservador privativo assignada e concertada.

Cintra, 24 de dezembro de 1880. = O conservador privativo, Francisco Antonio Lopes Pastor.

O sr. Presidente: — Como nenhum digno par pede a palavra, vou pôl-o á votação. Vão ser distribuidas as espheras.

Fez-se a chamada.

O sr. Presidente: — Convido os srs. Manuel Antonio de Seixas e Palmeirim a virem servir de escrutinadores.

Fez-se a contagem das espheras.

O sr. Presidente: — Entraram na uma da votação 65 espheras, sendo 62 brancas e 3 pretas, e na uma da contraprova 62 espheras pretas e 3 brancas. Está, portanto, approvado o parecer.

O sr. Vaz Preto: — Mando para a mesa um requerimento pedindo esclarecimentos pelo ministerio da fazenda.

Leu-se na mesa.

É do teor seguinte:

Requerimento

Requeiro que, pelo ministerio das justiças, se mandem com urgencia a esta camara todos os documentos respectivos ao concurso da igreja de S. José. = Faz Preto

Mandou-se expedir.

O sr. Presidente: — Vamos continuar na discussão do projecto de resposta ao discurso da coroa. Tem a palavra o sr. ministro das obras publicas.

O sr. Ministro das Obras Publicas (Saraiva de Carvalho): — Sr. presidente, entro com difficuldade no debate, porque tenho de responder ao digno par o sr. Fontes Pereira de Mello. Entro com difficuldade porque s. exas. nas palavras que proferiu no ultimo dia de sessão, mostrou-se um tanto maguado por ver que era o thema quasi constante de todos os debates. Desde que, porém, s. exa.

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