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Sessão de 8 de Janeiro de 1919 25

português, cuja consciência eu por certo aqui traduzo neste momento.

É necessário fazer essa política nacional.

Eu peço a atenção do Govêrno para a boa harmonia que deve existir entre o Poder Executivo e o Legislativo.

E mester que se acabe com a constante invasão das nossas atribuições.

Os Governos passados abusaram da sua situação, o trataram o Parlamento como cousa absolutamente, desprezível.

É necessário que isto termine, e que o Poder Executivo e o Legislativo, devidamente harmonizados, trabalhem fazendo essa política de largo ressurgimento nacional, marcada por esse grande morto, sôbre cuja memória nós hoje de novo nos curvamos, sendo preciso que nós todos, quer por palavras, quer por actos, a respeitemos fervorosamente.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem.

O orador não reviu.

O Sr. Santos Moita: - Requeiro que a sessão seja prorrogada até se esgotar a inscrição.

Feita a votação foi aprovada.

O Sr. Carlos da Maia: - Sr. Presidente: começo por apresentar a V. Exa. os protestos da mais alta consideração e as minhas homenagens ao sou republicanismo, ao seu carácter e às suas virtudes.

Sinto que V. Exa. não estivesse na presidência quando pela primeira vez falei nesta sessão legislativa, porque teria então apresentado a V. Exa. as homenagens que hoje lhe dirijo.

Sr. Presidente: acabo de ser telefonicamente informado em minha casa de que um Sr. Deputado, num sou discurso de há pouco, me havia dirigido uma insinuação e eu apressei-me a vir aqui para rogar a V. Exa. a fineza de solicitar do mesmo Deputado as necessárias declarações para que tudo fique devidamente esclarecido.

Sr. Presidente: eu discordo inteira e absolutamente da política do Sr. Tamagnini Barbosa, mas a minha gratidão, a minha afectividade, a minha sentimentalidade são tam grandes, que eu preferi ficar em casa à vir aqui dizer a minha opinião, sujeitando-me a que os meus amigos e os que me desconhecem possam fazer de mim um juízo menos lisonjeiro.

É que não poderei jamais esquecer que sendo eu atacado nesta casa por um qualquer insignificante, S. Exa. se levantou aqui em minha defesa, mostrando com eloquência e brilho que a razão estava do meu lado.

S. Exa. defendia a verdade e a justiça, é certo, mas defendia-me quando os caudilhos me Abandonavam e consentiam que uma individualidade sem categoria viesse aqui desprestigiar-me.

Ao Sr. Tamagnini Barbosa eu dirijo mais uma vez, e agora publicamente, os meus muito penhorados agradecimentos.

As razões a que acabo de me referir levaram-me a guardar em casa a minha desaprovação, apesar de se tratar dum ponto capital de política republicana, mas ao saber que nesta Câmara um Sr. Deputado havia produzido afirmações que me deixam mal colocado, apressei-me a vir, aqui estabelecer a verdade dos factos.

Pelos meus actos, pela minutas atitude, pelo meu trato, eu tenho o incontestável direito ao respeito e consideração de todos e por isso é profunda a minha mágua. neste momento.

Sr. Presidente: eu fui um dos mais dedicados e desinteressados amigos do Sr. Dr. Sidónio Pais, tam amigo que não podendo dar lhe a minha colaboração me afastei, fazendo apagar a minha personalidade política para que ninguém pudesse, servindo-se do meu gesto, levantar uma campanha que ferisse, embora com alguma razão, o Sr. Dr. Sidónio Pais.

A minha dedicação ia tam longe que ainda em 7 de Novembro procurei S. Exa. para mais uma vez lhe dizer que eram desliais certos apoios e ao mesmo tempo tambêm para lhe manifestar as suspeitas que tinha do que se produziria o fatal atentado, mas não procedi como alguns oficiais superiores do nosso exército, os quais procuravam soluções de engrandecimento pessoal, mas, ao contrário, aconselhei aã medidas que se me afiguravam suficientes para o evitar.

Sr. Presidente: em 1911, discutindo-se nesta casa um assunto de qualquer ordem, a propósito duma afirmação produzida pelo glorioso republicano Eduardo de Abreu, o Ministro do Fomento do então dirigiu ao venerando caudilho uma