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Sessão de 10 de Janeiro de 1919 11

Govêrno, recordando quam brilhante foi a acção dêsse ilustre homem de Estado, dêsse devotado republicano, prestando as nossas homenagens à nação americana nossa aliada, nesta guerra tremenda contra os impérios centrais.

Nesta manifestação traduzo mais uma vez as simpatias do Grovêrno por essa nação, demonstrando-lhe quanto nós sofremos quando ela sofre, ao mesmo tempo que muito nos alegramos quando ela se alegra.

O orador não reviu.

O Sr. Aires de Ornelas: - Sr. Presidente : faço uso da palavra para me associar, em nome da minoria monárquica, à manifestação de sentimento por V. Exa. proposta pelo falecimento de Roosevelt, dêsse grande homem de Estado que foi Presidente da República Americana. Roosevelt fica na história como o primeiro que fez enveredar a República Americana naquela senda gloriosa que Wilson levou tam longe. Êle foi o primeiro que entendeu dever afirmar e demonstrar que a política americana não tinha apenas por âmbito o continente americano, seguindo a antiga doutrina de Monroe.

Devemos dizer que toda a política wilsoneana esteve em germe na atitude de Roosevelt.

Nós não podemos, em virtude da acção tam importante e tamanha que a América desempenhou na guerra contra os impérios centrais, esquecer a obra de Roosevelt, sendo daqueles que mais convenceu o povo americano do que o seu interêsse estava do lado dos aliados. Nestas circunstâncias é perfeitamente justificável que a minoria monárquica, pela minha voz, acompanhe a Câmara neste voto de sentimento.

O orador não reviu.

O Sr. Almeida Pires: - Sr. Presidente: pedi a palavra para me associar, em nome da maioria parlamentar, ao voto de sentimento proposto por V. Exa., pela morte do Roosevelt. Êle deixou um passado brilhantíssimo e patriótico e foi a encarnação do ideal da democracia americana. Roosevelt deu ao mundo uma prova de liberdade, preparando a América para a luta, a fim de mais fàcilmente se vencerem os impérios centrais.

E por isso, Sr. Presidente, que a maioria parlamentar se associa ao voto de sentimento, prestando as suas profundas homenagens à memória de Roosevelt e à República norte-americana.

O orador não reviu.

O Sr. Pinheiro Tôrres: - Sr. Presidente: já na sessão de ontem, depois de me ter associado ao voto de sentimento pela morte de Olavo Bilac, prestei as minhas homenagens à memória de Roosevelt. Mas, sendo informado por V. Exa. de que o Govêrno devia acompanhar esta consagração à singular figura de Roosevelt, reservei-me para, na sessão de hoje, mais largamente me referir a êsse grande homem de Estado.

Com efeito Roosevelt merece não só a nossa admiração, mas, o que é mais, a nossa simpatia. Individualidade singular, por vezes contraditória na aparência, êle foi sempre grande, em todas as manifestações da sua vida intelectual e social.

Como professor foi eminente; como escritor deixou seis ou sete livros, cheios duma eloquência sóbria, feita de ideas e de pensamentos superiores.

Como homem dó acção êle foi prodigioso. A sua actividade e o seu poder de combatividade tornaram-no uma verdadeira potência.

Êle descansava desta actividade, fazendo as suas famosas caçadas em África, ecoando ainda há pouco na Europa que êle tinha descoberto um rio no interior do Brasil.

Patriota devotado, êle serviu a sua Pátria como homem de Estado e como soldado.

Ninguém desconhece que êle combateu heroicamente na guerra de Cuba, como coronel, regressando ao seu país coberto de glória.

Quando esteve à frente do comissariado de Nova York, que começou a sua acção por morigerar os costumes sociais e políticos dessa grande cidade.

Como Presidente da República iniciou a política de engrandecimento, de imperialismo, sendo sou sonho a extensão do domínio económico e político no Pacífico.

Vem a pêlo recordar a sua intervenção para se efectivar a paz entre a Rússia e o Japão, e ainda para completar a sua personalidade deve dizer-se que êste ho-